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Atualização: 06/11/2021 23:40:30 |
| Diz a história que o irmão de Gabriel desapareceu após ter encontrado pedras preciosas. Motivado, Gabriel teria viajado até a cortes, Portuguesa e Espanhola, tentando apoio. Não conseguindo teria passado sete anos escrevendo um texto.
Esse texto, escrito em 488 páginas, foi apresentado em Madrid dia 1 de março de 1587, no mesmo ano notícia chegou ao Brasil. Quase 300 anos depois tivemos acesso ao conteúdo. O título original era "Notícia do Brasil". Em 1851, Francisco Adolfo de Varnhagen, "o pai da história do Brasil", publica na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Tratado Descritivo do Brasil” [10]
Muito da história do Brasil só ficou conhecida graças ao texto de Gabriel. Costumo resumir que Gabriel "descreveu o tamanho de cada bunda de cada formiga; o sabor e a textura de cada uma delas". O contexto é extranho. Citações e ausências absurdas como o Rio Anhemby (Tietê), sempre supra-citado, não é mencionado siquer uma menos uma vez.
O próprio Francisco Adolfo de Varnhagen chamou de "A primeira enciclopédia do Brasil". Ele passou 28 anos "trabalhando" no texto antes de apresentar sua versão final em 1879. [11] |
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No capítulo XXI, página 147, segundo TODOS os historiadores, geógrafos e cartografos afirmam que Gabriel estava na Bahia quando escreve:
“(...) e vai correndo esta ribeira do mar da baía com esta formosura até Nossa Senhora da Escada, que é muito formosa igreja dos padres da Companhia, que a têm muito bem concertada; onde às vezes vão convalescer alguns padres de suas enfermidades, por ser o lugar para isso; a qual igreja está uma légua do rio (...) e duas da cidade.”
Segundo os historiadores a origem da cidade foi o aldeamento de Barueri, fundado em 11 de novembro de 1560 pelo padre José de Anchieta, que ergueu na margem direita do rio Tietê, pouco acima da confluência com o Rio Barueri Mirim, a Capela de Nossa Senhora da Escada, hoje padroeira do município. Tanto que ele mesmo criou o aldeamento de Barueri, para onde reduziu indígenas direcionados aos trabalhos em Vuturuna (Parnaíba), nomeando pessoalmente os capitães para administrá-la. [1]
“(...) canaviais e pomares de árvores de espinho, e outras frutas da Espanha e da terra, de onde se ela torna a recolher para dentro, fazendo outra praia mui formosa e povoada de mui frescas fazendas, por cima das quais aparece a igreja de Nossa Senhora do Ó, freguesia da povoação (...), que está junto dela, arruada e povoada de moradores, que é a mais antiga povoação e julgado (...).” [2]
E próxima a capela do Rosário temos a de Santa Ana, como ilustrada no mapa de Jan Van Deutecum para "Speculum Orbis Terrarum", de 1578, abaixo do Trópico de Capricórnio. [3]
“E saindo dessa enseada, virando sobre a ponta da mão direita, vai correndo a terra fazendo um canto em espaço de meia légua, na qual estão dois engenhos de bois (...). Este engenho de Tristão Rodrigo tem uma fresca ermida de Santa Ana. O outro engenho está no cabo desta terra (...), no qual tem outra igreja de Nossa Senhora do Rosário, que é freguesia desse limite.”
A igreja sob a invocação da Nossa Senhora do Rosário, pelos registros históricos, a primeira edificação católica foi construída no sertão paulista e a primeira no Brasil dedicada à Nossa Senhora do Rosário, foi construída nas terras de Bras Cubas.
A igreja situava-se num local antes ocupado por uma capela, destinada ao culto religioso dos negros. Sua localização parece enquadrar-se no recorte gráfico de um dos mapas que ilustram o livro de Gaspar Barléus (1647), elaborados por George Marcgrave, integrante da Comitiva Nassoviana. [4]
“(...) canaviais e pomares de árvores de espinho, e outras frutas da Espanha e da terra, de onde se ela torna a recolher para dentro, fazendo outra praia mui formosa e povoada de mui frescas fazendas, por cima das quais aparece a igreja de Nossa Senhora do Ó, freguesia da povoação (...)”
A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara em 1575. > Manuel Preto, herdeiro das terras, solicitou junto a Câmara uma provisão para erguer em sua fazenda uma capela dedicada a N. Sra. da Esperança, pois naquele lugar, longe da vila e isolado pelo rio Tietê, tornava-se difícil cumprir as obrigações religiosas, em 1615.
Pede autorização para “[...] se levantar altar nela, pagando chancela ordinária, e possa enterrar seus defuntos, batizar e casar [...]” (Livro de Tombo da Sé de São Paulo, 2-2-19). Obteve despacho favorável em 29 de setembro de 1615 pagando dois marcos de prata à chancelaria. Aescritura lavrada impunha como dote hipotecar sua fazenda vinculando-a a conservação da capela. Por volta desta época é iniciada a construção da ermida de Nossa Senhora do Ó. Nobreviário romano, as antífonas de vésperas das proximidades do natal começam com o vocativo “Ó”. [8]
“(...) á esquerda deste engenho de Sua Majestade está outro (...), meia légua para a banda da cidade até onde este esteiro faz um braço por onde se serve com suas barcas; o qual engenho tem grande aferida e fábrica de escravos, grandes edifícios e outra muita granjearia de roças, canaviais e currais de vacas, onde também está uma ermida de Nossa Senhora de Encarnação (...)”
A primeira capela ou ermida conhecida sob essa invocação foi registrada apenas em 1699. [9] |
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