| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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Atualização: 28/11/2021 14:49:59 |
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Liderados pelo, cacique de Ururay Piqueroby, Tamoios, Tupis, Carijós e os Guaianase, com um grande "exército" de nativos atacaram a vila de São Paulo de Piratininga. Era formada a Confederação dos Tamoios, a maior união de aldeias nativas já vista na colônia.
A história diz que a vila era defendida por Tibiriça, irmão mais velho de Piqueroby, e cacique dos próprios Guainase, aliados a Piqueroby. A batalha, que durou três dias, teria terminado com a vitória dos paulistas.
Seria mesmo? Nas décadas iniciais, a vila apresentou um pequeno desenvolvimento populacional. Um ano antes a recém-formada Câmara de São Paulo informava à rainha Catarina que conseguira mobilizar “trinta homens brancos” e outros “trinta mancebos mestiços da terra” para se juntar aos índios na defesa da vila.
Era ainda o momento em que se solicitava à rainha que “os degredados que não sejam ladrões sejam trazidos a esta vila para ajudarem a povoar porque há aqui muitas mulheres da terra mestiças com quem casarão e povoarão a terra”. [1]
Dia 16 de janeiro “reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de paço do conselho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra”. [2]
Dia 25 de abril Brás Cubas escreve ao rei de Portugal anunciando a descoberta de ouro e metais preciosos perto de São Paulo, “30 léguas de Santos” [3] Em 25 de maio João Ramalho assume o cargo de capitão para guerra na Vila de São Paulo. [4]
Em junho a a vila foi alvo de um ataque da Confederação dos Tamoios, a maior união de aldeias indígenas já vista na colônia. [5] Segundo o Barão do Rio Branco, após oito dias, a vitória dos paulistas foi “comprada dificilmente por Salvador Correia de Sá”. [6]
Os oficiais da Câmara de S. Paulo Antônio de Mariz, Diogo Vaz, Luís Martins e Jorge Moreira dão a João Ramalho juramento sobre um livro dos santos evangelhos [7]
Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque (02/07), pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque. [8]
Nas vésperas da invasão (09/07), Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas teria sua convicção em sua nova fé prevalecido e recusou a oferta. [9]
No dia 10 de julho durante o combate, Tibiriçá teria matado seu irmão Piquerobi e seu sobrinho Jaguaranho. O foi ataque, liderado pelos Ururays, entre os quais havia jovens que freqüentaram “a doutrina dos padres”. Como escreveu Vasconcelos, aqueles indígenas “eram filhos da Igreja”, isto é, que já tinham passado pela catequese, sendo que, possivelmente, alguns já tivessem sido batizados. [10]
Curiosamente no dia primeiro de novembro os oficiais deram um ultimato para que os moradores terminassem os muros da vila. Como teriam se defendido do ataque no mês anterior? [12]
Dia 5 do mesmo mês (novembro) o escrivão da Câmara do porto de Santos, Jácome da Mota, registra: “(...) chegando do campo, Luis Martins, onde fora por mandado do Governador da Baía para descobrir alguns metais, mostrara perante muitas testemunhas o ouro que trazia, o qual pesara três marcos e seis grãos, que ficara em seu poder de Luis Martins para remeter ao governador da Baía de Todos os Santos” [13]
O falecimento do líder nativo Tibiriçá teria ocorrido dia 25 de dezembro, devido aos ferimentos da batalha ou uma doença. [14] Dia 28 Lopo Dias foi eleito almotacel da Câmara da vila de São Paulo, “funcionário de confiança dos concelhos na Idade Média responsável pela fiscalização de pesos e medidas”. [15]
Dia primeiro de janeiro do mês seguinte a Câmara ordenando o acabamento dos muros e baluartes para defesa da vila, requereu a João Ramalho que fosse buscar pólvora, para defesa da vila. [16] |
 Nativo Camacã Mongóio (01/01/1827) |
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Fontes/Referências:
| [1] 01/01/1561 | *“trinta homens brancos” e outros “trinta mancebos mestiços da terra” para se juntar aos índios na defesa da vila | "SP na órbita do Império dos F... | | [2] 16/01/1562 | Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra | POVOADORES DE S.PAULO | | [3] 25/04/1562 | Brás Cubas escreve ao rei de Portugal anunciando a descoberta de ouro e metais preciosos perto de São Paulo, “30 léguas de Santos”, em Bacaetava, Birácoyaba e Ivuturuna (São Roque) | "Bandeiras e Bandeirantes de S... | | [4] 28/05/1562 | João Ramalho assume o cargo de capitão para guerra na Vila de São Paulo | novomilenio.inf.br/sv/svh072k.... | | [5] 01/06/1562 | A vila de São Paulo de Piratininga foi alvo de um ataque da Confederação dos Tamoios – a maior união de aldeias indígenas já vista na colônia* | Eduardo Chu, graduando no curs... | | [6] 08/06/1562 | Vitórias do mesmo gênero, compradas mais dificilmente por Salvador Correia de Sá | OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p... | | [7] 24/06/1562 | Os oficiais da Câmara de S. Paulo Antônio de Mariz, Diogo Vaz, Luís Martins e Jorge Moreira dão a João Ramalho juramento sobre um livro dos santos evangelhos | novomilenio.inf.br/sv/svh072k.... | | [8] 02/07/1562 | Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque | Eduardo Chu, graduando no curs... | | [9] 09/07/1562 | Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta | Eduardo Chu, graduando no curs... | | [10] 10/07/1562 | Os índios da tribo dos tamoios aliaram-se aos indíos guaianenses, aos tupis e aos carijós, e atacaram a Vila de São Paulo | OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p... | | [11] 10/07/1562 | “Tibiriçá deu, aos jesuítas, a maior prova de fidelidade” quando matou seu irmão Piquerobi e seu sobrinho Jaguarano | OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p... | | [12] 01/11/1562 | Os oficiais deram um ultimato para que os moradores terminassem os muros da vila* | "SP na órbita do império dos F... | | [13] 05/11/1562 | O escrivão da Câmara do porto de Santos, Jácome da Mota, registra: “(...) chegando do campo, Luis Martins, onde fora por mandado do Governador da Baía para descobrir alguns metais, mostrara perante muitas testemunhas o ouro que trazia, o qual pesara três marcos e seis grãos, que ficara em seu poder de Luis Martins para remeter ao governador da Baía de Todos os Santos” | Arquivo Nacional da Torre do T... | | [14] 25/12/1562 | Falecimento do líder indígena Tibiriçá, cacique dos Guaianase de Piratininga significa o “principal da terra” | OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p... | | [15] 28/12/1562 | Lopo Dias foi eleito almotacel da Câmara da vila de São Paulo, “funcionário de confiança dos concelhos na Idade Média responsável pela fiscalização de pesos e medidas e da taxação dos preços dos alimentos; sendo encarregado também da regulação da distribuição dos mesmos em tempos de maior escassez” | novomilenio.inf.br/sv/svh072k.... | | [16] 01/01/1563 | *A Câmara ordenando o acabamento dos muros e baluartes para defesa da vila, requereu a João Ramalho que fosse buscar pólvora, para defesa da vila | novomilenio.inf.br/sv/svh072k.... | |
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