| Contrariado, mas não desanimado, d. Francisco de Sousa mais se empenhou na descoberta das esmeraldas e metais preciosos, aprestando para esse fim e auxiliando diversas expedições aos sertões da colonia, sem, entretanto, conseguir resultado algum satisfatório. Dessas expedições são mais conhecidas as dirigidas por Martins Cão, de apelido “magnata” ou “mata-negros” [4], e a do malogrado escritor Gabriel Soares de Sousa [1].
Informado, entretanto, d . Francisco de Sousa de que, nas proximidades de S. Paulo haviam sido descobertas jazidas de ouro e de ferro, enviou, em 1598, a essas minas, Diogo Gonçalves Laço, no posto de capitão, e ele próprio , em obediência a ordens régias, partiu, em 1599, para S. Paulo, afim de visitar as minas de Ybiraçoyaba [6], descobertas por Afonso Sardinha e Clemente Alves [3], nas imediações de Sorocaba.
Em Julho de 1602 recolheu-se d. Francisco de Sousa á metrópole [7], donde regressou á colonia em 1609 [9], no posto de governador e administrador das minas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e S. Paulo, separadas do governo geral da Bahia por provisão régia assinada em Lerma a 15 de Julho de 1608 [8].
Um colar feito de ouro, extraído de terras de São Paulo e remetido a Philippe III, produziu em 1618 o primeiro regimento das minas, assinado em Valladolid a 15 de Agosto de 1618 [11] e registrado em Lisboa a 30 de Janeiro do ano seguinte [12].
Pouco tempo depois da promulgação deste regimento, a invasão holandesa [13] ao norte da colonia veio interromper as diligencias para o descobrimento das esmeraldas e metais preciosos. |