Em 13 de janeiro de 1606 a Câmara de São Paulo escreve ao donatário da Capitania:
“Há na serra de Byraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga, e abasta onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao norte haverá 60 léguas de cordilheira de terra alta, que toda leva ouro, principalmente a serra de Jaraguá, de Nossa Senhora de Monte Serrate, a de Voturuna, e outros.
Assim, Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar: é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhos, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açuar e esperamos que haja prata pelos muitos indicios que há, mas faltas mineiros e fundidores destros.
Tornamos a lembrar, acuda Vmc. porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por terra, lhe levam o nativo do sertão e distrito, e muito cedo ficará tudo ermo com as árvores e as ervas do campo somente; Não tem Vmc. cá tão pouca posse, que das cinco vilas que cá em, com a Cananéa, pode por em campo para os Carijós mais de 300 homens portugueses, fora os seus nativos escravos, que são mais de mil e quinhentos, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Perú, por terra, e por isto não é fábula.
Assim, Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar: é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhos, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açucar e esperamos que haja prata pelos muitos indicios que há, mas faltas mineiros e fundidores destros”. [1] |