"O analfabetismo é seguramente um aspecto mais negativo da vida brasileira. Portugal ea portugal não é outra coisa adotou a política miserável.
Sobre a alfabetização e o reconhecimento de escrita, no Brasil até 1808 ninguém conseguiu instalar uma tipografia. Todo mundo que tentou foi preso processado a tipografia destruído e mandada para lisboa isso. Era a política mais draconiana e criminosa com relação ao conhecimento escrito no brasil.
Enquanto na américa hispânica, para não dizer que é uma política geral, de coisa tinha gráfica e imprimindo bíblias em guarani nas povoações dos nativos. Esses nativos, guaranis, eram alfabetizados." [5]
O Brasil começou a editar livros em de 1808 com a fundação da Imprensa Régia por D. João VI. A primeira obra a ser impressa foi "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga.
Nessa época, era o Imperador que decidia que livros seriam publicados. A impressão fora das oficinas reais era proibida. Por isso, só era divulgado o que não ofendia o Estado, a religião e os costumes.
O primeiro jornal brasileiro publicado foi a Gazeta do Rio de Janeiro. Só depois da revogação da proibição de imprimir livros, em 1821, é que começaram a se espalhar jornais, folhetos e revistas. A primeira revista se chamava As variedades ou ensaios de literatura. [3]
Muitos anos antes, em Pirapitinguy
Em 1648, o testamento de Pedro Fernandes, registrado em Pirapitinguy, proximidades de Sorocaba, entre o rol de bens, listado entre machados, foices e cunhas, aparece um “torno de emprensar livros”, avaliado em 320 réis.
A que poderia ter servido tal instrumento a Pedro Fernandes? Teria ele mesmo utilizado ou lhe ficou de herança, encostado em alguma choupana do sítio? [2]
O fato é que bem poderia ter animado a produção de algumas cartilhas para alfabetização, panfletos e cartas impressas, como as que no ano de 1639 andaram causando alvoroço na vila de São Paulo por apregoar a volta do rei Sebastião. [4]
Na ocasião alarmou a vila de São Paulo algumas cartas que circulavam. Nelas, lia-se que o rei D. Sebastião, desaparecido em Alcácer-Quibir em 1578, estava voltando, e que o papa ameaçara de excomunhão todo aquele que lhe impusesse qualquer resistência. Dizia ainda o procurador que, nas ruas de São Paulo, as tais cartas causaram algum alvoroço e muitos saíram aos “gritos dizendo viva el rei dom Sebastião”. [1] |