Os registros indicam que a região de Sorocaba foi o último reduto dos Carijós (imagem). [4]
Os Carijós eram conhecidos como "o melhor nativo", os mais dóceis [1]. Sendo grandes agricultores, rapidamente foram notados pelos colonizadores e religiosos.
Antes mesmo da fundação da capitania de São Vicente, já havia um notável tráfico de escravizados no litoral sul e, na metade do século XVI, muitos escravizados presentes nos engenhos de açúcar de Santos e São Vicente eram de origem carijó, justamente por conta de algumas de suas habilidades que sobressaiam aos olhos colonizadores. [4]
Em carta a D. João III, rei de Portugal, em outubro de 1553, dizia o padre Manoel da Nóbrega sobre os Carijó:
“Há muitas gerações que não comem carne humana. As mulheres andam cobertas. Não são cruéis em suas guerras como estes da costa (Tupi) porque somente se defendem (...)”
Em um ponto de seu livro, Washington Luiz explica: "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua:
"Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões".
Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia (...)
Azevedo Marques é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi). [3] |