Diz Aloísio de Almeida: "em data não sabida de 1599, D. Francisco de Souza fundou a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais". [5]
Em 23 de maio de 1599 enfim, partiu de São Paulo D. Francisco para as minas de Araçoiaba. Naquele tempo, a viagem durava em média, segundo cronistas antigos, cerca de 18 dias!
Grande e brilhante era a comitiva, só de soldados havia tresentos e mais "gente de marcação da Armada que trouxe dito Senhor". [1]
Dois dias depois, já em 27 de maio de 1599, por uma provisão "autorizava a todos a ir tirar ouro". [2]
No dia 3 de junho o grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, os soldados de infantaria já mencionados e numerosos nativos domesticados, entrava com D. Francisco de Souza no povoado, fazendo reboar as montanhas com o éco de suas músicas marciais, trombetas e tambores.
E foi recebido regiamente por Afonso Sardinha, não obstante a pobreza de suas instalações no vilarejo de Itapebussu. Parece que d. Francisco gostou da recepção, ou dos ares, ou ficou influenciado pela "febre" do ouro e pedras preciosas e, na falta deles na exploração do ferro, pois demorou-se em Araçoiaba, relativamente bastante tempo. [2]
Por mandado de D. Francisco, de 20 de setembro, recebeu o almoxarife, o Pagador D’Armada, seis contos, 129.509 mil, que estavam no almoxarifado da Fazenda de Santos, carregados em receita ao almoxarife dela, João de Abreu, dos direitos da Urca nomeada "Mundo Dourado", para pagamento dos soldados e manejo das fitas minas". [3]
Ainda em novembro D. Francisco estava por aqui. E por esse tempo que passou aqui levantou pelourinho, chamando à nova povoação Nossa Senhora de Monte Serrate. [4] |