Na obra "O Carrasco de Bolés" o autor apresenta ao público paulista, tão cioso de suas glórias, que galhardamente se ostentam nas páginas mais gloriosas da História Pátria, desejo, até onde me for possível, salientar o caráter de Anchieta como missionário paulista.
No panfleto já publicado, e tão benevolamente acolhido pela imprensa livre e republicana, pela imprensa que não se suborna a um cego interesse partidário absurdo e até imoral, que sabe dar valor e prestígio aos depoimentos da história sejam contra quem quer que for - demonstra que Anchieta não era merecedor de uma estátua, levantada pelo Estado:
1° - Porque não fora o fundador nem de São Paulo, nem de colégio ai inaugurado a 25 de janeiro de 1554
2° - Porque não promoveu absolutamente nada, em São Paulo, por sua iniciativa, a benefício dos paulistas
3° - Porque a pacificação dos Tamoios que tentou realizar, não foi por iniciativa de Anchieta, como também não se realizou
4° - Porque considerado pelo lado cientifico, é uma personalidade mais que medíocre, não foi homem ilustrado
5° - Porque os seus trabalhos literários não tem valor real, nem mesmo fins literários teve em vista o seu autor
6° - Porque o valor da catequese por ele realizada e por seus colegas, além de excessivamente material, não foi com a brandura própria de um ministro de Cristo
7° - Porque as artes mecânicas que ensinou, nem merecem o nome de arte
8° - Porque foi um missionário intolerante e fanático, a ponto de servir de carrasco para um herege, que ele mesmo converteu e batizou, tornado-se, pois, carrasco de seu próprio filho na fé, tornando-se um parricida moral!
Este último fato bastaria para patentear que o caráter de Anchieta nunca foi o de ministro de Jesus, que disse: "amai aos vossos inimigos! Mas não se deve encarar o caráter de Anchieta só pelo lado religioso, que lhe seria completamente fatal: basta Anchieta ser um jesuíta que obedece cegamente, que anula a sua individualidade, tornando-se passivo, moralmente morto, nas mãos do seu superior, como um cadáver nas mãos do anatomista. Quem assim procede não tem caráter está na concepção convicta de sua liberdade e, portanto, de sua responsabilidade. [5]
O padre Belchior de Pontes, que em 1684, rebatizou alguns administrados de Manuel Pereira Pavão na sua fazenda de Apotribú, como segundo marido de Potência de Abreu (filha do fundador oficial de Sorocaba). [4]
Disse ele: "(...) não entro contigo em considerações de outra ordem que me torturam o viver: não quero patentear-te como todos os abismos lôbregos de minha alma, em que coriscam como lampejos do inferno, os anseios sem nome da dúvida...
Fica onde estás e sê feliz... Mas é preciso que saibas que esta guerra é iníqua, que a Companhia de Jesus que a fomenta está condenada por Deus, que leval-a a seu termo é atirar rolos de incenso aos pés de Satanaz!
- Eu ensandeço... a Companhia de Jesus condenada por Deus! - Desde a sua fundação! - O instituto de Ignácio de Loyola! - Serpente astuta, pélago de ambição sem costas, sem prais, sem limites. - De Diogo Laynez! - O mais dissimulado hipócrita que esteve em Trento. - De Claudio Aqua Viva! - O fautor do regicídio! - Do venerável Anchieta! - O carrasco de João Bolés - João Bolés era um herege!... - João Bolés foi um martir. [5] |