Os portugueses ganharam um novo museu no início desse mês, e não se trata de qualquer um. O Museu do Tesouro Real tem como objetivo expor peças relacionadas ao tesouro da antiga Coroa Portuguesa. São joias em ouro e diamante de valor elevadíssimo, tanto histórico, como artístico e de mercado.
Para proteger essas peças de possíveis roubos, o museu foi construído como uma espécie de cofre, dentro de uma caixa-forte que está anexada a um novo prédio do Palácio da Ajuda.
Trata-se de um dos maiores cofres do mundo. São 40 metros de comprimento, 10 metros de largura e 10 metros de altura. O equipamento conta com vidro a prova de balas, moderno sistema de vigilância, portas blindadas de cinco toneladas e outros itens que fazem dele um dos cofres mais seguros do planeta.
De acordo com representantes do museu, no país, seu sistema de segurança só é comparado ao da Casa da Moeda portuguesa e ao Banco Central de Portugal. Para Pedro Moreira, diretor de operações do Museu do Tesouro Real, “não existe no mundo nenhum museu com estas características todas”.
Algumas peças em exposição vieram diretamente do nosso país. Uma delas é, simplesmente, a segunda maior pepita de ouro do mundo. Pesando mais de 20 kg, a peça é apenas um dos exemplares do ouro extraído do Brasil durante o período colonial — existem várias outras pedras brasileiras de menor tamanho.
Há também um diamante bruto extraído de Minas Gerais com mais de 138 quilates, pesando cerca de 27 gramas — além do famoso “diamante de Bragança”, que, na verdade, é uma água-marinha. [12]
“Do tamanho da cabeça de um cavalo”
Alguns mineralogistas trazidos à Sorocaba por d. Francisco de Souza em 1599 [2] foram misteriosamente assassinados. O último deles, Geraldo Betink em 1610 [5].
Este fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo” e teria sido vítima dos jesuítas quando retornava de "Sabarabuçú", que, temendo a escravização dos nativos, teriam participado do assassinato e escondido a pedra [10]. Disseram a D. Francisco que morrera no caminho. Pouco depois d. Francisco viria a falecer, triste, no isolamento e na penúria.
Geraldo era casado com Custódia Dias, sendo assim, cunhado do fundador oficial de Sorocaba, Balthazar Fernandes. E assim como Balthazar, os registros sobre Custódia também são contraditórios. Seu inventário, registrado em 1650, menciona que ela filha de Belchior Dias, irmão de Suzana, esta mãe de Balthazar [11]. |