Após a derrota do exército “sorocabano” em Campinas, durante a Batalha de Venda Grande, o General Caxias marchou para Sorocaba. [1]
Luís Alves de Lima e Silva, o então Barão de Caxias entrou a galope em Sorocaba, passando às 9 horas da manhã de 20 de junho de 1842, pela ponte de madeira. Os canhões não foram disparados, afinal, a revolução, em Sorocaba, já estava derrotada. Caxias teria mandado enterrar os canhões junto a ponte do rio Sorocaba. [2]
Posteriormente, em 1913, eles foram levados e novamente enterrados numa das esquinas do Jardim Público da cidade, atual praça Frei Baraúna. [3]
Em 9 de março desse ano o jornal Correio Paulistano publicou um texto sobre eles:
Existem nesta cidade enterrados em esquinas do Jardim Público, dois colossais canhões fundidos na fábrica de ferro do Ipanema, neste município, e que serviram na celebre revolta de 1842, chefiada pelo brigadeiro Rafael Tobias.
Há pouco tempo o governo do Estado solicitou a Câmara Municipal autorização para transportar os referidos canhões para o Museu do Ypiranga, sendo desatendido a sua pretensão, por motivos incompreensíveis.
Tal atitude da municipalidade causou certa estranheza, pois aqueles instrumentos de guerra, na situação em que estão, nada representam e, portanto, nada significam.
Sabemos, entretanto, que um dos vereadores, há dias empossados, vai apresentar uma indicação autorizando a Câmara Municipal a oferecer aqueles canhões ao governo do Estado. É uma lembrança digna de consideração. [4]
Em 20 de fevereiro o jornal “A Cidade de Sorocaba” publicou um artigo protestando contra o abandono de tão valiosas peças históricas. O texto sugeria que as relíquias deviam se recuperadas e expostas em algum museu ou mesmo distribuídas pelos dois Grupos Escolares da cidade.
Ajudando os professores a ensinar para seus alunos sobre um “dos fatos mais notáveis de Sorocaba”. E reitera: “Os canhões históricos enterrados de boca para baixo na praça Frei Baraúna, são um símbolo altiloquente do espírito nacional: amordaçado pela ignorância e pelo desprezo das tradições pátrias.” [5]
Em 23 de setembro de 1930 o jornal Cruzeiro do Sul noticia que os famosos canhões seriam colocados na praça Dr. Fajardo. [6] |