Muitos documentos denominam a cidade "Sorocava", como o Termo de fiança que faz Antonio Cabral de Moraes para levar cem cabeças de gado da terra para o “Suruoca”, registrado em 1745:
"(..) em casas de morada de mim escrivão da Camara adiante nomeado e sendo ai apareceu Manuel de Macedo e por ele me foi dito que ele se vinha obrigar por Antonio Cabral de Moraes ao danificio que houvesse nas pontes e aterrados das cem cabeças de gado vaccum que com elas passava para as minas da Surucava, o dito Antonio Cabral de Moraes, e de como se obrigou fiz este termo que assinou ele dito fiador, eu Manuel da Luz Silveira escrivão da Camara que o escrevi". [2]
Quais minas seriam essas?
Ensinam que o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem chegou a Sorocaba somente em 1809 [5] e somente em dezembro de 1818 faz pela primeira vez correr o ferro líquido [6].
Percebe-se, novamente, importantes registros são omitidos e ignorados na versão oficial da História de Sorocaba, adotada em 1954. A fábrica no Ipanema "renasce, ali mesmo, em 1760, o sonho esplêndido: em 1765 a nova fábrica então montada produz 4 arrobas de ferro diariamente. É novamente fechada, porém, já agora pelo fisco, pois não tinha alvará de licença para funcionar". [3]
A História da fábrica no Ipanema ainda não foi "desenrolada"! No primeiro parágrafo menciona-se a exploração das "minas de Sorocaba" em 1745 e, segundo as informações colhidas pelo Barão de Eschwege, em 1811 havia ali um antigo fundidor e a presença nela de um negro africano, hábil em metalurgia, desde 1769. [4] |