Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú
9 de março de 1535, sábado Atualizado em 25/02/2025 04:41:11
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fundação da vila Vila de Igaraçú, em Pernambuco [2]Brites Mendes de Albuquerque (1517-1584), esposa de Duarte Coelho, tinha 18 anos quando chegou ao Brasil, em 1535, acompanhando seu marido para tomar posse da capitania de Pernambuco. O principal engenho da capitania, chamado Nossa Senhora da Ajuda, foi levantado por Duarte Coelho, Brites e seu irmão Jerônimo de Albuquerque. A ocupação produtiva do território foi difícil. Os donatários deviam contar com seus próprios meios para instalar engenhos e conter a resistências dos indígenas. A colonização portuguesa nesses primeiros tempos era um misto de empresa mercantil e militar. Muitos colonos trouxeram mulheres e filhos que constituíram as primeiras famílias portuguesas a ocupar o território. Outros tomaram para si mulheres indígenas, a exemplo de Jerônimo de Albuquerque que se casou com Muira-Ubi, filha do cacique caeté, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde, com a qual teve oito filhos. Durante cerca de vinte anos, Brites contribuiu com seu marido, chegando a assumir o comando da capitania quando Duarte Coelho viajava, até que em 1553 ele voltou para Portugal acompanhado dos filhos do casal. Beatriz assumiu interinamente o governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. Com a morte de seu marido, Duarte Coelho em Portugal, em 1554, Brites assumiu o governo da capitania de Pernambuco com todas as honras e obrigações pertinente ao título, sendo chamada de “capitoa” pela firmeza de sua gestão. É reconhecida como a primeira governante das Américas. Brites manteve-se no posto até a maioridade do seu filho mais velho, Duarte Coelho de Albuquerque que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão. Quando ambos chegam ao Brasil, em 1560, o primogênito assumiu o governo de Pernambuco. Isso durou poucos anos, pois, em 1572, os irmãos foram chamados a Portugal para lutarem ao lado do rei D. Sebastião na África. Ambos morreram na célebre batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Assim, uma vez mais, Beatriz ficou no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida. Durante seu governo, Pernambuco foi a mais próspera capitania do Brasil. Tinha mais de mil colonos e mais de mil escravos. Em 1570, a capitania possuía 66 engenhos que produziam 200 mil arrobas de açúcar anuais. Brites manteve a ordem e a paz na capitania, combatendo levantes indígenas, legislando e controlando assuntos dos colonos, construindo e urbanizando núcleos, como Olinda, Igarassu e Recife. Faleceu em Olinda em 1584.
No Brasil, a devoção iniciou-se à época desde o início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Tendo fundado a vila de Olinda, nessa povoação erigiu-se uma Igreja sob a invocação de São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó. De acordo com Frei Vicente Mariano, também se tratava de uma imagem pequena com cerca de dois palmos de altura, entalhada em madeira e estofada, de autoria e origem desconhecida. A tradição reputa esta imagem como milagrosa, tendo vertido lágrimas em 28 de Julho de 1719.A partir dessa primitiva imagem em Olinda, a devoção se espalhou em terras brasileiras graças a cópias na Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo. Nesta última, em casa da família de Amador Bueno e na do bandeirante Manuel Preto, que fundou a igreja e o bairro bem conhecidos até hoje.Os bandeirantes , por sua vez, levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, se erige a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu, atualmente tombada pelo Iphan. É venerada também em Icó onde fazem uma grande festa anual e em Mosqueiro (ilha distrital de Belém-PA), onde ocorre um Círio em sua homenagem.Em Alagoas a devoção remonta-se ao século XVIII e está associada a Ordem Terceira do Carmo. Segundo o ABC das Alagoas[1] (p. 223) "Ao lado do Convento e Igreja do Carmo está a Ordem Terceira, edificada no antigo local da capela de N.S. do Ó. Construção do século XVIII, ainda conserva sua fachada primitiva, com frontão recortado, composição movimentada e portada original, encontrando-se, porem ruínas, desprovido de cobertura e coro. O interior, descaracterizado, possui retábulo e altar-mor em alvenaria substituindo os primitivos". Em Traipu-AL, segunda freguesia do Baixo São Francisco, na Paroquia de Nossa Senhora do Ó é mantido um novenário há mais de um século. Segundo relatos, desde o século XIX foi instituída a Novena de Nossa Senhora do Ó, em latim. A obra, provida de antífonas, até os dias atuais é celebrada pelo pároco nos modos antigos (de costas para a assembléia). A novena foi composta em estilo clássico-musical: Coro misto e ensemble (flauta, clarinetas, trompete, trombones, bombardino Bb e harmônio)
Depois que êste Estado se descobriu por ordem dos reis passados, se trabalhou muito por se acabar de descobrir êste rio (São Francisco) por todo o gentio que nele viveu, e por êle andou afirmar que pelo seu sertão havia serras de ouro e prata, à conta da qual informação se fizeram muitas entradas de todas as capitanias sem poder ninguém chegar ao cabo; com êste desengano e sobre esta pretensão veio Duarte Coelho a Portugal da sua capitania de Pernambuco a primeira vez, e da segunda também teve desenho; mas desconcertou-se com S. A. pelo não fartar das honras que pedia.
E sendo governador deste Estado Luís de Brito de Almeida, mandou entrar por este rio acima a um Bastião Álvares, que se dizia do Porto Seguro, o qual trabalhou por descobrir quanto pôde, no que gastou quatro anos e um grande pedaço da Fazenda d’el Rei, sem poder chegar ao sumidouro, e por derradeiro veio acabar com quinze ou vinte homens entre o gentio tupinambá, a cujas mãos foram mortos, o que lhe aconteceu por não ter cabedal da gente para se fazer temer, e por querer fazer esta jornada contra água, o que não aconteceu a João Coelho de Sousa, por que chegou acima do sumidouro mais de cem léguas, como se verá do roteiro que se fêz da sua jornada.
À boca da barra deste rio corta o salgado a terra da banda do sudoeste, e faz ficar aquela ponta de areia e mato em ilha, que será de três léguas de comprido. E quando este rio enche com água do monte… não entra o salgado com a maré por êle acima, mas até à barri é água doce, e traz neste tempo grande correnteza. [fim]
Brites Mendes de Albuquerque (1517-1584), esposa de Duarte Coelho, tinha 18 anos quando chegou ao Brasil, em 1535, acompanhando seu marido para tomar posse da capitania de Pernambuco. O principal engenho da capitania, chamado Nossa Senhora da Ajuda, foi levantado por Duarte Coelho, Brites e seu irmão Jerônimo de Albuquerque. A ocupação produtiva do território foi difícil. Os donatários deviam contar com seus próprios meios para instalar engenhos e conter a resistências dos indígenas.
A colonização portuguesa nesses primeiros tempos era um misto de empresa mercantil e militar. Muitos colonos trouxeram mulheres e filhos que constituíram as primeiras famílias portuguesas a ocupar o território. Outros tomaram para si mulheres indígenas, a exemplo de Jerônimo de Albuquerque que se casou com Muira-Ubi, filha do cacique caeté, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde, com a qual teve oito filhos.
Durante cerca de vinte anos, Brites contribuiu com seu marido, chegando a assumir o comando da capitania quando Duarte Coelho viajava, até que em 1553 ele voltou para Portugal acompanhado dos filhos do casal. Beatriz assumiu interinamente o governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. Com a morte de seu marido, Duarte Coelho em Portugal, em 1554, Brites assumiu o governo da capitania de Pernambuco com todas as honras e obrigações pertinente ao título, sendo chamada de “capitoa” pela firmeza de sua gestão.
É reconhecida como a primeira governante das Américas. Brites manteve-se no posto até a maioridade do seu filho mais velho, Duarte Coelho de Albuquerque que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão. Quando ambos chegam ao Brasil, em 1560, o primogênito assumiu o governo de Pernambuco. Isso durou poucos anos, pois, em 1572, os irmãos foram chamados a Portugal para lutarem ao lado do rei D. Sebastião na África.
Ambos morreram na célebre batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Assim, uma vez mais, Beatriz ficou no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida. Durante seu governo, Pernambuco foi a mais próspera capitania do Brasil. Tinha mais de mil colonos e mais de mil escravos.
Em 1570, a capitania possuía 66 engenhos que produziam 200 mil arrobas de açúcar anuais. Brites manteve a ordem e a paz na capitania, combatendo levantes indígenas, legislando e controlando assuntos dos colonos, construindo e urbanizando núcleos, como Olinda, Igarassu e Recife. Faleceu em Olinda em 1584.
[15938] Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil 01/03/1587 [3772] As “capitoas” do Brasil Colonial: mulheres no comando de capitanias. Fonte: ensinarhistoria.com.br 16/05/2021
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
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3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!