A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoveu, ontem à tarde, na Casa do Advogado, uma homenagem póstuma ao comerciante e publicitário sorocabano Fernando Dini Neto, que morreu em abril passado, aos 64 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). A solenidade também marcou a entrega de carteiras a 70 recém-ingressados na OAB.Heloisa Dini, primeira mulher presidente da OAB e irmã de Fernando, agradeceu a homenagem e ressaltou a importância que seu irmão teve para a humanidade. "Ele cumpriu uma missão muito importante que é dignificar o nome de nossa doutrina, o Santo Daime, um nome contaminado pelo preconceito e ele conseguiu, através de um trabalho seríssimo, trazer dignidade ao nome. E ele recebeu muitos prêmios por isso, até hoje ele é reconhecido mundialmente", disse.Após a entrega da placa aos familiares, o irmão de Fernando Dini, o advogado Luciano Dini deu um depoimento agradecendo a homenagem e destacou a dedicação do irmão em todos os trabalhos realizados por ele. "Ele sempre se dedicou muito ao trabalho, e isso foi recíproco entre ele e a OAB, então essa homenagem retrata muito bem esse vínculo de amizade que ele teve", completa.Segundo o presidente da OAB local, Alexandre Ogusuku, a homenagem póstuma a Fernando foi mais que merecida, pois "ele defendeu os direitos da sociedade, foi um humanista fantástico e também um grande colaborador da Ordem". Ogusuku ainda, completou seu depoimento à família agradecendo a presença e dizendo que apesar de ser uma homenagem simbólica, foi tudo feito de coração. No momento da entrega da placa, o presidente completou: "Se o mundo tivesse mais Fernando Dini, com certeza seria muito melhor".Entrega das carteirasSetenta novos advogados, recém-aprovados na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), receberam a carteira da Ordem. A entrega representou os inscritos na Ordem, lendo o Termo de Compromisso com a entidade e a advocacia.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*
