Artur da Costa e Silva é 8º brasileiro a ser capa da Revista Time Magazine
21 de abril de 1967, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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A revista "Time" tem feito um amplo trabalho de memória ao longo do ano, recuperando a cada semana a edição da revista que foi publicada 5 décadas antes e esmiuçando o mundo descrito naquela época.
E uma das edições de abril de 1967 trazia uma discussão sobre o lugar do Brasil no mundo na capa, e um tom que em muitos momentos soa bem atual.
A revista enfocava a conferência de líderes das Américas realizada em Punta del Este e dizia que caberia ao Brasil do "presidente" Costa e Silva, "líder de uma nação que forma metade da área, da riqueza e da população da América do Sul", levar adiante as decisões do encontro.
Uma imagem de Costa e Silva, por sinal, estampava a capa da publicação, que se referia a ele como "líder" e "presidente", mas não como ditador, segundo a memória publicada agora no site da publicação.
Após ser um dos homens poderosos envolvidos no golpe de 1964, dizia, "Costa e Silva prometeu humanizar a revolução lançada pelo seu antecessor austero e sem humor –mas também deixou claro que pretendia levar adiante muitas das reformas básicas iniciadas por Castello", dizia a revista, sem questionar o fato de o Brasil ser uma ditadura na época.
O mais interessante de perceber na publicação de parte do texto histórico é ver a linguagem usada pela "Time" em 1967.
Alguns dos termos usados na época ficaram marcados como alguns dos mais comuns durante o recente período de ascensão econômica do país, na década passada.
"Otimismo do tipo que no passado cegou o Brasil precisa aguardar que, tendo chegado ao ponto de decolar, o gigante do Sul vá finalmente decolar", dizia.
A expressão "take off" usada duas vezes na mesma frase faz a famosa capa da "The Economist" de 2009, com o Cristo Redentor como se fosse um foguete soar como um eco distante.
E o tipo de avaliação reforça a ideia já percebida por analistas de que a imagem do Brasil no resto do mundo alterna esses momentos de euforia e depressão, com impressão de que o "gigante" vai decolar sempre que vive um bom momento.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!