Manifesto da augusta e respeitável Loja Capitular Constância ao oriente de Sorocaba á pastoral do exm. e rvm. sr. d. Lino Deodato, bispo desta diocese de São Paulo, publicada no domingo, 28 de dezembro de 1873, pelo rvm. vigario desta paróquia Antonio Joaquim de Andrade.Não foi sem mágoa que a augusta e respeitável Loja Constância ao Oriente desta cidade ouviu ler pelo vigario desta paróquia a pastoral do exm. e revm. sr. d. Lino Deodado, bispo desta diocese, mandando publicar o Breve, pelo qual "aprouve" á S. Santidade, Pio IX lançar contra os maçons do Brasil os raios de sua cólera pelo poder temporal, que lhe escapa e marcar-lhes o prazo de um ano para, pelo perjúrio, seram absolvidos de pretendidos pecados.Com a fé daquele que padeceu e morreu em uma cruz para a redenção do genero humano, os maçons da augusta e respeitável loja Capitular Constância, rejeita, o ano de prazo, que se lhes concede, porque estão convencidos de que não é pelo perjurio que se alcança a bemaventurança eterna, mas sim pela fé em Jesus Cristo, pela prática das virtudes por ele ensinadas, e que a maçonaria acata, respeita, ensina e pratica.Os abaixo assinados, portanto, por si e comissionados pela augusta e respeitável loja Capitular Constância, protestam contra o ato emanado do poder pontificio contra a maçonaria brasileira, e desistem do prazo que lhes foi concedido para, pelo perjurio, alcançarem a absolvição de fantasiadas culpas.Manoel Alves Lobo, José Dias de Arruda, Olivério José do Pilar, Antonio Augusto de Padua Fleury, Antonio Gonzaga Seneca de Sá Fleury, Francisco Antonio Fontoura, Manoel Maria Xavier de Araújo.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*