| As cerimônias de dedicação da feira foram realizadas em 21 de outubro de 1892 | | 21 de outubro de 1892, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
O Imperador D. Pedro II tinha grande prestígio nos Estados Unidos. O seu amor à liberdade, o seu espírito aberto a todas as novidades do século, a sua atividade, a singeleza da sua pessoa, impressionaram sempre os americanos, que de um rei só faziam a idéia de um homem rodeado de fausto, de um defensor do passado contra o espírito inovador.
Os discursos pronunciados no Senado americano, quando se discutiu o reconhecimento da República brasileira, consistiram, quase que exclusivamente, não no elogio dos vencedores, mas na exaltação das virtudes do grande vencido.
O governo americano foi o último, de todos os governos do novo continente, que reconheceu a República no Brasil, e se inspirou, decerto, para essa demora, na frieza, na quase hostilidade, com que a imprensa recebeu a revolução.
Ainda há bem pouco tempo, o correspondente do País, em Nova Iorque, rememorava estes fatos, insistindo na pouca simpatia que os americanos manifestavam pela nova ordem de cousas no Brasil.
Basta lembrar o que disseram os jornais americanos quando, em 1890, chegou a Nova Iorque uma esquadrilha brasileira que, segundo diziam os jornais do Rio, ia participar ao governo americano a proclamação da República e apresentar os cumprimentos do novo governo ao presidente dos Estados Unidos.
Com a precipitação com que foi organizada a esquadrilha, esqueceram-se no Rio de que os navios iam chegar a Nova Iorque em pleno inverno. O frio em 1890–91 foi intensíssimo, e os pobres marinheiros, vestidos ligeiramente, sofreram imenso. O governo americano forneceu-lhes roupas grossas e cobertas. Era de ver como os jornais de Nova Iorque noticiavam estes fatos.
Uns, descreviam os negros brasileiros chorando de frio, escondidos no porão, os navios abandonados, o convés não varrido, os oficiais com frieiras nos pés, enfim, um destroço completo. Tudo isto acompanhado de ditos picantes e de uma insistência enorme nos favores com que o governo americano estava acudindo à miséria e à desgraça daqueles maltrapilhos.
No mesmo ano, veio uma esquadra americana ao Rio, dizendo-se que vinha expressamente cumprimentar o governo. O generalíssimo Deodoro convidou-os para um baile; o comandante da esquadra pediu-lhe que apressasse o baile, e, como houvesse alguma demora, a esquadra partiu sem sequer esperar pelo tal baile.
Dois anos depois, uma outra esquadra brasileira vai a Nova Iorque a pretexto da exposição de Chicago e do centenário de Colombo. Os oficiais brasileiros ficaram vexados da linguagem da imprensa a seu respeito e da desconsideração com que foram tratados. Sempre colocados em último lugar, sempre preteridos em todas as atenções, o seu desgosto, se não faltou à verdade o correspondente do País, foi muito grande e não se ocultou.
Quando houve o convite à oficialidade para ir a Chicago, os oficiais brasileiros todos recusaram, declarando a um representante da imprensa que o faziam por se acharem justamente melindrados. Não lhes foi dada satisfação alguma, e, de volta ao Brasil, vieram decerto muito pouco inclinados a acreditar ainda na pilhéria da fraternidade americana.
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