Balthazar funda uma capela sob a invocação de “Nossa Senhora da Ponte” / vinda da imagem / transporte do pelourinho (1645/1654)
Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
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Em 1645, ele, os genros e os filhos se transportaram para o lugar chamado Sorocaba, a légua e meia do Itavuvu ou São Felipe, Para onde em 1611 D. Francisco de Sousa permitira se transportasse o pelourinho que em 1600 erguera no Araçoiaba [5]“Baltazar Fernandes, Bandeirantes natural de São Paulo, filho de Manoel Fernandes, nobre e ex-governador dessa cidade, cansado das andanças pelos sertões, resolve assentar com toda sua família, a vida na vila por ele fundada, que viria chamar-se Sorocaba. Constrói casa de residência e a Capela de Nossa Senhora da Ponte, colocando nela a imagem que trouxe consigo”.
“Interessante notar que cidade de Sorocaba é única das Américas a ser fundada a partir de um Mosteiro, o que na Europa não é exceção. A igreja de Sant’Ana do Mosteiro de São Bento, foi a primeira igreja de Sorocaba, em torno da qual nasceu a bela cidade de hoje”.
“O conjunto arquitetônico atual é composto pela igreja de Sant´Ana, Capela de São Judas Tadeu, Mosteiro de São Bento e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. O Mosteiro passou por numerosas reformas que na opinião de importantes historiadores não desfiguraram o arcabouço colonial”.
Atualmente, os Monges estão empenhados em um projeto de restauro do Mosteiro, envolvendo a sociedade de Sorocaba. [6]
Fundação da Capela N.S. da Ponte Data: 01/01/1645 Créditos/Fonte: https://www.genearc.net/ 01/01/1645
"A Sagrada Família" Data: 01/01/1550 Créditos/Fonte: Agnolo di Cosimo (1503-1572) Holy Family with St. Anne and the Infant St. John
ID: 5379
Correio Paulistano/SP Data: 03/03/1962 Página 10
ID: 5949
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo Data: 01/01/1967 Créditos/Fonte: Luiz Castanho de Almeida Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes. Página 212
Pelos anos de 1646, diz o Livro do Tombo, estabeleceram-se os primeiros moradores na atual Sorocaba: Baltasar Fernandes e seus genros, André de Zunega, Gabriel "Dona de Leon", Dom Diogo do Rego e Mendonça, Bartholomeu de Zunega e Leon, mais alguns netos casados e filhos, bem como o filho Manuel Fernandes de Abreu; Baltasar Fernandes, quando transmigrou de Parnaíba para Sorocaba com sua parentela, já era septuagenário e avô.
A sua casa ainda hoje, embora no perímetro urbano, é considerada chácara. Está à beira do rio. Construiu na colina a capela à Nossa Senhora da Ponte, invocação única no Brasil, e que já assim se chamava de algum outro lugar da Ponte, em Portugal ou Espanha. A casa e a capela existiam em 1951, sem alteração substancial.
Em 1654, Balthazar se transferiu definitivamente para Sorocaba, segundo Azevedo Marques e o Livro do Tombo desta Paróquia. De fato, o vigário Pedro Domingues Paes, escrevendo naquele livro em 1747, ainda ouviu os velhos darem a data aproximada da fundação: pelos anos de 1646.
Os antigos não pensavam senão nos primeiros povoadores em geral, e já os havia esparsos. Possivelmente os peões (nativos administrados) já haviam fundado um estabelecimento de criação de gado. Contemporaneamente se fundava Curitiba, e, quarenta anos depois, já havia um caminho unindo as duas povoações pelo Itararé, e feito a pata de gado.
Também é possível que, em 1646 Balthazar obtivesse a sesmaria de Sorocaba por doação ou compra, e tal documento com razão se conservava entre os herdeiros. Em 1648 cuidava ele em Parnaíba do Inventário da filha Isabel.
Até o século XIX, eram feitos nas igrejas e foi Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, quem erigiu a primeira igreja, dedicada a Nossa Senhora da Ponte - atual Igreja de Sant´Anna, junto ao Mosteiro de São Bento, com a finalidade de servir de amparo espiritual, abrigo e sepultura dos primeiros habitantes.
Todavia, essa discrepância não vingou, pois as terras dos dois povoados já haviam sido redistribuídas, juntamente com as vilas de Sarapui, Iperó, Piragibu, Pirapitingui e Itu. Tal ocupação de terras ocorreu, principalmente de 1601 a 1646. Entre os beneficiados estavam Domingos Fernandes Mourão e seus irmãos André e Balthazar, que já trabalhavam com currais de gados, em campos de Sorocaba (hoje bairros de Santa Rosália e Vila Barão), bem como, Diogo do Rego Mendonça, Braz Teves e seu genro Paschoal Moreira Cabral, além de Jacinto Moreira Cabral.
[25752] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos 01/01/1958 [23981] Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi 01/01/1989 [28877] Visita ao Cemitério da Saudade aponta aspectos culturais, sociais e religiosos, jornalcruzeiro.com.br 23/07/2012 [23788] “A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul) 20/02/2014
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*