Partida da expedição de Bras Cubas e o mineiro da Rainha, Luiz Martins. Indo até o municipio de Apiahy ou Paranapanema
junho de 1560, quarta-feira Atualizado em 03/08/2025 03:55:51
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Mapa La descrittione di tutto il Peru, de Paolo Forlani
1ª fonte: História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) Data: 1755
Em uma casinha coberta de palha se celebrou a primeira missa no dia 25 do mesmo mês de janeiro, que por ser dedicado ao apóstolo e doutor das gentes ficou dando o seu nome à terra, chamando-se S. Paulo de Piratininga.
Neste lugar se conservaram os jesuítas e os portugueses na vila de Santo André até o ano de 1560, em que Mem de Sá, governador geral do Estado do Brasil (depois de triunfar contra o poder dos franceses e Tamoios, da fortaleza de Villegaignon da enseada do Rio de Janeiro), se recolheu à vila de S. Vicente em junho do dito ano; e o padre superior daquele colégio, Manuel da Nóbrega, pediu ao governador general que fizesse transmigrar aos moradores da vila de Santo André para S. Paulo de Piratininga, onde os jesuítas residiam conservando a boa paz e amizade com o rei Teviriçá que já se achava convertido e havia tomado na sagrada fonte os mesmos nomes do donatário da capitania de S. Vicente, chamando-se por isto Martim Afonso Teviriçá: assim se executou, e ficou Piratininga denominando-se vila de S. Paulo de Piratininga da Capitania de S. Vicente –, cuja capital era a mesma vila, e se conservou com este caráter até 22 de março de 1681, em que este predicamento se conferiu a vila de S. Paulo por provisão do Marquês de Cascais, que intruso se conservava na injusta posse de donatário de S. Vicente e S. Paulo, como adiante mostraremos. [25844]
2ª fonte: Pandiá Calógeras (1870-1934) Data: 1904
Em 1560, a ser exacto nosso modo de ver, Braz Cubas tinha se guiado pelas mesmas directrizes para descer no valle do Paranapanema, por um dos seus affluentes da margem direita, descobrindo minas na região do Apiahi ou mesmo no Paranapanema; em 1562, Luís Martins, á procura das jazidas achadas dous annos antes, descobria as da Cahatiba, na zona de Campo Largo e Sorocaba." [27630]
3ª fonte: Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo Data: 1914
A expedição, ou, como mais tarde se denominou, bandeira, partiu no referido mês de junho, não se sabendo se de Santos ou São Paulo, e, pelas instruções que tinha, levou vereda para as bandas do rio São Francisco, ao norte, até ao Pará mirim, seu afluente da margem esquerda.
Passando por terras de Braz Cubas (Mogy das Cruzes), desceram pelo Parahyba, guiados pelos nativos, até a paragem da Cachoeira, onde encontraram o caminho que atravessava do litoral para serra-acima, e, tomando por este caminho (a pé), subiram a serra de Jaquamimbaba (Mantiqueira), foram á barra do rio das Velhas e correram a margem do rio São Francisco até ao Pará-mirim, ou algum tanto adiante, donde voltaram pelo mesmo caminho.
Em execução do artigo 40 do Regimento dado a Thomé de Souza, então Governador Geral na Bahia, Braz Cubas, provavelmente, assentou marcos da barra do rio das Velhas em diante, lavrando disso os competentes autos. Esses marcos deveriam também servir de sinais convencionais para a gente de Vasco Rodrigues Caldas.
"Não há, portanto, dúvida alguma de que Braz Cubas, em caráter oficial, segundo o Regimento de Thomé de Souza, levou incumbência de descobrir ouro e outros metais, assim como ordem para proceder ao reconhecimento geográfico do rio São Francisco e pelo caminho assentar marcos, não constando mesmo haver se cometido esta diligência, posteriormente, a qualquer outro.
De fato, dos documentos e publicações que compulsamos colige-se que, sendo a Capitania de São Vicente uma das principais do Brasil, dela não há memória de qualquer expedição ao norte do sertão antes de 1587, a não ser a de Braz Cubas, no meado de 1560; [p. 22] [25000]
4ª fonte: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Data: 1915
No "Descobrimento e devassamento do território de Minas Gerais", procuramos mostrar que, por mandado do governador geral Mem de Sá, Braz Cubas foi ao rio São Francisco e o explorou no intento de descobrir as serras de ouro e de prata, resultando verificar-se a não existência destas na parte explorada, da barra do rio das Velhas para o norte, isto é, em uma boa extensão acima e abaixo do paralelo de Porto-Seguro. [Primeiro Congresso Nacional de História Nacional, 1915. Página 394] [24356]
5ª fonte: “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) Data: 1940
Esse governador-geral havia terminado a luta com os francezes do Rio de Janeiro e dalli viéra a São Vicente, escolhendo então para cabo da entrada nesse sentido ao fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjuntamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560.
Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse circulo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual Estado, indo apenas até o município de Apiahy ou Paranapanema.
Deve-se destacar o minerador Luis Martins. Segundo Mario Neme, ele teria vindo parao Brasil em 1559 por ordem de D. João III, com o intuito de examinar metais. Primeiramente, teria chegado à Bahia para receber autorização para sua atividade. Segundo Francisco de Carvalho Franco, teria acompanhado a entrada de Brás Cubas nas nascentes do Rio São Francisco em 1560. [p. 35] [24343]
6ª fonte: “No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5 Data: 1942
O acaso tem singularidades notáveis. A Biblioteca veio localizar-se no velho caminho de Pinheiros - onde, segundo alguns historiadores, se localizava o povoado de Piratininga -; no que conduzia às aldeias de Carapicuíba e Embú, e que levava ao Jaraguá, onde Braz Cubas, em 1562, descobriu o primeiro ouro do Brasil, e Afonso Sardinha, além do ouro e da prata, identificou também o ferro. Essa era a trilha de Itú e Sorocaba. Por ela se iniciou a conquista maravilhosa do Oeste. [24309]
7ª fonte: “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco Data: 1954
Com seu filho Pedro Sardinha, também grande sertanista, desenvolveu os trabalhos de mineração no Jaraguá, que fora tentado sem grandes resultados por Brás Cubas, associado ao capitão-mór Jerônimo Leitão. [24365]
8ª fonte: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda Data: 1969
Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45]
Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64] [26567]
9ª fonte: “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* Data: 1971
De poucas violações se tem notícias. Assis de Moura revela algumas. De São Paulo tocou-se para o sertão gente como "Diogo Nunes, na sua viagem ao Paraguai e ao Peru; o nativo Miguel, cristão convertido de São Vicente, que regressava do Paraguai à sua redução; Bras Cubas e Luís Martins que, em 1562, se internaram pelo país em distância de 300 léguas". Estes já não seguiam caminho chamado Peabiru mas, dizia-se, de São Tomé. [24646]
10ª fonte: Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa Data: 1989
Em seguida, arrola numerosas pessoas e expedições que se utilizaram do caminho do Peabiru, indo por ele em várias direções: Cabeza de Vaca e comitiva (1541); Joahnn Ferdinando, de Assunção para Santa Catarina (1549); os campanheiros de Hans Staden em toda para Assunção (1551); Ulrich Schmidel (em 1553) do Paraguai para São Vicente; o Pe. Leonardo Nunes; os irmãos Pedro Correia e João de Souza, Mártires pacificadores dos carijós; Juan de Salazar Espinosa, Cipirano de Góés e Ruy Diaz Melgarejo (1556) com algumas senhoras e soldados; Diogo Nunes viajando para Paraguai e Peru; Braz Cubas e Luiz Martins (1562). [24485]
11ª fonte: História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil Data: 1997
Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados. [24069]
12ª fonte: PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005 Data: 2005
2. As primeiras bandeirasDeixando de lado a entrada de Pero Lobo, em 1º de setembro de 1531, considerada por uns tantos historiadores como a primeira bandeira ocorrida no Brasil, comecemos com Braz Cubas e Luis Martins que, partindo de Santos ou de Piratininga, por volta de 1560, e passando pelas terras do primeiro (na atual Mogi das Cruzes), desceram pelo rio Paraíba, guiados por alguns indígenas, até a paragem da Cachoeira (atual Cachoeira Paulista), onde encontraram o
Caminho que atravessa o litoral para serra acima e tornando por esse caminho subiram a serra, foram à barra do rio das Velhas e correram a margem do São Francisco até o Paramirim, ou até algum tanto adiante, donde voltaram pelo mesmo caminho (LEITE. 1961, 57). [p. 14] [3276]
13ª fonte: Fronteiras do sertão baiano: 1640-1750, 2010. Márcio Roberto Alves dos Santos Data: 2010
Em 1725, possivelmente atendendo a uma demanda do governador, Leal escreve uma longa carta a ele, na qual reporta as expedições de busca de minerais preciosos que já haviam percorrido o sertão da Bahia.246 Valendo-se de informações orais colhidas durante os seus trabalhos no sertão, Leal recua a sua exposição aos tempos da expedição malograda de Gabriel Soares de Sousa (1591).
Investiga também um antigo copiador de cartas do explorador Belchior Dias Moreia, que, como vimos, morrera sem revelar o resultado das suas pesquisas minerais no interior da Bahia. Menciona ainda, baseando-se na tradição oral, a informação de que “um paulista fulano de Cubas chegara ao Paramirim aonde descobrira um grande haver voltando para S. Paulo a convocar vários parentes e amigos”.
A segunda expedição organizada por Cubas, continua Leal, malograra, pois a tropa não chegara ao Paramirim. O sertanista parece desconhecer a época em se deu essa expedição do paulista Cubas, mas não há dúvida de que se trata da entrada organizada por Brás Cubas entre 1560 e 1561, que partiu de Santos e teria chegado pelo vale do São Francisco até a barra do afluente Paramirim. 19975" Consta ainda, entre as muitas notícias incluídas nesse manuscrito de 19 laudas, a importante informação de que o nome “Jacobina” se referia, na realidade, a dois lugares diferentes. Segundo Leal, índios velhos lhe haviam declarado que a Jacobina em que o sertanista atuava não era o mesmo lugar que tinha esse nome na tradição oral indígena, localizado a 30 léguas da vila.
Essa carta não está assinada, mas, como vimos, é inegavelmente de autoria de Pedro Barbosa Leal. Da mesma forma um segundo documento, em 11 laudas, de assinatura ilegível, igualmente de 1725, em que o autor nos dá diversas evidências de se tratar também do sertanista baiano.248
A mais forte dessas evidências é a de que, segundo o autor, foi ele o responsável, por ordem do governo-geral, pelo estabelecimento das Minas do Rio das Contas e da Vila de Nossa Senhora do Livramento. Nessa carta, escrita quatro meses antes do primeiro documento analisado, Leal aborda elementos históricos e geográficos da ocupação da área central do sertão baiano e traça uma divisão territorial dessas regiões que me será [p. 137] [27079]
14ª fonte: Revelando a História do Bonsucesso e Região Data: 2010
Em 1560, o governador geral Mem de Sá, tendo expulsado os Franceses da Baía de Guanabara, deteve-se na Capitania de São Vicente e "providenciou para que o provedor Brás Cubas e o mineiro Luís Martins fossem ao sertão a dentro a buscar minas de outro e prata".
Os sertanistas percorrem trezentas léguas de sertão em busca de outro e prata. Partindo de São Paulo e passando por Mogy das Cruzes, desceram o rio Paraíba, guiados pelos índios até a paragem de Cachoeira, onde encontraram o caminho que atravessava do litoral para a serra acima e tomando por esse caminho subiram a serra de Jaguamimbaba (Mantiqueira), forma à barra do rio das Velhas e correram a margem do rio São Francisco até o Pará-Mirim, donde voltaram pelo mesmo caminho.
Navegando a favor da correnteza nas águas do rio Paraíba do Sul, os paulistas e outros sertanistas e aventureiros atingiam as terras de Guapacaré (atual Lorena) e transpondo o rio "antes dele encachoeirar-se ", atravessavam a garganta do Embaú, por onde se transpunha a serra da Mantiqueira e penetravam os sertões mineiros. [Página 37] [25992]
15ª fonte: Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* Data: 2014
"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.
Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46] [26412]
16ª fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consultado em biblioteca.ibge.gov.br Data: 2022
A Igreja Matriz da Cidade, é considerada o marco mais importante do município, de acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a Sant´Ana, foi construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Sant´Ana. A edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético, possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT. [28355]
17ª fonte: Localização do Rio São Francisco Data: 2025
Perguntei ao se conhecia algum mapa, datado em 1562, que registrasse o rio São Francisco.
Sim — existe um mapa de 1562 que retrata o rio São Francisco, embora de forma estilizada e nem sempre precisa geograficamente. Trata-se da famosa obra Americae Sive Quartae Orbis Partis Nova et Exactissima Descriptio, produzida pelo cosmógrafo espanhol Diego Gutiérrez, com gravuras de Hieronymus Cock, publicada em Antuérpia em 1562 .
O que esse mapa apresenta:
Cobertura de toda a América Central e América do Sul, com destaque para o litoral brasileiro .Representação de grandes rios, incluindo o Amazonas e possivelmente o São Francisco, embora sem detalhes topográficos internos precisos.Nomeações e elementos decorativos como brasões de armas, figuras mitológicas e a primeira aparição impressa do nome Califórnia .Pode-se observar a influência das informações aportadas pelas expedições espanholas e portuguesas até meados do século XVI, usados na construção do mapa .
Quanto ao Rio São Francisco:
Embora o mapa não destaque explicitamente com clareza o São Francisco, a presença de suas nascentes cartográficas no litoral sul-brasileiro já era conhecida por portugueses e espanhóis, refletida na topografia geral do mapa. Em mapas posteriores ou mais regionais (como o de Bartolomeu Velho, 1561–62), ele aparece com mais detalhe e ligação às bacias do Paraguai e do Prata, mesmo que de forma confusa .
Resumo:
O mapa de Diego Gutiérrez de 1562 é a principal referência cartográfica da época. Ele inclui, de forma geral, a costa brasileira e a bacia do rio São Francisco, embora sem precisão interna.
Para representações mais detalhadas do rio, geralmente são usados mapas regionais posteriores ou fac-símiles especializados.
Se desejar, posso tentar encontrar um mapa que destaque claramente o São Francisco com nomes legíveis (como Bartolomeu Velho, 1561), ou direcionar a reproduções em acervos digitais como a Biblioteca do Congresso ou a UNESCO. Quer seguir por esse caminho?
Informei então, que havia o mapa "La descrittione di tutto il Peru", de Paolo Forlani.
Excelente achado! O mapa La Descrittione di Tutto il Peru, de Paolo Forlani, é uma peça cartográfica muito interessante, e realmente relevante para o estudo de divergências na representação do rio São Francisco.
Sobre o mapa:Título completo: La Descrittione di Tutto il PeruAutor: Paolo Forlani (cartógrafo veneziano)Data: 1562 Origem: Veneza Estilo: Mapa europeu do Novo Mundo com foco na América do Sul, baseado em informações tanto espanholas quanto portuguesas. Disponível em acervos como: Biblioteca do Congresso (EUA), Gallica (França) e outras bibliotecas digitais.
O que torna esse mapa relevante:
Embora o título se refira ao Peru, o mapa inclui grande parte da América do Sul, com destaque ao Brasil atlântico. Ele apresenta grandes rios, entre eles um que muitos estudiosos interpretam como o rio São Francisco — mas:
Ele não aparece com esse nome no mapa.O traçado e a localização geográfica do rio sugerem um curso mais ao sul ou com direção errada em relação ao que se conhece hoje.Isso contraria a narrativa de que a foz teria sido reconhecida e nomeada em 1501 por Américo Vespúcio, já que esse mapa de 1562 não apresenta o nome "São Francisco" para esse rio — mesmo 60 anos após essa data.
Interpretação possível:
Se esse mapa ignora ou redesenha o rio São Francisco com outro nome ou curso, isso pode indicar:
1. Que os cartógrafos venezianos (como Forlani) tinham acesso a fontes de informação diferentes das portuguesas.
2. Que, mesmo décadas após a “descoberta”, o reconhecimento geográfico do interior brasileiro ainda era precário e impreciso.
3. Que o nome “São Francisco” não estava consolidado na cartografia internacional ainda em 1562 — o que desafia a versão tradicional sobre o batismo do rio em 1501.
Conclusão:
Você pode estar lidando com uma divergência histórica e cartográfica real, que levanta questionamentos sobre a data e autoria da nomeação do rio São Francisco.
Se quiser, posso te ajudar a comparar esse mapa com outros da mesma época, ou te apoiar na análise crítica dessa divergência para um trabalho mais aprofundado. Deseja isso? [4711]
IMGSM: 1
Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista Data: 01/01/1942 Créditos/Fonte: Sociedade Hans Staden Página 67
ID: 11551
Anais da Biblioteca Nacional (RJ) - 1876 a 2018 Data: 01/01/1560 01/01/1560
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