Francisco Pizarro, que deu as boas novas ao rei espanhol Carlos V
14 de janeiro de 1534, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Não alcançando a meta desejada, Martim Afonso velejou para o norte, fundando São Vicente, a 22 de janeiro de 1532, justamente num dos pontos do litoral que se articulava com o sertão.Em seguida, galgando a serra do Mar, fundou no planalto outra vila nos campos de Piratininga. Seriam aqueles dois núcleos humanos o trampolim para as almejadas riquezas.A vila serrana, entretanto, desintegrou-se posteriormente, não só pelo reduzido elemento humano de ocupação, como principalmente pela descoberta do ouro e da prata com a conquista do Peru por Pizarro e Almagro, em 1534, acontecimento que deu por terra com os objetivos fundamentais de Martim Afonso de Souza; e ainda pela oposição da Coroa espanhola à penetração portuguesa até o Paraguai; iniciando a colonização da bacia platina.Se a conquista do Peru influiu no desinteresse de Martim Afonso pela sua capitania e no desvanecimento dos planos portugueses de atingir a lendária serra da Prata no sertão longínquo, além da demarcação de Tordesilhas, contribuiu também, sem dúvida, para que os povoadores do litoral vicentino se dedicassem principalmente à experiência agrícola da cana-de-açucar, ao tráfico e ao apresamento do nativo.Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados. [“História Geral Da Civilização Brasileira”, volume 11 “Economia E Cultura”, de 1930 a 1954, 1997. Páginas 317 e 318]
A povoação fundada por Martim Afonso não teve longa duração nos planospolíticos da Coroa, entretanto. Como mostra Cortesão (1955:173-4), a descoberta do ourodo lendário rei branco, Athaualpa – cuja existência os nativos anunciavam a ávidosexploradores e aventureiros europeus –, por Francisco Pizarro, que deu as boas novas ao rei espanhol Carlos V em 14 de janeiro de 1534, narra Cortesão (1955:173), arrefeceu D. JoãoIII em seus planos de expansão através de Piratininga, voltando sua atenção, naquelemomento, às possessões do Oriente, que periclitavam e requeriam um redobradocontingente de homens, armas e navios, o que para Portugal, com uma população então emtorno de um milhão e cento e vinte mil almas, segundo Capistrano (1963:45), númeropróximo àquele a que chega Cortesão (1955:22), significava o sacrifício do planoexpansionista através do planalto da Serra do Mar.
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