Falecimento de João Mendes de Almeida. Foi um jurista, político, jornalista e líder abolicionista brasileiro
16 de outubro de 1898, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Disse o notável Dr. João Mendes de Almeida, que "o povo que não pôde possuir uma historia verdadeira, pela insuficiência de seus meios ou pela desordem de seus arquivos, é um povo sem gênesis, e portanto desclassificado no mundo civilizado".
Sente-se desde logo, a verdade desta sentença, porquê de fato, a historia é a genealogia e o pergaminho das nações, porquê ela é a formação e é a origem, e constitui por isso, diante dos olhos das gerações a verdadeira e grande lição do passado, exortaando o presente e incitando o futuro das sociedades, sendo por fim, a fonte generosa, onde as populações presentes e por vindouras deverão haurir o corroborante do seu enfraquecimento moral, o elixir da força colectiva, embebidas na luz da sua própria origem.
"Os brutos não têm tradição, não a sentem, e por isso, não a veneram. Mas o homem, que não só vive, senão também se aperfeiçoa, colhendo no passado os elementos da experiência em que se firma para equilibrar-se no presente e conduzir-se no futuro, esse se equipararia ás feras, se não volvesse olhos atentos e perscrutadores para o passado, e se não reconhecesse o valor dos ensinamentos com que os mortos vêm e cada vez mais, governando os vivos", assim falou também o santista notável que é o Dr. Reynaldo Porchat.
Por viver alheia e indifferente á voz que lhe chega dos annos que passaram, vóz que se alteia, vibrante como os gri- tos das nossas arapongas, nas maravilhas apparentemente mudas das nossas tradições e das nossas chronicas, é que a actual sociedade brasileira, tão joven ainda e nem bem padronisada, já resvala na decadência, explorada pelo exemplo dos contur- badores, explorada pelos maus autores, explorada pelos em- preiteiros de reformas mentirosamente evolucionistas ou inap- plicaveis ao meio brasileiro e solapada pelas tendências moder- nas de utilitarismos, vulgarismos, egolatrias, epicurismos e fu- tilidades. Assim, a corrupção social, mais do que a apparente evolução em cujo nome faliam os adeptos das ideologias mo- dernistas e os falsos apóstolos da sua applicação, ameaça fragmentar a nossa pátria, desatando os elos moraes, princi- palmente, que já foram o apanágio das antigas famílias bra- sileiras. Essa corrupção é que vem desfibrando o caracter e enfraquecendo a mentalidade, da nossa gente, para que um dia, tapde demais para arrependimentos, tripudiem- sobre os es- combros do nosso edifício social e politico, onde então mora- rão os nossos netos, os germens triumphadores da dissolução, da decadência e da anarchia, que os tornarão escravos. Por tudo isso, achamos que só a contemplação do passado e o estudo das grandes lições moraes e philosóphicas encerra- das na vida e nos actos de tantos vultos desapparecidos, como nos nossos factos antigos pode nos dar força para reagir contra a degradação prevista, promovida criminosamente, em nóme da evolução e do progresso!
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!