A presença de João Maria no Rio Grande do Sul permaneceu na lembrança deinúmeras gerações e, poucas décadas após a sua expulsão da província, seu nome erainvocado num discurso no Senado Federal. O senador José M. da Cruz Jobim, em seçãosolene em 15 de junho de 1874, ao tratar da Questão Religiosa60, rememorou acontecimentosde sua província natal (Rio Grande do Sul), relativos a um “anachoreta chamado Augustini”61que habitava o Botucaraí. O senador Jobim informa que o italiano Agostini falava a sua língua“misturada” ao espanhol e português, razão pela qual era difícil compreender o que dizia. Operegrino, que Jobim define como um “estúpido”, reunia a sua volta mais de duas milpessoas, muitas das quais se ajoelhavam e beijavam-lhe o hábito. Após a pregação do monge,os devotos se dirigiam a uma fonte de água considerada “santa e milagrosa”, para dela beber ebanhar as feridas, fazendo uso também da lama. O senador conta que a água da fonte eraengarrafada e remetida a outros lugares, chegando, inclusive, a ganhar um garrafão depresente62.