Por alvará de 21 de outubro de 1598, sua alteza faz mercê a Sebastião Silva, cavaleiro fidalgo da sua casa, do ofício de escrivão do tesoureiro da cidade de Salvador da Bahia de Todos os Santos, por tempo de três anos, durante a ausência de Miguel de Pinho, proprietário do ofício, com o qual haverá mantimento a ele ordenado, e todos os prós e precalços, que lhe direitamente pertencem.
Malogrado a descoberta das minas de prata da Bahia, noticiada a Felippe II de Castella por Diogo Dias, e para cuja execução foi encarregado D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, persistindo El-rei na ideia da descoberta de minas determinou ao governador, que insistisse nela, e sabendo D. Francisco de Souza, que na serra de Araçoiaba ou Araaçoiava (cobertura do sol), montanha de três léguas de comprimento, no distrito de Sorocaba, existiam jazidas de minerais, além de puro ferro, dirigiu-se para ali, e chegando em São Paulo em fins de do ano 1598, partiu para a serra de Araçoiaba, e reconheceu a riqueza do mineral pela presença de dois fornos que ali estavam, levados por um tal Sardinha, que os trouxera da Espanha, e em sua presença procedendo-se os ensaios, retirou-se D. Francisco de Souza, satisfeito do que vira, aceitando um dos fornos que Sardinha lhe ofertara.
Para não deixa o lugar sem uma lembrança da sua excursão, tendo antes passado pelo vale das Furnas, próximo a serra do Araçoiaba, escolhendo um sítio, fez levantar pelourinho, como símbolo de vila, o qual, foi depois transferido para o lugar onde posteriormente edificou a cidade de Sorocaba. (Vid. o governo de D. Francisco de Souza no meu Brazil Hist.)
D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, determinou a Jerônimo de Albuquerque, que fosse desinfestar dos índios o rio Potengi, ou Rio Grande do Norte; Jerônimo de Albuquerque chegou ao Potengi no dia 5 de janeiro de 1599, e no dia seguinte tratou de fazer um forte de madeira, a que denominou Dos Reis Magos, em consequência do dia em que foi aberto o seu alicerce, e depois de fazer aliança com Sorobabé, chefe dos Pitaguares, demarcou o sítio, e fundou a cidade do Natal, por se ter no dia 25 de dezembro deste ano celebrado nesse lugar a primeira missa. Demorando-se Jerônimo de Albuquerque um ano no Rio Grande, na construção da povoação, deixou a gente que levou ai e se retirou para a Bahia de Todos os Santos. [p. 184, 185]
A vila de Santa Ana de Mogi das Cruzes foi erigida no dia 1 de setembro de 1611 por Gaspar Conqueiro loco-tenente de Lopo de Souza.A dez léguas distante da cidade de São Paulo, Braz Cubas, fundador da cidade de Santos, estabeleceu uma fazenda a uma légua afastada do rio Tietê; e mais tarde, se erigindo nela uma igreja dedicada á Senhora Santa Anna, e com a presença deste templo aumentando a povoação, no dia 1 de setembro de 1611, Gaspar Coqueiro, loco-tenente de Pedro Lopes de Souza, elevou-a á dignidade de vila de Santa Anna de Mogy das Cruzes. (Página 211)em 1645 "O rio Parapitinga ou São Francisco, que recebe os confluentes pela margem direta de quem sobe (...) (página 32)Ma margem ocidental da lagoa Pará-igéra, ou do sul, desaguam os rios Sobaúna e Utinga. Aí está a povoação ou vila de Nossa Senhora da Conceição. Ao norte dessa lagoa desaguá o rio Parahyba, que tem a margem do sul o rio Salgado, na do norte o de Nossa Senhora do Rosário; e algumas léguas acima da foz vê-se a igreja e aldeia de Santo Amaro. (Pàgina 322)
Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 184
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Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 185
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Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 211
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Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 320
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Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 322
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Chronica geral do Brazil Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882) Página 418
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
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