A Cordilheira Paranapiacaba, que separa o nosso litoral do altiplano, tinha sido cortada em diferentes pontos pelos nossos sertanistas que procuravam uma vereda de comunicação, porém, só encontraram para picadões de cargueiros, isto é, para tropas de muares, e, isso mesmo, quase impraticáveis, seguindo ora pelas margens dos rios, sombreados pela exuberante vegetação que logo se transformavam em lodaçais intransitáveis, ora pelo dorso das serras e espigões em ziguezagues, para vencer os seus aclives, visto que um plano de cortes e de terraplenagem exigia avultadas somas de que não dispunham e, um traçado que correspondesse às necessidades de uma boa estrada com todos os detalhes técnicos, conjuntamente com a linha mais curta, dependia de estudos persistentes. A ligação desses dois extremos não se resumia tão somente cálculos geométricos para os quais não faltam engenheiros competentes, desde que fossem autorizados os indispensáveis numerários. Acima de tudo, isso estava, como ainda está, o problema do povoamento do solo e do aproveitamento das riquezas naturais. Os que mandaram abrir esses picadões não ignoravam a conveniência da união desses dois entrepostos comerciais, mas faltava-lhes o tino prático das observações, e na maioria delas, a ausência de qualquer noção sobre construção de rodovias. Desses picadões vamos rapidamente mencionar alguns. Existe um que, partindo do município de Itapecerica, passando por Jequitiba, vai à Prainha, atravessando os rios Juquiá e São Lourenço, e a Serra da Lagoinha, que se acha em completo abandono; existe um de São Miguel Arcanjo ao Rio Assungui, que só tem sido utilizado por caçadores; existia um que descia pelo Rio Verde, aberto em 1.880, que servia Pìedade e Pilar, o qual foi reaberto pelo governo do Estado em 1.892: entretanto, este, para servir a Piedade, fazia uma curva de mais de 10 quilômetros.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!