Todas as fichas: Aposentado de Sorocaba tenta provar que tem uma tela verdadeira de Rembrandt
10 de maio de 2000, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Um funcionário público aposentado de Sorocaba, a 87 quilômetros de São Paulo, quer provar aos grandes museus do mundo que possui uma tela autêntica do grande gênio da pintura barroca holandesa Rembrandt Harmensz van Rijn (1606-1669), autor de obras-primas como A ronda noturna e Lição de anatomia do Dr. Tulp.
O tesouro que o administrador de empresas Izael Real, 57 anos, afirma ter e que traz guardado num cofre de uma financeira de sua cidade é o célebre O homem com o elmo de ouro, pintado por volta de 1650.
Acontece que o mesmo quadro – tido como o original, mas descreditado em 1985 por ser atribuído ao círculo de alunos de Rembrandt – se encontra na Gemäldegalerie, de Berlim. Por esta razão, Izael Real se lançou numa empreitada, no mínimo corajosa. “Aquela obra fajuta que os alemães têm não é um Rembrandt, porque a verdadeira está aqui”, desafia ele. Rodeado de 30 telas acadêmicas de autores desconhecidos, colecionadas ao longo de 20 anos, Real está munido de uma série de documentos para provar que está certo.
O dossiê, intitulado por ele de “Conspiração contra Rembrandt”, é formado pelas cartas que enviou e recebeu de museus do porte do Louvre, de Paris, da National Gallery, de Londres, do Metropolitan Museum of Art, de Nova York, e do Rijksmuseum, de Amsterdã, aos quais vem oferecendo sua suposta obra-prima. Mesmo induzindo as entidades a trocarem correspondências entre elas, as respostas não têm sido animadoras.
A Gemäldegalerie berlinense, em especial, tentou encerrar o caso através de uma carta assinada pela curadora-assistente Annemarie Stefes. “Não posso aceitar a sua oferta porque temos o original de O homem com o elmo de ouro, que a propósito não é um quadro assinado por Rembrandt. Sua tela é obviamente uma cópia tardia do nosso trabalho.”
O veredicto não esmoreceu a teimosia de Real, mesmo sabendo que a obra não é assinada nem acompanhada de nenhum certificado de autenticidade. Ele comprou o quadro por acaso, em março do ano passado, do marchand Eduardo Julio Alcalai, de Sorocaba. Pagou R$ 20 mil por ela e mais seis obras desconhecidas.
No recibo, a pintura é chamada de Soldado mor, da escola de Rembrandt. “Primeiro eu não acreditei que se tratava de uma obra do holandês. Quando minha mulher adquiriu um livro que trazia a reprodução de O homem com o elmo de ouro, passei a ter convicção”, conta Real. Uma convicção, diga-se, que ninguém consegue demovê-lo, nem mesmo o marchand de quem é freguês. “É uma cópia e ele sabe disto”, afirma Alcalai. “Se fosse um Rembrandt você acha que eu venderia por R$ 20 mil?”
Leilão – Izael Real, contudo, acredita que fez um ótimo negócio. Desde que passou a ter a companhia do severo militar emplumado, pintado em tons claros e escuros, ele o transformou num passatempo que não deixa de ter seu lado fascinante. No início, ele lembra que passou pelo menos seis meses “auscultando” a pintura com uma lupa, examinando os mínimos detalhes.
Criou até uma teoria para seu atípico aparecimento no Brasil. “Ela deve ter sido trazida por oficiais nazistas que foram para a Argentina no fim da Segunda Guerra.” De concreto, no entanto, o aposentado só sabe que o marchand Alcalai arrematou a tela em 1984, num leilão em Campinas. Se depender de Real, no entanto, seu O homem com o elmo de ouro pode lhe render uma fortuna.
Em setembro do ano passado ele o ofereceu à casa nova-iorquina de leilões Christie’s para que fosse leiloado com um lance mínimo de US$ 30 milhões. Como era de se esperar, os especialistas recusaram a oferta, apesar de acharem a tela “interessante”. De fato, mesmo sendo uma cópia, trata-se de um trabalho bem executado, que guarda uma misteriosa aura de falsidade.
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