'“História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice 0 01/01/2008 Wildcard SSL Certificates
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“História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice
    2008
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


CAPÍTULO 1. HISTÓRIA “OFICIAL” DE VOTORANTIM1.1. Primeiros “tempos”: o distrito sorocabano1.1.1. A ocupação dos bandeirantesHá grande valorização dos bandeirantes, nas obras do historiador Aluísio deAlmeida, que os retrata como símbolo de força e bravura, e ressalta as dificuldadesenfrentadas em sua trajetória pelo nosso país. Diz Aluísio em seu livro “3 séculos dehistória”:Ele bem conhecia de fama as dificuldades da subida da serra do Mar.Chegou a São Paulo de canoa, de rede, a pé nos piores pedaços, e, senão era obeso, a cavalo, já no campo.[...] Dom Francisco de Souza plantouo pelourinho, sinal de vida independente, do primeiro povoadosorocabano.(2002:17-18)Segundo o autor, os bandeirantes são considerados como fundadores edesbravadores, atribuindo-lhes o historiador certas situações devidas à intervençãoda Divina Providência. Defende, também, a importância do povo português, dos reise dos próprios bandeirantes, na defesa de tão vasto território. A abordagem historiográfica de Aluísio de Almeida faz referência aos cicloseconômicos, inicialmente reforçando a relevância dos bandeirantes e, depois, aosciclos de muares. “Mas a riqueza maior de Sorocaba era mesmo o comércio”(ALMEIDA, 1969: 82). O autor faz alusão à construção da primeira capela sorocabanapor Baltazar Fernandes, em 1667, e a segunda capela, Nossa Senhora daConceição, patrimônio do Bandeirante Braz Tevês, em 1747. Cita a Capela daPenha, reconstruída em 1724 por Timóteo de Oliveira, existente ainda hoje na serrade São Francisco.Kleber Araújo Martins também atribui uma grande relevância histórica aosbandeirantes: foram os tupis-guaranis que ocuparam, antes do descobrimento, alocalidade próxima a Araçoiaba e à Serra de São de Francisco, às margens do rioque hoje se denomina Sorocaba. Porém, em 1589, chegaram, procurando ouro, osportugueses Afonso Sardinha e seu filho Clemente Álvares, técnico em minas. EmAraçoiaba, encontram o minério de ferro que, mais tarde, deu origem às Forjas de Ipanema, depois Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema.Assim, são considerados fundadores da região os Bandeirantes, responsáveispelo alargamento das fronteiras e, também, pelo desenvolvimento local, o que seconfigura contribuição importante para a história da região, tendo sido vários osbandeirantes que ali se estabeleceram, vindos de São Paulo e da Parnaíba,fundando diversos povoados, como consta na pesquisa do mesmo autor.No chamado Rio Grande na Barra do Sarapu, ou seja, Rio Sorocaba, fixou-seBraz Tevês, enquanto Paschoal Moreira Cabral preferiu a Serra de São Francisco e,em 1679, construiu a “Capela Nossa Senhora del Popolo de Itapeva”.Baltazar Fernandes escolheu assentar-se próximo ao Lageado, no morro deAraçoiaba. Também construiu uma capela, dedicada à Nossa Senhora da Ponte,atual Igreja de São Bento. “Estava fundado, assim, um povoamento ao qual BaltazarFernandes deu o nome de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba”, diz AraújoMartins (2000:20).Sorocaba tornou-se vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte,conforme pedido de Baltazar Fernandes ao Governador Geral Salvador Corrêa deSá e Benevides, tendo sido elevada à cidade em 1842. Eis um pouco da importânciade sua história:Sorocaba, fundada por bandeirantes, foi o local de onde partiram inúmerasbandeiras que, em busca de ouro e de índios para o trabalho escravo, foramdesbravando e incorporando, ao território colonial, vastas extensões deterras e riqueza incalculável. Paschoal Moreira Cabral, juntamente comoutros sorocabanos, desbravou o sul do país, avançando, depois, para o suldo Mato Grosso. Montou, em Campos de Vacaria, um entreposto paracomerciar com os espanhóis, daí se originando expedições para a selvaamazônica.Em 1715, o filho deste Paschoal Moreira Cabral, que levava o mesmo nomedo pai e havia nascido na Fazenda São Francisco, que hoje faz parte doterritório de Votorantim, rumou para o Mato Grosso, encabeçando umagrande bandeira e fez a descoberta de rica jazida de ouro em Caxipó.Essa descoberta deu origem a um povoamento que viria a ser a cidade deCuiabá, hoje capital daquele Estado. Assim, em 1719, aquela cidade foifundada por um "votorantinense".(...) maior importância reside no fato de terem expandido o territórioocupado pelos portugueses além daquele limite estipulado pelo Tratado deTordesilhas. Firmado entre Portugal e Espanha em 1494 (antes, portanto,do descobrimento oficial) o Tratado estabelecia um meridiano como linhademarcatória das terras que pertenceriam a cada um daqueles países, nocaso de virem a ser descobertas. Se obedecido aquele Tratado, o Brasilhoje teria somente uma quarta parte de sua extensão territorial, uma nesgade terra, apenas, que se estenderia, aproximadamente, do Estado do Pará(cortando a ilha do Marajó) até pouco abaixo de Laguna, no Estado deSanta Catarina. Os bandeirantes, sorocabanos e até votorantinenses,intencionalmente ou não, fizeram letra morta daquele tratado e nos legaram um país de dimensão continental. A última bandeira de que se tem notíciaocorreu por volta de 1728. (ARAÚJO MARTINS, 2000:20-22)Araújo Martins ressalta que as bandeiras perderam relevância histórica com onascimento e crescimento de novo ciclo econômico: as feiras de muares. Tudo teriacomeçado de forma simples, com a passagem pela vila, em 1773, da primeira tropade muares. A terra batida e as poucas estradas dificultavam o transporte demercadorias que era realizado por carro de boi, para trechos curtos. O grosso dotransporte de mercadorias era feito "em lombo de burro", animal bastante resistente,capaz de equilibrar-se nos caminhos estreitos e, por esse motivo, as tropas deburros foram o principal meio de transporte de mercadorias entre o Brasil Colônia eo Império Independente, deixando de existir apenas quando se construíram asprimeiras vias férreas.Em função das feiras, houve grande aumento da população na regiãosorocabana-votorantinense, com a consequente diversificação das atividades decomércio e das indústrias caseiras, o que fez com que crescesse a mão-de-obraespecializada nessas indústrias, estimulando o surgimento das primeiras tentativasfabris.No entanto, no final do século XIX, com o funcionamento das primeiras linhasférreas, o tropeirismo entrou em processo de extinção. Em 1875, resultando doesforço conjunto de Luís Matheus Mailasky e de líderes sorocabanos, inaugurou-sea Estrada de Ferro Sorocabana, que seria de essencial utilidade para a região.Votorantim, por sua vez, foi fundada em 1654, por Bandeirantes, como parte deSorocaba: seus primeiros moradores Braz Tevês e Paschoal Moreira Cabralconstruíram sua casa-grande no Itapeva, iniciando o plantio de cana-de-açúcar e oconsequente uso de moenda. A fazenda, que recebeu o nome de São Francisco, foiadquirida por Manoel Fabiano de Madureira, por volta de 1750; seu descendente,Balduíno Moreira de Almeida, vendeu- a em 1890, ao Banco União de São Paulo. Santos Júnior também atribui grande relevância histórica aos Bandeirantes,por ele vistos como responsáveis pela fundação dessa localidade. Segundo ele,Sorocaba foi fundada em 1654, pelo capitão Baltazar Fernandes, vindo deSantana do Parnaíba com a família, (sic) poderíamos também dizer, queVotorantim fazia parte da” terra rasgada”, e o bandeirante pode serconsiderado nosso fundador.(2004:26)[Páginas 15 e 16 e 17]







“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
Data: 01/01/1886
Página 352


ID: 12770


  


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