Dados para a História dos Índios Caiapó; Mario Abdo Neme (1912-1973)
1969 Atualizado em 30/07/2025 03:51:38
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Pouco se sabe da história dos índios Caiapó ou Bilreiros nos dois primeiros séculos do povoamento. Em 1607,o sertanista Belchior Dias Carneiro, "língua da terra", comandava uma expedição no rumo de sertões desconhecidos; para Carvalho Franco ela se destinava à "região dos bilreiros ou caiapós" que compreendia "o Rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás".
Na bibliografia paulista, essa seria a primeira referência por ordem cronológica aos Caiapó em relação com sertanistas de São Paulo. Depois, disso, pouco aparecem na documentação até cêrca de un século mais tarde, quando passam a ser continuamente citados, em razão das proezas que praticam contra viajantes de Cuiabá e também por causa da guerra implacável que os brancos lhes movem.
Realmente, a maior soma de informações a respeito dos Caiapó ou Bilreiros começa a aparecer a partir de 1720,marcando esta data o início de um período em que êlessão a todo mom.ento apontados como índios gu·erreiros evolantes. Não obstante, essa disposição de ânimo dos Caiapó era já denunciada na segunda metade do século antecedente, ocasião em que ocupavam a área araguaiana do Planalto Cent.ral.A respeito de uma bandeira paulista que desde 1671 se havia arranchado junto das cabeceiras do Tocantins, informava em 1676 o padre Antônio Raposo que no ano anterior,"passando pelo sítio onde se tinha alojado o cabo da tropa de Sã. [p. 103]
do Belchior Carneiro que Deus haja como curador vinte e seis peças do gentio tememinó que o dito capitão defunto tinha de suas partilhas e seis de casa que são por todas trinta e duas...". Compreende-se: seis índios que êle leva- ra de casa e vinte e seis Tememinó que lhe couberam na divisão da prêsa.Tôdas as provas concorrem, portanto, para mostrar que nessa fase os Caiapó viviam em paz com os brancos e que êstes os procuravam amigàvelmente a fim de resgatar escra- vos, fazer barganhas e possivelmente comprar mantimentos e obter o concurso de guias para andanças mais além. Confirma-se, ademais disso, que os Bilreiros estacionavam já por certo tempo num mesmo sítio, desde antes de 1607, pelo fato de ter havido trato com êles em ocasião ou oca- siões anteriores à desta jornada, possivelmente com a par- ticipação do próprio Belchior Carneiro. É o que já indicava a sua intenção de avistar-se com os Caiapó e transacionar com êles, levando-lhes as dádivas de praxe; e mais ainda porque no seu citado rol o sertanista se referia não apenas ao presente destinado ao "principal bilreiro" e ao facão para "comprar uma peça dos bilreiros", mas também a umas va- ras de pano e serem dadas ao "velho Temocauna" ("), pro- vàvelmente algum tuxáua ou xamã da aldeia, referência que denota conhecimento e trato anteriores com elementos da tribo.
No ano seguinte ao da partida de Belchior Carneiro, outra expedição, esta comandada por Martim Rodrigues Tenório de Aguilar, sai de São Paulo e vai, ao que tudo indica, manter contacto com os Bilreiros. Em agosto de 1608, num certo "pôrto do Rio Anhembí‘, é redigido o testa.. mento de um sertanista que estava em companhia do citado cabo, pronto "a o acompanhar aonde são os bilreiros" (7).
Os participantes dessa jornada teriam perecido no sertão, salvando-se apenas uns poucos; dizia-se a propósito em papel oficial de 1612: "porquanto não há novas da gente que foi na companhia de Martim Rodrigues e se terem to-
(6) "Devo mais a Antônio Rodrigues seis varas de raxeta que me deu para o velho Temocauna a seis patacas a vara" (pg. 196).(7) I.T., Vol. 2, pg. 359; ver também I.T., Vol. 11, pg. 24, Testamento de outro entradista da mesma jornada, redigido em têrmos semelhantes. "Aonde são os Bilreiros" é uma indicação valiosa em apoio do que temos dito a respeito do prévio conhecimento da localização dos Caiapó e da permanência dêstes em sua estância.[p. 115]
-116--dos por mortos" ("). Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas acrescentamos a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adian- te, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Fran- co dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraú- pava" ("). É o que nos parece, em face das experiências anteriores dos paulistas, mesmo porque o nome do rio Pará era dado também, a êsse tempo, ao São Francisco (10).Entendem os autores sem discrepância que ésses homens. foram aos Bilreiros ou Caiapó pelo rio Tietê (Anhembi); e na opinião de alguns, teriam morrido às mãos de tais índios. Mas o fato de estarem num pôrto do Tietê prontos para partir não queria dizer que iriam necessàriamente por via fluvial, assim como nada confirma terem sido êles mortos pelos Bilreiros, os quais como mostraremos adiante ainda em 1613 permaneciam mansos e pacíficos em sua aldeia recebendo com amizade aos brancos que os visitavam.naSabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pira- pitingui) os homens das entradas também se reuniam para. iniciar a caminhada, no rumo do sertão (11), a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues região do Paraúpeva: no seu inventário, aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva" (1), além de um bom número de escravos Tememinó (18).Dizer que iam aos Bilreiros podia ser simples alegação, pois não era proibido procurar para tratos e "resgates" o(8) Carvalho Franco, "Dicionário", cit., pg. 15. (9) I.T., Vol. 3, pg. 255.(10) Falando dos índios Amoipira, assim chamados em razão do nome Amoipira do seu principal, dizia Gabriel Soares de Souza: "ao longo dêste rio de S. Francisco, a que o gentio chama o Pará..." (Gabriel Soares de Souza, "Tratado Descritivo do Brasil em 1587", Brasiliana, São Paulo, pg. 410). Segundo Teodoro Sampaio, o gentio chamava o S. Francisco também por Pirapitinga, nome que os portuguêses simpli- ficavam para "o Pará" (Cf. Teodoro Sampaio, "O Tupi na Geografia Nacional", in RIHGB, 1928, Vol. 54, pg. 331).(11) Veja-se nosso trabalho sôbre "Dois antigos caminhos de sertanistas de São Paulo".(12) I.T., Vol. 2, pg. 6. Seu inventário foi aberto em 1612, "por ser ido ao sertão e se dizer ser là morto" (pg. 5).(13) Idem, ibidem, pg. 7.
Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, . aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva, além de um bom número de escravos Tememinó.Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava". [p. 116]
Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".
Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".
Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".
Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índios. Mario Neme. Páginas 122 e 123]
Conciliando o que sabemos acerca de uma entrada como a de Belchior Carneiro ao sertão hoje de Minas e Goiás passando antes pelos Bilreiros, com a noção ou ideia de "estrada" do redator do inventário de 1650, podemos abarcar visualmente a configuração geográfica da situação:
A partir daí, do perímetro da aldeia, haveria uma ou mais trilhas pelas quais o viajante poderia prosseguir a caminhada, seguindo avante, na mesma direção ou com desvio de rumo; trilhas que não eram, todavia, continuação da estrada, apensar picadas, ou veredas, sem as características de ordem física e de uso geral que haviam conferido o título de estrada ao caminho que ia do povoado à aldeia dos Bilreiros.
Vemos, assim, que também com relação à "estrada velha" de 1650, diretamente ligada à estância dos Caiapó, a conclusão é pela presença dessa gente em pleno território hoje paulista, seguida de deslocação para áreas mais distantes.
De todos os dados expostos, em conjunto com outros de que tratamos no estudo atrás citado, podemos concluir que a estâncias dos Caiapó nos começos do século 17 ficava em algum ponto do trajeto que vai da barranca do Tietê, na altura de Putribu-Pirapitingui, à área situada junto das cabeceiras do São Francisco, área que abrange hoje terras goianas e mineiras, na qual estacionavam então os Temiminó, nativos que foram apresados por Belchior Carneiro depois de sua passagem pelos Bilreiros, e apresados também por volta de 1603 pelos homens de uma bandeira de Nicolau Barreto, da qual logo diremos alguma coisa.
Num ponto indeterminado do referido trajeto, em terras ainda hoje paulistas, morria o caminho que demandava a estância dos Caiapó, pois, tratava-se de uma estrada "para o sertão dos bilreiros", uma estrada que levava à paragem habitada pelos Bilreiros. Mas dessa estância - como já dissemos - ou de várias partes do sertão em que ela se situava, sairiam ramais para diferentes rumos, entre eles o que levava às nascentes do São Francisco.
Ramal este que em certa altura se desdobraria em diversos outros, para baixo e para cima, alcançando terra do sul da serra da Canastra e ao norte do Paranaíba, as cabeceiras do Araguaia e do Tocantins, terras então habitadas, no seu conjunto por Tememinó, Amoipira, Goiá e nativos de outras nações. Recorde-se que Belchior Carneiro, depois de tratar com os Bilreiros, prosseguiu em busca dos Temiminó, o mesmo devendo ter antes acontecido com Nicolau Barreto, que arrebanhou Tememinó e Amoipira em grande quantidade.
Nova estância dos Caiapó Temos, pois, que os Bilreiros ou Caiapó - mais tarde encontrados, em paragens dalém Paraná e rio Grande - teriam sido para aí deslocados da sua antiga estância após um período de contatos amigáveis com os colonizados, em princípios do século 17. É de notar, primeiro, que em 1650 se dizia que a estrada para o sertão dos bilreiros era uma "estrada velha"; e, segundo, que dessa estrada não se voltaria a falar, depois de 16509, relacionada com os Bilreiros.
O qualificativo "velho" com relação a um caminho que pode significar que este está sendo usado desde muito tempo antes, como pode significar que tal caminho já não mais se usa para determinado destino. No caso de que tratamos, a aposição do têrmo "velha" à estrada para o sertão dos Bilreiros quereria dizer que ela já não mais levava ao sertão dos Bilreiros, e isso apenas porque estes Bilreiros se haviam retirado do ponto para onde a estrada conduzia, tendo-o feito com anterioridade suficiente para justificar a classificação do velho ao caminho em questão - o que significaria que bem antes de 1650 tais nativos se haviam deslocado para outra ou outras paragens, deixando por seguinte de levar a eles a estrada que para isso serviria anteriormente. Este raciocínio conjugado com fatos já sabidos derivados de expressões das atas citadas da Câmara de São Paulo, nos confirma na conclusão de que a deslocação das Caiapó se processara logo após o contato que tiveram com a tropa de Garcia Rodrigues Velho, em 1613, embora não se tornassem desde logo tão cruéis e belicosos como os depoimentos dariam depois a entender.
Sabe-se, no entanto, que alguns autores colocam os Bilreiros, já antes desse período, junto do Paraúpava, rio que seria um dos afluentes formadores do Tocantins, senão o próprio Tocantins, no planalto central; e isso com relação a algumas entradas, entre 1607 e 1616, feitas pelos mencionados Belchior Carneiro, Martim Rodrigues, Garcia Rodrigues Velho e ainda, ao que dizem, por Antonio Pedroso de Alvarenga.
Desse autores discorda, porém, Carvalho Franco, pelo que indiretamente se deduz das suas asserções. O autor do "Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil" limita-se a situar Garcia Rodrigues Velho, em 1612-13, no "sertão dos caiapós", sem avançar que ele teria alcançado o sul de Goiás; o mesmo fazendo no caso das duas entradas anteriormente, uma - a já por nós discutida - de Belchior Carneiro, em 1607, da qual apenas diz que embarcou "no porto de Pirapitingui, no Tietê, para a região dos bilreiros"; outra, em 1608, de Martim Rodrigues Tenório de Aguilar, que - afirma - desceu o Tietê com o fim de atingir o sertão dos Bilreiros, mas que veio a falecer nesse sertão com quase todos os seus companheiros.
Depois de Garcia Rodrigues Velho (em 1613), diz-se que uma bandeira de Antônio Pedroso de Alvarenga é localizada em 1616 na região de Paraúpava, em cuja relação de prêsas, entretanto, só se encontram referências a "carijós" e "gualachos" - indios situados abaixo do Paranapanema - nada sobre Bilreiros ou Caiapó. [Dados para a História dos Índios Caiapó, 1969. Mario Abdo Neme (1912-1973). Páginas 123, 124, 125 e 126]
Dados para a História dos Índios Caiapó Data: 01/01/1969 Créditos/Fonte: Mário neme Página 115
ID: 13211
Dados para a História dos Índios Caiapó Data: 01/01/1969 Créditos/Fonte: Mário Neme Página 116
ID: 13212
Caminho abandonado Data: 01/01/1620 Créditos/Fonte: Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índips Página 123 "começa o silêncio"
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