'Educação indígena: fronteiras culturais e inclusão social – análise da Terra Indígena Xapecó, 2008. Claudio Luiz Orço - 01/01/2008 Wildcard SSL Certificates
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Educação indígena: fronteiras culturais e inclusão social – análise da Terra Indígena Xapecó, 2008. Claudio Luiz Orço
    2008
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Do conteúdo deste relatório emitido por João Lúcio de Paulo, agente naquele anode 1945 no Posto Indígena Cacique Doble – RJ, depreendem-se fragmentos da filosofiaassimilacionista dos Postos de Assistência, Nacionalização e Educação, organizados como intuito de atender e integrar as populações indígenas já “pacificadas”. Parece-nosevidente a preocupação do agente Lúcio de Paulo em aproximar a escola e, porconseguinte, seus objetivos civilizatórios com o trabalho, sejam agrícolas ou de serviçosdomésticos, não permitindo nenhum espaço livre para o indígena aldeado. As atividades noPosto Indígena pareciam manter o indígena ocupado, quase que em tempo integral, com otrabalho e com as atividades de sala de aula. Um espaço cujo destino era ampliar-se eenvolver todos os membros ativos da comunidade, pois, como nos informou Lúcio dePaulo, no próximo ano “será acrescido o número de alunos índios que estiverem emcondições de serem matriculados”. O alunado não-índio, totalizando 26 matrículas,caracterizava a escola como lugar de assimilação étnica e conversão cultural e física. Orelatório segue descrevendo as atividades do Dia do Índio, que contou com a participaçãodos indígenas aldeados e de diversas autoridades convidadas.Assim, parece-nos que a educação formal, naquele momento e contexto, se fezsentir com sua força na fala materna domesticada em língua hegemônica. A BandeiraNacional, somada à fala do Kaingang em bom português, reflete a passagem da integraçãosimbólica à assimilação real, que sabe “portar-se e obedecer” frente às autoridades efamílias de fora.Nos aldeamentos Guarani, segundo Borges (2003), as práticas não eram muitodiferentes. O SPI e seus agentes travavam o mesmo combate civilizatório contra um povoem quase tudo distinto dos Kaingang, desde a hierarquia interna até as formas e táticas deresistência ao mundo não-índio. Ao contrário do povo Kaingang, que entrou em contatocom as hordas européias somente no século XIX, e mais diretamente a partir do início doséculo XX, com a vinda dos imigrantes italianos e alemães para a região Sul do país, osGuarani conheceram as primeiras frentes de expansão mercantis ainda no século XVI,onde hoje se localiza a cidade de Assunção, no Paraguai.A grande nação Guarani, que na época da conquista conglomerava diversospovos21, teve seu projeto histórico interrompido e subordinado aos desígnios da Coroaespanhola.

1 Conforme Melia (1979, p. 18), “a pesar, sin embargo, de la unidad linguística y cultural guaraní, no sedebe olvidar que se presentaban divididos en nucleaciones diferentes, circunstancialmente que los españolesconceptuaran como ‘províncias’, identificadas a veces con um cacique principal – Guarambaré, Guayrá,Tayaoba... – y compuestas de comunidades aldeas de estructura y dimensión variables.”

Em 1537 (data da chegada dos conquistadores espanhóis a Assunção), parte desses povos Guarani viram-se frente a frente com os juruá kuere e, conseqüentemente,com todo o projeto colonial espanhol, com missionários sedentos de almas e soldadosventurosos em busca de glória e riqueza. [Página 55]





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Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!