'A fabricação do ferro no começo do século XIX em Ipanema no período de Hedberg e Varnhagen. Helton de Bernardi Pizol, Mestrado em História da Ciência. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 0 01/01/2009 Wildcard SSL Certificates
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A fabricação do ferro no começo do século XIX em Ipanema no período de Hedberg e Varnhagen. Helton de Bernardi Pizol, Mestrado em História da Ciência. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
    2009
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Temos a considerar alguns aspectos positivos das realizações daCompanhia sueca pela direção de Hedberg como a construção da casa deadministração em 1810, a barragem do Rio Ipanema229, esta represa possuíatambém uma ponte de madeira com 56 metros de comprimento (Considerada a primeira de maior porte construída no Brasil, a segunda foi feita em 1876 noCeará; uma construída no Peru a idade é desconhecida, uma nos E.U.A. aparace no LagoNorfolk, na Virgínia, construída em 1823,in J.M.Salazar, op cit, pp.93 -5.), um caes ourepresa com 71 metros; construiu os fornos catalães, “fez cavar o reservatóriode água”, construiu o engenho de serrar madeira, abriu várias estradas230,construiu duas rodas d’água para o engenho de serrar madeira, o Edifício daChamada “Fábrica Velha” eternizados pela pintura de Debret231 o qual tinha 41metros de comprimento e 13 de largura; existia além dos fornos catalães jácitados, duas forjas de refino e uma com dois ventos (foles), um estendedor debarras, uma forja para a manufatura de pregos, machados e foices, máquinahidráulica para acionar dois martinetes, duas bigornas enormes, armazéns,casas para os operários.232Para Spix e Martiux233,que também visitaram Ipanema na período detransição da direção de Hedberg para Varnhagen, a falta dos altos-fornos etambém a dificuldade de transportar o metal em grandes proporções, levaram aa administração produzir ferraduras, pregos, ferragens, fechaduras etc, sendoque os operários suecos procuravam ensinar o ofício aos “indispensáveisauxiliares” negros e mulatos, sendo que os suecos estavam,segundo Spix eMartius , satisfeitos com o trabalho dos mesmos.234 Como já foi dito a companhia sueca havia sido despedida pelacarta régia de 27 de setembro de 1814 pelo Conde de Palma, entãogovernador de São Paulo, sendo gastos 200.000 cruzados na união dogoverno com os acionistas. Determinou-se que uma companhia de alemãessubstituísse a dos suecos e que a direção fosse entregue ao Major Engenheiro [Página 48]

consumir 10 arrobas de carvão por arroba de ferro, afirmando que seuconsumo era bem menor de que o de Varnhagen.242Em janeiro de 1815 o Conde de Palma, governador e capitão geral daCapitania de São Paulo esteve em Ipanema. Convocando a junta administrativa exigiu desta todas asinformações para analisar a situação em que se encontrava a fábrica.Mandando examinar individualmente, e em sua presença pelo mestre suecoUltgrin e outros empregados da fábrica:“1º- O estado e préstimo de cada uma das obras. 2º- o máximoproduzido da fábrica em um tempo dado. 3º- A quantidade de ferroproduzido e em que época. 4º- Se o local da fábrica é sujeito ainundações, sua freqüência e a que altura chegam. 5º- A aplicaçãoque se tem feito dos fundos e sua contabilidade, com declaração doscustos de cada obra.”243 Da análise sabemos que a casa das oficinas estava localizada amargem esquerda do rio Ipanema com um lado no prolongamento do açude(represa), o comprimento era 188 palmos244, a largura 72 e altura 21, levantadasobre uma rocha nativa e coberta de telha. Dentro da casa havia 4 fornosrústicos de fabricar ferro em massa unidos debaixo de uma chaminé ,tendo 2palmos e 1 polegada de diâmetro na base inferior, na parte superior 2 palmos,com 2 de altura até o algraviz , e 8 ½ no todo; duas forjas de refino debaixo deuma chaminé acabadas, e outras duas sem acabar; uma forja com dois fogõespara o trabalho de dois martinetes tocados por uma roda de 12 palmos dediâmetro e 4 de largura; um malho grande com armação de ferro fundido queveio da Suécia tocado por uma roda de 13 palmos de diâmetro e 4 de largura;algumas peças aparelhadas por outro malho que ainda estava para forjar. Deacordo com Vergueiro: [Página 50]

Em 29 de julho de 1818 foi firmado um contrato comfranceses, pois os oficiais prussianos demoravam a chegar; os oficiaisfranceses eram Guilherme Guinchet como fundidor Camilo Leuvre comomoldador, assim como o médico João Reunow, o qual seria empregado comocirurgião da fábrica.312A viagem da corte no Rio de Janeiro até Ipanema foi paga, assim comoforam dadas habitações e todas demais assistências;o salário do médicoReunow seria o mesmo do antigo cirurgião Tomaz Gonçalves Gomide, cento eoitenta e quatro mil réis por anos, mais vantagens.313,ou seja, o governosempre dava condições físicas e monetárias para o trabalho dos estrangeiros. Varnhagen não se viu satisfeito com o fundidor francês:“[...]Meu fundidor francês não entende de coisa alguma; por isto,encarreguei-o do serviço de carregamento dos fornos, enquanto trabalhocom 2 ferreiros suecos, o mestre carpinteiro e alguns negros...”314No dia 1 de novembro de 1818,ocorreu à primeira corrida de ferro nosaltos fornos315, Varnhagen diz ter obtido os mesmos resultados quandotrabalhava em Portugal, antes de sua vinda ao Brasil.Da corrida se fez trêscruzes, a maior delas tinha mais de mil libras de peso sendo que todas tiverama inscrição “1818”, conduzida a maior em procissão foi colocada no alto domorro de Ipanema, a segunda que antes fora colocada a margem da represa,foi transportada para o centro do jardim localizado na praça principal da Vila deSão João de Ipanema, a terceira que se encontrava na rodovia que ligaSorocaba a Porto Feliz em um local conhecido como “ Cruz de Ferro”, foilevada para o Museu Histórico de Sorocaba, situado anexo ao ParqueQuinzinho de Barros.316 [Página 65]




  


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