Havia dúvidas sobre o conteúdo real do mapa. Witten havia apontado que ele tinha fortes semelhanças com um mapa feito na década de 1430 pelo marinheiro italiano Andrea Bianco, mas outros acharam algumas das semelhanças e diferenças muito estranhas — o mapa corta a África onde o mapa de Bianco tem uma dobra de página, mas distorce as formas e inclui grandes revisões no extremo leste e oeste. A revisão mais surpreendente é que, diferentemente, por exemplo, do famoso Mapa-múndi de Cantino, o Mapa de Vinlândia descreve a Groenlândia como uma ilha, notavelmente próxima da forma e orientação corretas (enquanto a Noruega, da qual a Groenlândia era apenas uma colônia, é extremamente imprecisa), embora relatos escandinavos contemporâneos — incluindo o trabalho de Claudius Clavus na década de 1420 — representem a Groenlândia como uma península unida ao norte da Rússia. Para fins práticos, o gelo marinho do Ártico pode ter tornado essa descrição verdadeira, e não se sabe se a Groenlândia foi circunavegada com sucesso até o século XX. Skelton também se perguntou se as revisões no Extremo Oriente pretendiam representar o Japão — elas parecem mostrar não apenas Honshu, mas também Hokkaido e Sakhalin, omitidas até mesmo dos mapas orientais do século XV.
(...) Separadamente, Floyd também observou que o criador do Mapa de Vinland evidentemente utilizou uma gravura do século XVIII do mapa Bianco de 1436, feita por Vincenzio Formaleoni (1752-1797), visto que o Mapa de Vinland reproduz vários erros de cópia de Formaleoni. Ele argumentou que isso fornecia uma nova e decisiva prova de que o mapa é inautêntico. O livro de Floyd apareceu em 2018 com o título, A Sorry Saga: Theft, Forgery, Scholarship... and the Vinland Map.
(...) No Simpósio do Mapa de Vinland de 2018, o cientista conservacionista de Yale, Richard Hark, revelou os resultados de novas análises químicas globais do mapa e da Relação Tártara, que estabeleceram que as linhas de tinta do mapa contêm quantidades variáveis de anatase "consistentes com a fabricação moderna". O mesmo ocorre com duas pequenas manchas na primeira página da Relação Tártara, onde a tinta original de galha-ferro parece ter sido apagada e substituída. [ 43 ]Raymond Clemens, curador de livros e manuscritos antigos da Biblioteca Beinecke de Livros Raros e Manuscritos de Yale, considera que as pesquisas históricas e científicas mais recentes comprovam "sem sombra de dúvida" que o mapa de Vinland "foi uma falsificação, não um produto medieval, como alegava ser". Em um artigo de março de 2019, Clemens destaca o fato de que "investigações históricas de John Paul Floyd revelaram que o mapa de Vinland não se baseia no mapa de Bianco de 1436, mas em um mapa fac-símile impresso de 1782.Floyd descobriu isso ao observar erros no mapa de 1782 que foram replicados no mapa de Vinland, mas não puderam ser encontrados em nenhum outro lugar". Além disso, o mapa foi estudado na Biblioteca Beinecke com o uso de novas tecnologias. "No caso do mapa de Vinland, conseguimos provar... [que o mapa] era claramente uma falsificação do século XX." Apesar das origens falsas do mapa, Clemens afirmou que o mapa permaneceria na Biblioteca Beinecke, pois havia se "tornado um objeto histórico por si só". [31436]
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!