Escravidão acabou em 1848. CLAUDIO GARON, ENVIADO ESPECIAL
12 de outubro de 1995, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
•
Em 1801, o republicano Jean-Baptiste Lacrosse voltou a Guadalupe como governador, nomeado por Napoleão Bonaparte. Ele tentou afastar oficiais negros, mas, em outubro, a guarnição de Pointe-à-Pitre se revoltou.
Após a derrota da rebelião, em 1802, a escravidão foi restaurada. A ilha perdeu autonomia e os proprietários recuperaram as terras.Em 1810, britânicos ocuparam a ilha, que só voltou ao domínio da França em 1815. O novo regime francês manteve a escravidão.Mas muitos escravos conseguiram escapar e formar quilombos. Em 1847, o conselho colonial admitiu o princípio da abolição.
Em 27 de abril de 1848, o governo provisório da República Francesa aboliu a escravidão.Mas o Segundo Império (1852-70) marcou o fim do sufrágio universal e a volta de regimes compulsórios de trabalho, com a imigração de africanos e indianos.O primeiro grupo de indianos, de 344 pessoas, chegou em 1854. Esse período assistiu ainda ao auge da cana-de-açúcar, que ocupou 55% da área cultivada em 1869.
Mas uma crise internacional do açúcar atingiu a economia da ilha do final do século 19 até 1914.Na Primeira Guerra Mundial (1914-18), pelo menos 1.470 guadalupenses morreram pela França.O período até 1939 foi dominado pela recuperação das usinas, exportação de açúcar e rum e expansão da cultura da banana.No início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), Guadalupe permaneceu do lado do governo pró-germânico de Vichy.Mas vários guadalupenses foram para Dominica e se alistaram nas tropas francesas livres. Em 1943, o governo de Guadalupe se aliou ao general Charles de Gaulle.Em 1946, Guadalupe se tornou Departamento Ultramarino da França e sua vida política passou a refletir a da metrópole. Os guadalupenses adquiriram os mesmos direitos dos cidadãos franceses.Na economia, o declínio do açúcar foi compensado pela banana e pelo turismo. Mas a ilha permanece ainda dependente de recursos enviados da França.Ainda assim, movimentos independentistas sobrevivem na ilha. Mas há mais de dez anos não são muito ativos.(CG)
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!