Ex-policial do Bope dava treinamento para chefes do tráfico por R$ 1,5 mil a hora, segundo a Polícia Civil. g1.globo.com
22 de maio de 2025, quinta-feira Atualizado em 25/05/2025 00:36:29
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Por Felipe Freire, Bette Lucchese, RJ2
Segundo a Polícia Civil do Rio, Ronny Pessanha de Oliveira, preso há dois meses, tinha relação próxima com criminosos da Penha e da região de Rio das Pedras.
O ex-policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Ronny Pessanha de Oliveira, é investigado por supostamente treinar chefes do tráfico em técnicas de combate e tiro ao alvo. Segundo as investigações da Polícia Civil, ele cobrava até R$ 1,5 mil por hora de instrução.
As informações reveladas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) apontam que ele atuava em parceria com o Comando Vermelho.
As investigações fazem parte da Operação Contenção da Polícia Civil, que tem por objetivo desarticular as quadrilhas que disputam territórios na Zona Oeste da cidade.
Ex-Bope e miliciano
Pessanha, expulso da Polícia Militar em 2022, foi preso pela primeira vez em 2020 por ligação com a milícia.
Segundo o delegado Jefferson Teixeira, o ex-agente migrou para o crime após atuar em grupos de extorsão e grilagem de terrenos na Zona Oeste do Rio, principalmente nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema.
"Ele inicialmente ingressa na milícia da Zona Oeste, comunidades de Rio das Pedras e Muzema, no sentido de extorsão e grilagem de terrenos", afirma Teixeira.Após sair da prisão em 2022, Ronny Pessanha se aliou ao tráfico de drogas na sua região de origem, Rio das Pedras e Muzema.
"Como aquele território já estava conflagrado pelo tráfico de drogas, ele vê uma janela de oportunidade e ingressa no tráfico de drogas", comenta o delegado.
"A gente tem informações de que cada treinamento de uma hora gira em torno de R$ 1 mil e R$1,5 mil por hora", completou Teixeira.
Áudios revelam proximidade
Tudo o que Ronny Pessanha aprendeu na Academia da Polícia Militar e na tropa de elite da corporação, ele fez questão de repassar a bandidos, de acordo com os investigadores da Delegacia de Roubos e Furtos.
Como aliado do Comando Vermelho, ele passou a dar treinamento tático para chefões do tráfico.
Investigadores identificaram mensagens e áudios nos quais Pessanha detalha sessões de treinamento com traficantes como William Sousa Guedes, o Corolla, preso em 2023, e Manoel Cinquine Pereira, o Paulista, líder do tráfico no Complexo da Penha e atualmente foragido.
Em um dos áudios, Pessanha reclama do cansaço após um treino com Corolla, que apareceu em vídeos da polícia correndo em uma esteira, usando colete à prova de balas e portando fuzis.
"Hoje fui na casa do Corolla. Porr*, cheguei lá em cima morto, cara, morto. Isso não pode acontecer, não. Vai que preciso incursionar, fazer algum bagulho, eu vou morrer. Eu sou referência nessa questão de combate", dizia o ex-Bope.
Carros de luxo de aluguel
Além dos treinos, Pessanha alugava carros de luxo para traficantes através da sua empresa de segurança. Um McLaren avaliado em R$ 2 milhões foi alugado por R$ 460 mil ao traficante Paulista por um mês.
Mensagens entre os dois mostram cobranças por mais atenção nos treinos e queixas sobre dores musculares, com o ex-policial justificando-as como "ácido lático".
"Irmão, muita dor no braço. Muita mesmo. Pegou pesado", diz o traficante.
"Isso é normal, confia. São os ácidos láticos", respondeu o ex-Bope.
O Ministério Público denunciou Pessanha, Corolla e Paulista por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Novos mandados de prisão foram expedidos, mas Paulista segue foragido. A defesa dos acusados não foi localizada para comentar.
Paulista, segundo os investigadores, é um dos maiores fornecedores de armas que alimentam a guerra em comunidades como a Muzema, Itanhangá, Gardênia Azul e Rio das Pedras, por exemplo.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos citados.
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