Entre a cruz, a espada, a senzala e a aldeia. Hierarquias sociais em uma área periférica do Antigo Regime. (1765-1784)
janeiro de 2008, terça-feira Atualizado em 23/07/2025 23:12:54
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Entre a cruz, a espada, a senzala e a aldeia. Hierarquias sociais em uma área periférica do Antigo Regime. (1765-1784)Bruna SirtoriDissertação de mestrado apresentada ao Programa dePós-graduação em História Social do Instituto deFilosofia e Ciência Sociais da Universidade Federal doRio de Janeiro como requisito parcial para obtenção dograu de Mestre em História Social.Orientador: Prof. Dr. João Luís Ribeiro Fragoso Patrício, eram os escravos que encabeçavam o fogo dos escravos de Rafael PintoBandeira, ao longo dos róis de confessados, conforme escrevi no capítulo anterior.Em 1780, o casal formado por Lourenço e Lusia voltou a batizar uma filha.Desta vez era Isabel, afilhada do mesmo Irmão Francisco Xavier da Paz e de RosáliaMaria da Trindade, filha da madrinha de sua irmã. No ano seguinte, o casal batizou maisuma filha, a pequena Ana. Neste batismo, o padre Bernardo Lopes da Silva nos informaque Lourenço é preto forro de nação angola e sua esposa é preta crioula, natural ebatizada na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão132. Em 1783 o casalvolta à matriz de Nossa Senhora dos Anjos para batizar a pequena Lusia, sua filha. Opai da menina é qualificado como do gentio de Guiné133. A mulher de Lourenço, Lusia(ou Luísa, ou Lúcia), é qualificada como forra no Rol de Confessados de Gravataí de1791, informação que é confirmada no registro de batismo de sua filha Inácia, realizadoem 1771 e registrado em Viamão134.Ana Maria Rita, Manuel Forro, Maria da Conceição e outro liberto desobrenome Conceição – que não a mesma Maria, pois fez par com ela na pia batismal –apadrinharam crianças na Freguesia dos Anjos. Manuel Forro foi padrinho da pequenaMaria, do Povo de São Borja. Ana Maria Rita apadrinhou a inocente Rita, do Povo deSanto Anjo. Maria da Conceição e outro liberto de mesmo sobrenome apadrinharam opequeno Jerônimo, filho de um casal de escravos de Francisco de Souza.Bento Manuel dos Passos e Teresa de tal, ambos pretos forros, batizaram suafilha Josefa em 1781 que contou com Manuel de Souza Gomes e sua mulher, FranciscaRodrigues Prates – filha de João Rodrigues Prates e irmão de Paulo Rodrigues XavierPrates. A inocente Dionísia foi exposta em 1783 na casa de João de Paula Ferreira, pretoforro, e de sua mulher, Caetana de Tal, que a acolheram e apadrinharam. Por fim, JoséPaulo Mascarenhas, preto forro natural de Taubaté e Laura da Cunha, filha de uma índiade São Borja, de quem falara no item anterior deste texto, encerra a lista de forrospresentes nos batismos da Freguesia de Nossa Senhora dos Anjos. [p. 180]
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!