Fragmentos de histórias municipais e outras histórias
2003 Atualizado em 28/03/2025 04:42:42
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De muito que a maioria deles estava pobre, com que remediada, mas sem a pompa antiga. Fausto, apenas, de lavradores. Um deles se passara para a vila do Viana, Foz de Lima, onde se entrelaçou com os fidalgos Rochas de Sá, sendo vergôntea conhecido Leonardo de Sá Souto Maior, que foi pai de Manuel de Sá Souto Maior, os quais “se passaram para à Bahia nos princípios de sua fundação”, diz frei Jaboatão, que, agora, vai serfonte, nem sempre aceita, do autor.
Não vieram os dois irmãos em 1549 nem, também, logo depois, nosprimeiros anos da fundação da Lisboa do Brasil, da cidade do Salvador! Manuel de Sá Souto Maior foi, na cidade jardim, o quarto provedor da Alfândega, cargo que obteve por herança, graças a seu casamento com d. Helena de Argolo, decerto a Helena da Mulata Velha, que nascera em 1560, quando governava ao Brasil o famigerado Mem de Sá e isso é o queme leva à convicção de que os dois irmãos Soutos Maior chegaram a Salvador não com Tomé de Souza, mas com o sexto governador espanhol, Manuel Teles Barreto, no ano de 1583, que viera acompanhado por um “enxame de oficiais e de aventureiros do vizinho reino”, Espanha, “que esperavam saciar as ambições desmedidas nas terras de Santa Cruz” (ONordeste, 21.12.1941). [p. 48]
O cargo de provedor da Fazenda, como o de alcaide-mor, na Bahia, parece ter afinidade com as coisas do coração, era uma herança passional, quando não um custoso dote de casamento! Tangências de saia!...
Rodrigo de Argolo, também nobre castelhano, vindo ao Brasil na armada de Tomé de Souza, em 1549 ou na de Antonio de Oliveira Carvalhal, em 1551 e não em 1552, como afirmou o Historiador Pedro Calmon, porque se casou com uma dos órfãos, Joana Barbosa Lobo de Sousa, filha de Baltazar Lobo de Souza, falecido na carreira das Índias, e sobrinha do Conde de Sortela, vindas a Bahia em 1551 e não em 1552, como afirmou o mestre Pedro Calmon, enviadas na armada do referido Antonio de Oliveira Carvalhal pela rainha d. Catarina, esposa de d. João III por mercê do soberano, fora nomeado provedor da Alfândega da cidade do Salvador. Sucedeu, nesse cargo, a Rodrigo de Argolo, seu filho Paulo de Argolo, que foi o segundo provedor e se casou com d. Felícia Lobo, filha do fidalgodegredado Gaspar de Barros de Magalhães e d. Catarina Lobo (essa órfão também, mas vinda, em 1557, com Mem de Sá e era filha de Henrique Lobo, o que tudo fez confundir a Jaboatão, que a tornou irmã de d. Joana Barbosa Lobo, além adivinho, de aumentar-lhe a apelido com mais dois outros: Barbosa de Almeida!)
A mulher de Paulo, d. Felícia, havia sido casada com rico negociantePedro Dias e dito Paulo faleceu a 12 de janeiro de 1619.
Substituiu-o, na provedoria da Alfândega, seu cunhado Antonio Ribeiro, ainda em vida dele, o qual Ribeiro se consorciara com d. Maria de Argolo, irmã de Paulo, a 5 de novembro de 1556, servindo de testemunhas os fidalgos d. Duarte da Costa, governador do Estado do Brasil, e seu filhoo bravo d. Álvaro da Costa e d. Maria Lobo, tia materna da nubente (uma das órfãs de 1551), esposa do tabelião Francisco Bicudo. D. Duarte era amicíssimo do casal e foi padrinho do primogênito, Joana, batizada na Sé a 17 de março de 1558.
D. Maria faleceu a 11 de fevereiro de 1602 e foi sepultada em SãoBento. ASNiPa ciFoi com º segundo fruto do referido casal Antonio Ribeiro — Mariade Argolo, d. Helena de Argolo, que se casou Manoel de Sá Souto Maior,advindo-lhe a provedoria da Alfândega desse casamento, porquanto aprimeira filha, d. Joana Barbosa, que se casara com o português DiogoCorreia de Sandes e dele teve prole, falecera em 1598, sendo sepultada noColégio. jNão há notícia da prole de Manuel de Sá Souto Maior.Seu irmão Diogo da Rocha de Sá se consorciou com d. Inês Barreto,irmã de Duarte Munis Barreto (o segundo alcaíde-mor da Bahia) e filha deEgas Munis Barreto, natural da Ilha Terceira, e d. Maria Silveira (hendecavósde Tobias Barreto, vide meu TOBIAS BARRETO, o DESCONHECIDO,anexo 1).Entre os três filhos de Diogo da Rocha de Sá, foi primogênito Memde Sá, que, a 23 de julho de 1593, na freguesia da Sé, em casa, se consorcioucom Maria Barbosa, filha de Francisco de Barbuda, sênior, cavaleiro dacasa del-rey, e de sua mulher d. Maria Barbosa.Faleceu ela, “essa Maria Barboza a 8 de setembro de 1622, sepultadaem Nossa Senhora da Ajuda”. [p. 50, 51]
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!