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Guia Politicamente II: 2° temporada, 3° episódio. History Channel, direção de Matheus Ruas
    2022
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Este episódio vai abordar a real participação da Princesa Isabel e todos os contextos históricos que culminaram na Abolição da Escravidão no Brasil.Eduardo Bueno:

"Redentora é o título dado a sereníssima princesa Isabel, filha de Dom Pedro II e herdeira do trono brasileiro. Porque ela foi considerada a grande heroína da abolição da escravatura no Brasil e por isso estampou as notas de cruzeiro, duas vezes no século passado, aliás, garanto que tem velhos como eu que pegou os tempos do Cruzeiro."

(...) Eduardo Bueno:

"A escola ensinou e você aprendeu: a princesa Isabel aboliu a escravidão no Brasil. Não! Isto está só meio certo. Na verdade ela foi articuladora de uma manobra política que permitiu a aprovação da lei Áurea pelo parlamento. Então a pergunta que cabe agora é: a princesa Isabel foi a única responsável por tudo isso e sem ela a escravidão não teria acabado em maio de 1888?"

Valéria Gomes, historiadora:

"Valéria Gomes historiadora Desde a década de 70 do século passado, do século 20, nós temos uma historiografia que vem desconstruindo essa ideia da princesa Isabel como A redentora dos negros a ideia de que a população negra tem uma tutora. Como na época da escravidão que os libertos continuavam deferentes ao ex-senhor. O que ocorreu em 1888 mais dia menos dia viria."

Moreno

"Se a gente for pensar num grande mérito, ter conseguido fazer da abolição um processo menos traumático o possível arriscando tanto."

Leandro Norloch, jornalista:

"Temos que atribuir o fim da escravidão ao movimento abolicionista. Ao José do patrocínio, ao Joaquim Nabuco, ao Luiz da Gama. Um tempo antes pequenas sociedades de negros sociedades libertadoras que conseguiram mudar a opinião pública a favor da abolição."

Morena:

"O protagonismo é dos negros desde o primeiro escravizado no século 16, das agências de fugas quilombos as agências pela alforria as irmandades. Aqueles laços de solidariedade e também de conflitos e as negociações."

Leandro Norloch:

"Quando a Isabel começou a se movimentar já era como se fosse chutar cachorro morto como se diz. Era óbvio que mais cedo ou mais tarde a abolição aconteceria."

Morena:

"Então acho que juntando todos esses elementos, de um lado a coroa do outro o decréscimo natural da população escrava, a pressão inglesa, o discurso da necessidade da entrada de uma nova forma de trabalho, os intelectuais brasileiros, os intelectuais abolicionistas, como Joaquim Nabuco percorreu boa parte do Brasil fazendo suas palestras. Todos eles concorreram em grande medida para a abolição."

Eduardo Bueno:

"Se a princesa Isabel não foi a única responsável pela abolição, porque então ela se tornou Grande Redentora?"

Leandro Norloch, jornalista:

"Por que que a princesa ficou para a história? A gente tende a enxergar a história, muito historiador tende a contar história como se ela fosse feita de cima para baixo. Então você tem lá grandes líderes políticos, grandes figuras e personalidades. Napoleão, grandes Reis e eles definem os caminhos do país. Na verdade o que geralmente, o que muitas vezes acontece, acontece com muito mais intensidade, é o contrário, é de baixo para cima. A História é feita pelas pessoas, e muitas vezes os governantes eles só respondem a maré a tendência de um lado, a tendência de outro."

(...) Eduardo Bueno:

"Mas e depois da festa como ficaram os escravos um dia após a abolição? Como é que ficou o Brasil no dia seguinte? Porque que ninguém nos fala como foi o dia 14 de maio?"

Morena:

"Essas pessoas ficam jogadas a própria sorte, sem oportunidade de emprego sem moradia na disputa de trabalhos circunstanciais."

(...) Careca:

"Porque eles não viraram assalariados? Porque são gerações e gerações de famílias escravizadas vinculadas à Terra. Para eles mesmo eles recebendo dinheiro a questão de ter que continuar trabalhando na Terra era uma continuidade da escravidão. Então eles não querem mais trabalhar com a terra, eles querem ir para os centros urbanos."

Valéria Gomes, historiadora:

"O mundo lá fora era difícil não se sabia o que era que ia enfrentar. Isso libertos que quiseram continuar ainda atrelados ao seu senhor. Era melhor continuar vendendo a sua força de trabalho pela moradia e pela comida."

Eduardo Bueno:

"A lei Áurea também não indenizou os proprietários de escravos. Por mais absurdo que fosse, o escravo era considerado uma propriedade, valia dinheiro, então se você fosse um grande fazendeiro com 100 escravos (...) de uma hora para outra você perderia um valor alto em dinheiro. E a coisa ficou ainda pior quando Dom Pedro II começou a falar em distribuição de terra, em Reforma Agrária. Ele seria comunista?"

Careca:

"Dom Pedro II fala em reforma agrária na última fala do trono em 1889. A fala do trono era o discurso que ele dava no parlamento de acordo com o que ele achava que deveria seguir em fim (...)"

Careca:

"A libertação ocorreu oficialmente mas e depois o que você faz com esse elemento escravizado que nunca teve acesso à sociedade a ensino a nada. Ele não é um elemento social ele não pertence a estrutura social ele pertencia a parte mais baixa da estrutura social da nação que era a mão de obra."

Roni:

"Havia a intenção te dar algo aos escravos. O gabinete do conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira com anuência do imperador previu a distribuição de terras aos ex-escravos. Assentar os escravos em lotes as margens das estradas de ferro."

Moreno:

"A medida que o processo de abolição vai se consolidando os fazendeiros vão pulando do barco. Então uma certa incompreensão desses grupos faz com que a traz instabilidade para a manutenção da coroa. O Nabuco fala isso e tô né de outra forma havia como que uma cisão entre o fazendeirismo e os elementos urbanos que eles vão chamar de bacharéis."

Careca "É por isso que tem que haver a proclamação da República pois já perderam os escravos agora perderão a propriedade produtiva."





OII!

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Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!