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Confronto armado teve bairros bombardeados pelo governo federal
    1924
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Vinte e três dias de batalha, 503 mortos, 4.846 feridos (na maioria civis) e mais de 20 mil desabrigados. Os números representam o saldo de um episódio pouco conhecido pelos paulistanos, mas de importância histórica para a cidade de São Paulo: a Revolta de 1924, que completa neste mês 95 anos.

Ocorrido entre 5 e 28 de julho daquele ano, o conflito terminou com o bombardeio simultâneo feito por aviões do governo federal em bairros como a Mooca, Belenzinho, Ipiranga e o Brás.

"O bombardeio foi terrificante, espalhando o terror. É muito incomum um exército atacar seu próprio povo daquela maneira. A revolução de 1924 é considerada a maior batalha urbana da América Latina", disse o jornalista e historiador Moacir Assunção, autor do livro "São Paulo deve ser destruída - a história do bombardeio à capital na revolta de 1924".

Motivação da revolta

Para compreender a razão da revolta, é preciso lembrar do contexto social que o país vivia naquela década. A economia brasileira passava por uma grave crise econômica, muito motivada pela queda nas exportações, tendo em vista que o mundo acabara de sair do período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Além disso, o país vivia um momento político conturbado, em especial pela insatisfação de vários estados com a chamada “política do café com leite”, que alternava presidentes entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. O protecionismo econômico nacional ao café também gerava descontentamentos.

Dessa maneira, vários opositores ao Partido Republicano (paulista e mineiro) se uniram para formar a Reação Republicana, que contou com a ajuda de outros estados, como Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. A maior bandeira dos integrantes da Reação Republicana era que o país protegesse todos os produtos que eram produzidos aqui, e não só o café.

Após uma série de articulações políticas, o país chegou às eleições de 1922 com dois candidatos à Presidência: Nilo Peçanha, da Reação Republicana, e Artur Bernardes, representante do Partido Republicano. Bernardes saiu vencedor da votação, e isso gerou alguns problemas, como a vontade dos militares de “não autorizar” que ele assumisse o cargo, demonstrando um descontentamento com o resultado do pleito.

Revolta em SP

A revolta foi comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes e contou com a participação de vários tenentes, como Joaquim Távora, Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes e João Cabanas. Ela culminou no episódio em que o governo federal bombardeou a cidade de São Paulo.

Entre as reivindicações dos militares estavam uma independência maior dos poderes Legislativo e Judiciário, a limitação do poder Executivo, fim do voto de cabresto e a instauração do ensino público obrigatório.

Segundo documentos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foram destruídos, pelos bombardeios e ataques a granadas, o Liceu Coração de Jesus, que serviu de refúgio para a população desabrigada, a Igreja Nossa Senhora da Glória, no Lavapés, ocupada pelos rebeldes, além das instalações das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, do Armazém Matarazzo e da tipografia Oficina Duprat.

O historiador Moacir Assunção ressalta que restam poucas marcas da revolução na cidade, o que pode contribuir para o esquecimento da revolta. "Existem poucas marcas da cidade, uma delas é a chaminé da usina de luz ao lado do quartel da Rota, e marcas de bala na igreja Santa Ifigênia, além de algumas marcas de bombas no antigo Cotonifício Crespo, na Mooca", afirmou.

"As regiões que mais sofreram foram a Mooca, o Brás e o Cambuci. Esses bairros tiveram um severo bombardeio. A Penha também foi atingida, assim como parte do Centro. Vale dizer que os canhões ficavam postados na Penha e na Vila Matilde atirando o tempo todo", destacou o especialista.

Vale o destaque histórico de que, durante a revolta, o presidente do estado (cargo equivalente ao de governador nos dias de hoje) Carlos de Campos foi obrigado a fugir, e a sede do Executivo estadual chegou a mudar para a Penha, na Zona Leste da cidade.

Outra curiosidade fica por conta de o prefeito da época, Firmiano Morais Pinto, ter pego em armas para lutar ao lado dos rebeldes e ter proferido a seguinte frase: "Serei o último habitante a abandonar São Paulo, aconteça o que acontecer".

A revolta teve pouco tempo de duração, sendo encerrada em 28 de julho. Naquela data, os rebelados, que fugiram da capital para escapar do Exército legalista, foram interceptados e derrotados por forças federais na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul.

Abrahão de Oliveira, G1 SP — São Paulo 28/07/2019 06h00

Obs.: Eduardo Gomes participou de rebeliões tenentistas, como a Revolta do Forte de Copacabana (1922)





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