A Casa dos Padres de Sorocaba, alemdotumulo.blogspot.com
Atualizado em 07/05/2025 22:01:37
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Sorocaba foi fundada em 1654. Terra de bandeirantes, caçadores e assassinos de índios em sua essência. Pra se eximir de seus pecados esses bandeirantes, que depois fundariam quase todas as cidades do oeste do estado de São Paulo e grandes vilas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sempre trouxeram consigo grupos religiosos: fossem os jesuítas , beneditinos ou franciscanos. Era comum doar terras e dinheiro ao clero em troca do perdão. Por isso Sorocaba tem tantas igrejas e mosteiros, mas um destes chama a atenção em especial. É a edificação conhecida como Casa dos Padres (por mim citada algumas vezes na comunidade). É uma construção cravada num morro entre Sorocaba e Votorantim, que em tempos remotos abrigou um mosteiro beneditino. Sabe-se que os padres tinham escravos e os obrigavam a verdadeiras monstruosidades. Sempre viveram isolados do resto da cidade, nunca permitiram às outras ordens religiosas terem acesso à construção (que primeiro foi de madeira, depois de pau-a-pique e rochas) até que um primeiro incêndio matou todos os escravos dos padres. Reconstruído em concreto o mosteiro passou por outro incêndio há pouco mais de cem anos, vitimando agora todos os padres, e sendo desativado. Conta-se na então chácara do Vergueiro (hoje bairro próximo à Casa dos Padres) que no dia do incêndio que matou os religiosos se ouvia forte barulho de tambores e risadas dos escravos. Da Casa sobrou só o esqueleto, que ainda atrai gente de toda a região em busca do sobrenatural, e a maioria conta já ter visto algo no local, como espíritos pulando na piscina, sangue jorrando das paredes, ou os padres e negros brigando. Hoje esse morro fica na região mais cara da cidade, e tudo, absolutamente tudo que foi construído imediatamente em volta da casa faliu: de shopping a prostíbulo.
Duas vezes a morte hei sofrido. Pois morre o pai com o filho morto. Para tamanha dor, não há conforto. Diliu-se em prantos o coração partido. Para que ninguém ouça o meu gemido, encerro-me na sombra do meu horto. Entregue ao pranto ao sofrer absurdo. Querendo ver se vejo o bem perdido! Brota a saudade onde a esperança finda. Sinto na alma ecoar dores de sinos! Só a resignação me resta ainda.
Morte segundo filho Data: Fonte: “Adeus meu menino”, a "Tears In Heaven" imperial