A Escravidão Numa Área de Pastoreio: os "Campos" de Lages
1990 Atualizado em 10/05/2025 02:09:50
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Campos de Lages - Proprietários e EscravosNome dos Nümero de EscravosProprietários 17771789179017921794 1803Antonio C. Pinto 30Bento do Amaral Gurgel Anes 11 10 8 14 4Baltazar Joaquim de Oliveira 2 2 1 1 2Antonio Roiz Fam de Oliveira 7 2 2 4Joaquim José Monteiro 14 13 14Manoel Roiz de Ataide 1 1 1 1Padro da Silva Ribeiro 7 6 7 7 3Antonio Marques Arzão 1 1 3 3João Damasceno de Cordova 4 5 8 9 7Manoel da Silva Ribeiro 2 2 2Jose Joaquim Leme (do Prado) 8 8Joaquim José Pereira 20 31 29 41Bento Soares da Mota 1 2 3Manoel de Araujo Gomes 8 8 10Bemardino da Costa Filgueiras 4 3 1Miguel Bicudo (do Amarante) 2 3Manoel Teixeira de Oliveira Cardoso- 4José Martins Ferraz 3 6José Antônio de Lacerda 8 7Belchior de Arantes 2 2 4Miguel Pedroso Leite 4D. Barbara Garcia 16Antonio de A. França 1 2Manoel de Barros 4Antonio de P. (Correa) 3 5Andre Guerreiro 7Assim, O fundador de Lages, Antonio Correa Pinto (ca. 1719-1783),foi proprietário de duas fazendas, antes mesmo de erigir aquela vila:"Cruz de Malta" e "Guarda-mor".Bento do Amaral Gurgel Anes, natural de Taubaté, casado comuma irmã de Bento Soares da Mota (vide), em primeiras núpcias, dequem recebeu, por doação, uma fazenda "na paragem chamada dasTijucas", que vendeu (1774) a João da Costa Moreira, e adquiriu, por suavez, da viúva de Antônio Correa Pinto as fazendas "Cruz de Malta" e"Guarda- mor".Baltazar Joaquim de Oliveira, cunhado de Correa Pinto, foiproprietário da fazenda "Ronda Grande", no "passo do Rio Caveiras", [p. 266]
Miguel Bicudo do Amarante era proprietário de pequena fazenda"na Costa da Serra", que adquiriu da viúva de Manoel de Barros (vide),em 1811.Manoel Teixeira de Oliveira Cardoso teve uma sesmaria concedidaa 08.03.1790 "nos fins do Potreiro Grande e Potreiro de Nossa Senhora" ,que divide os "campos do Serito" e "desaguam no rio Caveiras".José Martins Ferraz, não aparece como proprietário de fazenda.José Antônio de Lacerda. identicamente.Belchior de Arantes vendeu, em 1788, parte de sua fazenda, "nabarra do rio Pelotinhas", a Agostinho Alves Garcia, e que, anteriormentepertencera a Aleixo Leme do Prado.Miguel Pedroso Leite, já reside em Lages, em 1790, mas não se tevereferência à propriedades suas.D. Bárbara Garcia é a viúva de Joaquim José Monteiro (vide).Antônio de Araújo França foi escrivão da Câmara e não se temregistros de ter possuído fazenda.Manoel de Barros possuia sesmaria concedida a 27.01.1779, "nascabeceiras do rio Pelotas e do rio Lavatudo", e, em 1796, a fazenda"Santo Antônio da Costa Serra" e uns campos chamados "Taipas", emsociedade com Joaquim Rodrigues dos Santos.Antônio de Pontes Corrêa possuía, em 1817, a fazenda "PedrasBrancas", que pertencera, anteriormente, a Joaquim José Pereira (vide).E, André Guerreiro, de quem não se obteve registro, comoproprietário de fazenda.Assim, procurou-se correlacionar a propriedade pastoril com aposse de escravos.Pelo quadro sumário vê-se que o crescimento da população escravanão é tão significativa.De 114 em 1777 alcança, em 1808, um total de 155, enquanto apopulação livre triplica.Além dos escravos, tem-se os "índios mansos" e os agregados,sujeitos ao "fazendeiro", como estão anotados nas "listas norninativas"dos "Censos de Ordenanças" e, especialmente, no de 1803, há grandequantidade de agregados de cor! [p. 268]
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