Carmem Carlos, a heroína que morreu para salvar o irmão cego
20 de outubro de 1963, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Os irmãos Francisco de 7 anos, André, de 6 anos e Carmém de 12 anos pertenciam a uma família pobre vinda do Paraná para Sorocaba, afim de encontrar melhores condições de vida.
Os pais, Faustino Carlos e sua esposa Neves Carlos vieram com os seis filhos, o mais velho com 18 anos e o caçula com apenas 11 anos.
Os 3 atravessavam uma ponte, andando entre os trilhos, quando, repentinamente, eis que surgiu uma composição ferroviária em alta velocidade.
Francisco correu e conseguiu se salvar. André, por ser cego, não correu, e Carmem, na certeza que não conseguiria evitar o atropelamento, abraçou-se ao irmãozinho disposta a morrer com ele.
No último momento ela conseguiu afastar o irmão André para fora do alcance do trem. Atingida pela locomotiva, Carmem teve seu corpo estraçalhado, enquanto que o garoto cego, André Carlos, foi lançado debaixo da ponte caindo sobre a areia e sofrendo apenas algumas escoriações.
Nenhum jornal de Sorocaba publicou o ocorrido e a família, sem condições de arcar com os custos de uma "morte oficial", viu Carmem ser enterrada como indigente.
Qual pai e qual mãe não tem a alma estremecida ao ver estátuas homenageando tropeiros e bandeirantes e não saber em qual cemitério seu filho está sepultado?
Morreu p/ salvar o irmão cego; enterrada como indigente Data: 20/10/1963 Créditos/Fonte: Folha de Ituiuataba/MG (@)(!)
ID: 6761
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