A época não seria a melhor, mas um sorriso ajudava. Ou não.
Na maioria dos retratos dos séculos XIX e XX, as pessoas nunca sorriam para as fotografias, nem mesmo as crianças (tão alegres e energéticas) esboçavam um sorriso para a câmara. Casamentos, baptizados, aniversários ou um simples retrato de família, ninguém move os lábios. As razões? A Vox divulgou algumas teorias e não conseguimos encontrar motivos para não concordar com elas.
A tecnologia pioneira e demorada da fotografia tornava a tarefa de sorrir difícil, um sorriso inicial até seria possível mas a longa exposição exigia que o fotografado estivesse totalmente quieto, como num retrato pintado.
O que nos leva ao segundo motivo, a semelhança entre a fotografia primata e a pintura que significava manter uma postura séria. Quando nos fotografam ou tiramos uma selfie o objectivo é parecer cool ou capturar momentos instantâneos, certo?
Bem, capaz de te surpreender é a terceira razão. Nos seus primeiros anos, a fotografia era um ritual de passagem para a imortalidade. Mórbido? Sim e literalmente. E a prova está nas fotografias tiradas a corpos de pessoas bem vestidas, para que a sua imagem enquanto vivos prevalecesse em futuras gerações!
A cultura Vitoriana e Eduardiana nunca sorria para uma câmara, e o porquê está mesmo no cerne da sua existência. Acreditava-se que quem sorria num retrato era um tolo ou um leviano.
Mas porque gostamos de tolos e levianos, e para contrariar esta teoria, nesta página do Flickr podes ver uma série de retratos Vitorianos e Eduardianos com sorrisos.
Vamos agradecer à evolução tecnológica e cultural e celebremos com um sorriso nos lábios e uma câmara na palma da mão.
Texto: Cristiana Cardoso. Fonte: Shifter
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