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Tomada de Ceuta
22/08/1415
2 fontes

1° fonte: “Conquista de Ceuta”. Juliana Bezerra Juliana Bezerra Professora de História. Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha., consultado em todamateria.com.br
A Conquista de Ceuta ocorreu em 1415 e simboliza o começo da expansão ultramarina portuguesa. O objetivo da Coroa, impulsionada pela burguesia, era se apoderar da cidade que recebia as caravanas de mouros que transportavam ouro, marfim, especiarias e escravizados.

Expansão Marítima Portuguesa

Quando o rei Dom João I (1351-1433) assumiu o trono português, em 1385, o reino enfrentava dificuldades financeiras. Portugal encarava a falta de produtos agrícolas, mão de obra e sua moeda se encontrava desvalorizada. A insuficiência de metais preciosos influenciou na edição de uma lei, em 1402, que proibia a exportação do ouro, pois sem o metal, não era possível cunhar moedas.

Por isso, o rei começou a buscar alternativas para a crise econômica. Uma das ideias foi a de expandir o reino para o Mediterrâneo e não para a Europa. Assim, influenciado pelos filhos, começa construir uma enorme armada a fim de conquistar a praça de Ceuta.

Causas

Vários motivos foram considerados para a escolha de Ceuta. Inclusive chegou a se cogitar a conquista do Emirado de Granada. A garantia do apoio da Coroa de Castilha contribuiu para que Ceuta fosse escolhida. Além disso:

- Ceuta era uma rica localidade junto ao Estreito de Gibraltar, ponto de encontro das caravanas que vinham do Oriente e um meio de chegar aos mercados de cereais do Marrocos;
- Seria uma forma de ajudar a superar a crise econômica
- Conquistando Ceuta, todos os setores da sociedade portuguesa seriam envolvidos na esperança de benefícios;
- Possibilitaria a expansão da fé cristã em território muçulmano.

Política Interna

A nação lusa estava em paz, e unificada em torno a um rei, diferente da maioria dos vizinhos ainda em guerra. De todas as maneiras, as conquistas ultramarinas canalizavam o espírito guerreiro da nobreza e ajudavam a manter a concórdia dentro das fronteiras.

Portugal contava com uma posição geográfica que favorecia a busca de rotas alternativas pelos mar para a compra de mercadorias. A burguesia enxergava vantagens comerciais devido à posição estratégica da cidade. Já a nobreza, pensava em aumentar suas possessões e títulos; enquanto o clero, imaginava conquistar mais almas. Para o povo, a crença era em mais trabalho.

Diante de tantas vantagens e necessidades foi iniciado o processo de conquista de Ceuta. A expedição partiu de Lisboa dia 25 de julho de 1415. Estava constituída por uma frota de 212 embarcações e destas 59 eram galés, 33 naus e mais 12 embarcações de pequeno porte. Foram embarcados:

- 7.500 cavaleiros
- 500 besteiros (os que manejavam a besta, uma arma de arco e flecha)
- 21.000 soldados a pé

No dia 22 de agosto de 1415, tomaram a cidade e a saquearam durante a noite. Imediatamente, começou a transformação da urbe de Ceuta. Houve a substituição dos símbolos muçulmanos pelos de cristãos e a mesquita foi transformada numa igreja. A Coroa portuguesa deixou 2,7 mil homens que ficaram sob o comando de Dom Pedro de Meneses (1370-1437), primeiro governador de Ceuta.



2° fonte: “Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8






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