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Tomé Judas Dídimo (n.1)
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¨ RASUL

Havia indígenas transitando
01/01/1500
15 fontes

1° fonte: Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508
Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508, muito antes de chegarem os jesuítas ao Brasil e contudo já se refere a mesma tradição (de São Tomé) na costa do Brasil.



2° fonte: Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”
Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado«ie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil.

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta:

Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.

A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes.

Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.

O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão.

Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste”.

Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada”. Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença. [Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)]



3° fonte: Carta do padre José Cataldino ao provincial padre Diogo de Torres
Eis o que em 1613 o padre José Cataldino escrevia a este respeito ao provincial padre Diogo de Torres:

"Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos."



4° fonte: “História da Companhia de Jesus da província do Paraguai”, Pedro Lozano (1697-1752)



5° fonte: Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16
E a noticia do castigo tremendo do Senhor se espalhou de boca em boca por aquelas gerações que viviam para as bandas da constelação das estreitas brilhantes em fôrma de cruz. E todas fugião da beira do mar, imaginando que só a marinha poderia ser alagada em virtude da ira do Senhor.

E levavão consigo provisões de marisco deixando na costa montes de ostras, nos quaes derão sepultura aos cadáveres dos que então falecerão. E o Senhor fazia que novos sinais de pegadas do seo profeta se gravassem em outros lugares por essas bandas. E eu começava a sentir como um pesadelo.

E via que a mente se me offuscava, e que eu nada mais sabia de Sumé. Por fim ouvi uma voz que dizia: "Contenta-te de seres moranduçara do que sabes, que é quanto tens de transmittirá prosteridade. Sumé irá para outras terras; por que aos surdos não é possível fazer que oução as palavras do Senhor". E uma língua de fogo se vio no mais alto cimo do morro de Biraçoyaba, que parecia como a chama de um vulcão.

E o monte se derretia em lavas de ferro. E aí se formava uma espécie de cratera ou algar (Vale das Furnas) cujas cinzas quentes, depois se apagavam com as águas de uma lagoa (Lagoa dourada, onde o povo do Ipanema, ainda não há muito, julgava que apareciam fantasmas, que guardavam tesouros escondidos.).

E ouvi a mesma voz de antes dizer-me: “Ali esconderás o legado que deveis deixarás gerações vindouras, para que os homens tenham mais uma prova da misericórdia divina, que é de toda a eternidade, e durará até o dia de juízo.” — Amém. 08:21



6° fonte: Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI
A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar. Faltam monumentos antigos que testifiquem a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões.



7° fonte: A Passagem de São Thomé pelo Brasil, por Eurico Branco Ribeiro
Em interessante artigo escrito especialmente para a Companhia Editora Nacional, o fino beletrista que é Heitor Moniz, focalizou recentemente, um dos pontos mais curiosos da história da terra brasileira: o que se refere é visita evangelizadora de São Thomé, apóstolo de Christo.

O assunto é deveras atraente, tão atraente que nos arrancou da absorção das lides profissionais para revivel-o através da recordação de um passado não muito distante, em que nos sobrava tempo para pacientes pesquisas nos domínios da história pátria. E por ser assunto atraente, repisando-o com o resultado de estudos que fizemos, esperamos que a seguir a palavra dos eruditos venha a lume debatendo-o como informações menos preciosas, com argumentação mais fundamentada, com conclusões mais seguras. Na certeza de que isso se dê, pedimos vênia para reproduzir aqui o que escrevemos em 1918 e em 1922 ao historiar a primeira fase do povoamento da região de Guarapuava, no Paraná, quando ali se instalaram as célebres Reduções Jesuíticas do Guairá.

Antes de tudo não está fora de propósito referir que esta questão da visita de um apóstolo de Jesus ás terras que Colombo veio encontrar em 1492 foi estudada com muito carinho, em dias de 1902, pelo monsenhor dr. Camilo Passalacqua, que chegou á convicção da possibilidade de tal cometimento.

Mas relatemos, sem mais delonga, o que se sabe a respeito de São Thomé em terras de Guarapuava.

Logo depois de encetar as suas peregrinações através dos sertões de Guairá, os jesuítas ficaram surpresos com o que lhes contavam os nativos acerca de um personagem misterioso um "caraíba" de grande poder, que atravessara aquelas paragens em época remota e cujas façanhas eram transmitidas de pai a filho com religiosa emoção. A princípio os missionários deram ouvidos moucos ás palavras dos selvagens. Cedo, porém, desvaneceram-se-lhes as desconfianças: todas as tribos arguidas separadamente, narravam mais ou menos os mesmos fatos.

E isso os levou a declarar oficialmente que São Thomé havia estado na margem esquerda do Paraná, entre o Paranapanema e o Iguassú.

Viera do lado do Atlântico, atravessando o Tibagi no seu curso médio, galgando a serra da Apucarana, vadeando o Ivahy, enveredando para o Piquiry e dalí prosseguindo não se sabe como nem para onde.

E o trajeto que fez ficou indelevelmente assinalado com uma estrada milagrosa de oito palmos de largura, construída pela simples passagem do apóstolo. Ao que parece essa estrada subsistiu por centenas de anos, pois encontramol-a delineada em mapas antigos, com a denominação de estrada de São Thomé, sendo por ela que se fazia no século XVI o percurso de São Vicente ao Paraguay. Washington Luis afirma que os nativos davam a essa estrada o nome de Peabiru ou Piabiin.

Em sua passagem, o santo sempre esteve em contato com o íncola, pregando a moral, falando em Deus, fazendo profecias, praticando milagres e ensinando coisas úteis.

Discorreu sobre o dilúvio, sobre a conveniência de cada nativo possuir uma só mulher, sobre a vinda de missionários brancos como ele, que deviam modificar seus costumes e guial-os á ilégivel do bem e da retidão corporal e espiritual. Anunciou a ereção de uma vila na foz do Pirapó. Deixou as impressões de seus pés em uma pedra no vale do Piriqui, no lugar donde dirigiu muitas prédicas. Ensinou o uso do fogo, das raízes alimentícias, do "caá" - a saborosa erva mate, cujo poder mortífero o santo exterminou, tostando-a ao fogo com suas sagradas mãos.

Na margem esquerda do Ivahy, acima da foz do Corumbatahy, e onde os jesuítas levantaram em sua homenagem a Redução de São Thomé, o apóstolo realizou o enterramento de grande quantidade de selvagens, recebendo, por isso, aquele lugar a denominação de cemitério de "Pay Zumé".

Nessas minúcias que ai ficam relatadas pode haver muita coisa de lendário, mas o fato principal o da visita de São Thomé, esse não oferece, hoje em dia, contestação que pese, em vista de provas irrefutáveis colhidas em toda a América.

A título de documentação, vejamos o que dizia o missionário José Cataldino ao seu superior no Paraguay, padre Diogo de Torres:

"...Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamavam pay Zumé, o não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade..."

E passa a contar o que lhe relatavam os nativos anciãos e os caciques principais: São Thomé, "vindo das terras do lado do Brasil", chegara ás margens do rio Tibaxiva (Deve ser o Tibagy), onde eles e seus antepassados habitavam. Formavam então uma numerosíssima nação, pelo meio da qual passou pay Zumé em direção ao rio Ivai (2); sabiam ainda que deste rio o santo se dirigiu para o Piriqui.

"Nas cabeceiras deste rio, continua o padre Cataldino, dizem os nativos, se acham as pisadas do santo impressas em uma pedra e o caminho pelo qual atravessou estes campos, está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos e asseguram que as

Também um historiador paraguayo, tendo descrito a passagem de São Thomé por terras sul-americanas, referiu-se, sem garantir sua veracidade, á existência ilegível pedra "nas serras de Guairá", que conserva a impressão de dois pés, sendo considerada como o púlpito de onde pregou o grande santo.

Agora raciocinemos um pouco. Seria a visita de São Thomé que abrandou o sentimento combativo do selvagem de Guairá?

A resposta deve ser afirmativa; se não o for, por que ao contrário de quase todos os primeiros navegadores ilegível, Diogo Garcia e Sebastião Caboto foram tão bem recebidos pelos habitantes do médio Paraná?



8° fonte: “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13



9° fonte: “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP
Nos dois primeiros séculos de Brasil, a crença em uma anterior estada física de São Tomé, estava acima de dúvidas. Fizera um intervalo em suas tarefas na Índia para vir falar de Cristo aos nossos nativos. Na crônica daqueles anos não há voz discordante.

Em 1515, a "Nova Gazeta da Terra do Brasil", refere-se a "lembrança que os nativos tinham de São Tomé, cujas pegadas quiseram mostrar aos portugueses". [Página 5]

De São Vicente, via Piaçaguera e Cubatão, o caminho subia a serra para ir aquietar-se lá no outro oceano.

“Com seus oito palmos de largo não era nisso inferior a algumas ruas principais da Lisboa quinhentista”.

Quanto aos largos lances do traçado, vigora uma quase unanimidade. Taunay teve em mãos mapas que teriam pertencido a D. Luís Antônio de Sousa, graças aos quais pode esmiuçais o caminho:

Saindo de São Paulo, passando por Sorocaba, pela fazenda de Botucatu que foi dos Padres da Companhia, dirigindo-se a São Miguel, junto ao Paranapanema, e costeando êsse rio pela esquerda, tocando em Encarnación, Santo Xavier e Santo Inácio, onde em canoa descia o Paranapanema e subia o Ivinheima até quase à suas nascenças (...)

O roteiro traçado por Batista Pereira: “uma picada de 200 léguas que, com duas varas de largura, ia do litoral até Assunção do Paraguai, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba”. [Página 10]



10° fonte: O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla
O curso, a partir de São Vicente, subia a serra para chegar no Planalto Piratininga e seguir aditante, passando pelos atuais municípios de São Paulo e Sorocaba, até o pé da serra em Botucatu, de onde:

- "(...) se dirigia ao vilarejo que tem ainda o malsoante nome de Avaré - (Abaré, o desagradável sobrenome do padre Zumé), a duzentos e setenta quilômetros, aproximadamente, ao nordeste. De lá ele obliquava em direção ao oeste, depois ao sudoeste, passava pelas atuais cidades de Ourinhos, onde transpunha o Paranapané (hoje Paranapanema), de Cambaré (Cambará) e (Cornélio) Procópio, atravessava o rio Tibagi, atingia Londrina, depois, por Apucarana, após ter transposto o Huybay (mais corretamente Ivaí), burgo que se chama ainda hoje Peabiru. Descia em seguida em direção sul-sudoeste até a embocadura do Iguaçú. Ou seja, por alto, um percurso de mil quilômetros (...)".



11° fonte: Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
Muita gente já leu o interessante livro "A Estrada do Sol", escrito por Victor Von Haagen, por sinal casado com uma professora brasileira. A Estrada do Sol era uma via construída pelos incas, de largura reduzida, em geral de 1 metro a 1 metro e meio muitas vezes, quando em terrenos mais moles, calçada de lages pequenas. As subidas dos morros era feita por mini-degraus, tão suaves que até cavalos podiam utilizar-se deles. (Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Página 145)

Outro fato singular: Se tomarmos uma régua e formos a um mapa da América do Sul, veremos que o trajeto de Cuzco a São Vicente perfaz uma linha reta. E essa linha passa por terras da Fazenda Ipanema (...) Entretanto, a presença dos incas em São Vicente foi confirmada pois uns 25 anos atrás, o jornal "O Estado de São Paulo" publicava o encontro de ruínas do tipo inca em terras de São Vicente (...) Citaremos, ainda, uma estranha pirâmide que existe no Morro de Araçoiaba, aparentemente obra da natureza, mas onde pode-se notar, investigando bem, a existência de pedras formando verdadeira escada até o seu topo. Ao lado, há um monticulo menor, com uma abertura e pela qual, seguindo-se um corredor, percorre-se todo o trajeto subterrâneo em torno de um núcleo. É como se colocasse uma tigela dentro de outra muito maior. Fato singular: Em Machu Picchu, no Peru, próximo a Cuzco, cujas ruínas ainda não são bem explicadas, há um Monte-Pai e um Monte-Filho. Outro fato interessante: "Machu Pichu" significa "O lugar que esconde o sol". Essa é também a significação de Araçoiaba em Tupiniquim, ou antes, em Tupi. (Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Páginas 146 e 147)

Em um ponto de seu livro, Washington Luiz (1869-1957) explica: "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões".

Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia (...)

Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878) é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi).



12° fonte: Revista do Arquivo Municipal. 30 anos do Departamento do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo
De todas as trilhas indígenas que percorriam o planalto a mais célebre é, sem dúvida, o Peabiru. De importância continental, desde remotas eras pré-colombianas essa grande artéria sul-americana unia à costa atlântica a populosa mesopotâmia paraguaia, habitada pelos índios carijós ou guaranis. Formada de um tronco e várias ramificações, uma delas atingia a região vicentina, regularmente freqüentada pelos tupiniquins, moradores do planalto paulistano (PETRONE, p. 35-44).

Consistindo numa picada de 200 léguas (1200 km) de extensão, este último ramal, segundo a descrição do Padre LozanoS. J., possuía oito palmos de largura (1,76m) e seu leito, forrado por uma gramínea que impedia o crescimento de outra vegetação, apresentava um rebaixamento de 40 centímetros em média em relação ao solo adjacente. Posteriormente chamada pelos jesuítas de Caminho de São Tomé (identificado com Sumé, o herói civilizador do mito tupi), a famosa trilha permitiu que, em sentido contrário, a partir da costa brasileira os conquistadores atingissem o Paraguai e desse ponto fosse possível alcançar as fabulosas riquezas do longínquo Peru (HOLANDA, 2000, p. 142-144).

Tal fato revela que, naquele tempo, além do intenso desejo dos jesuítas de ir converter os carijós, havia uma fortíssima motivação política e econômica a instigar a penetração lusa em direção à região paraguaia. A questão das Molucas, provocada no Oriente pelos espanhóis, fizera recuar a linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas para o Ocidente. No Brasil, essa linha deveria retroceder também para o Ocidente, de maneira a deixar os mesmos 180º de cada parte. Com esse deslocamento, imaginavam os portugueses, Assunción, cidade espanhola erguida em 1537 no meio dos carijós e à beira do caminho do opulento Peru, certamente passaria à pertencer coroa lusitana, crença compartilhada durante certo tempo pelo próprio D.João III (LEITE, v.1, p. 448 e nota n.6).



13° fonte: Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves
Estes caminhos Inhaíba, Passa-três e Caputera estão próximos ao bairro Brigadeiro Tobias no município de Sorocaba, vindo de São Paulo pela rodovia Raposo Tavares sentido Sorocaba. O caminho da direita vindo hoje de pinheiros tomaria o sentido não exato do que é hoje a rodovia Castelo Branco, saindo do planalto para a depressão periférica encontrando Tatuí e a serra de Botucatu, a que lembrarmos que vários caminhos se cruzavam vindo de vários povoados (fundados) levando os bandeirantes à caça de índios e mais tarde o surgimento de um comércio de pequenas trocas nesses lugarejos.



14° fonte: “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos



15° fonte: “Os Cavaleiros Templários e o caminho de Peabiru” (14.09.2018) Professor Jorge Ubirajara Proença
Mesmo antes da chegada de Pedro Alvarez Cabral em 1500 o Caminho de Peabiru já era chamado de Caminho de São Tomé. Esse caminho atravessava o continente americano, o principal caminho, e passava nas minas no centro do continente. Isso já se sabia na Europa porque a água continente americano já era visitado. Já se sabia que existiu oceano do outro lado.

A tentativa fracassada de acessá-lo em 1531 obrigou Martim Afonso a recuar para Santos, cujo porto passou a ser utilizado. Isso também determinou a mudança geopolítica na época e, em primeiro lugar, determinou a extinção do sistema de capitanias hereditárias. Outra consequência histórica, foi que os colonizadores foram obrigados a um acordo com a Companhia de Jesus, recém-fundada, para fundar São Paulo para fornecer mão de obra para a penetração ser feita a partir de São Paulo, determinando o atraso no projeto português.






Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabral
23/04/1500
1 fontes

1° fonte: Expedição Peabiru - Pay Zumé
antonini verde foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de são sebastião em são paulo eram os índios tamoios que habitavam aquela região [Música] os tamanhos pertenceu à família dos tupinambás que ocupavam quase toda a costa brasileira da amazônia até cananéia ao desembarcar no brasil o pirata inglês de pelo menos dois portugueses sendo devoradas pelos peões buzz em rituais sagrados essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses já que eles escravizavam e matava população indígena anthony naide se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos ou a visão que ele seria salvo disseram que na verdade não era português os tamanhos sabiam disso ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados por amigos dos seus antepassados na elite em inglês de pele clara como era possível essa conexão pela tradição tupinambá os ancestrais indígenas também vieram pelo mar os tamanhos mostraram ao pirata inglês do provável local do desembarque na região de cabo frio no rio de janeiro Saiu da água, ensinou as artes da agricultura, da metalúrgia, codificou leis, mas quando investiu sobre duas das prioridades masculinas essencias, a antropofagia e o múltiplo casamento, foi então expelido pelos homens. (Hernani Donato) “Muitos antes da chegada dos europeus os nativos carijós no Brasil, os tiahuanacos na Bolívia e os incas no Peru, haviam escutado profecias e ensinamentos de homens brancos com barba que vieram pelo mar trazendo conhecimento do velho mundo”.






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