1 fonte - Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt) Data: 22/06/2022
1 fonte - *O DESCOBRIMENTO DE PERO VAZ DE CAMINHA - EDUARDO BUENO Data: 01/01/2022
1 fonte - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil Data: 01/03/1587 A carta de Pero Vaz de Caminha só foi "descoberta" após os anos 1800. Gabriel Soares de Sousa em "Notícia do Brasil" (1587) diz: "Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia (...)"
1 fonte - “Como surgiu mito de que o Brasil foi descoberto sem querer”. Edison Veiga Role, De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil Data: 21/04/2023
1 fonte - *João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 (...) soccorro a coincidência com a constellação meridional do Cruzeiro, que os descobridores viram sobre suas cabeças na mesma occasião, segundo a descreveu e desenhou em sua carta de 1.° de Maio de 1500 o physico da armada, João Emenelau; carta esta publicada por Varnhagen, em nota à sua Historia geral do Brazil. 2 fonte - *“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Data: 01/01/1937 Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior: 3 fonte - José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)* Data: 01/11/1977 (atualmente) em muitas tribos o cachorro chegou antes do homem branco, o instrumento de ferro também, que é uma preciosidade incrível, passando de tribo para tribo, chegou. Muitas tribos foram procurar contato com os brancos como os "donos do ferro", a gente que tinha essa "super pedra", prodigiosa, duradoura e fantástica, que é o ferro, a que para o nativo é uma surpresa formidável. (...) a conquista das Américas pelo europeu foi feita sobretudo pelas pestes europeias, pelas enfermidades que eles traziam. O mundo africano, asiático e europeu, era um mundo só de contágio e todas as pestes andavam por ali. Tuberculose, sífilis, gonorreia, uma quantidade enorme de doenças circulavam por ali. A redução da população nativa americana por efeito das doenças e da escravização inicial foi de fator 25, ou seja, onde existiam 25 pessoas, depois de 1 século ficou apenas uma. E essa é proporção que também ocorre no Brasil, quer dizer, uma depopulação tremenda, porque, gente que não conhecia nem cárie dentária, no momento em que encontra com a civilização, é o apodrecimento dela. O nativo, depois de um século, é um mulambo de gente. 4 fonte - *“História Da Civilização Brasileira”. Sob a direção de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) Data: 01/01/1978 Quanto a esse último ponto, conhece-se pelo menos um documento insofismável, que é a carta, já lembrada, de Pero Vaz de Caminha, o mais valioso, incomparavelmente, dos depoimentos que nos ficaram de testemunhas diretas do Descobrimento. Não se pode afirmar, e nem negar, que, destinado a escrivão da feitoria de Calecute, na índia, já exercesse seu autor cargo idêntico na frota. De qualquer modo, seu depoimento, longe de constituir um relatório seco e burocrático, é a animada descrição do primeiro contato entre o europeu e a terra incógnita. Ao longo de vinte e sete páginas do venerando texto surpreende-se, num flagrante vivaz e colorido, a visão inaugural da terra do Brasil. Para começar, os marinheiros quinhentistas apresentam-se, aqui, em sua quotidiana simplicidade: homens de carne e osso, não estátuas de bronze ou mármore. Um deles, Diogo Dias, irmão de Bartolomeu, surge lado a lado com os Tupiniquins do Porto Seguro, procurando bailar ao jeito deles e ao som de uma gaita. Por ser homem “gracioso e de prazer”, torna-se serviçal aos navegantes, atenuando ou dissipando a natural esquivança do gentio. E não é, o seu, um caso isolado. O próprio Pedro Álvares surge aqui e ali, junto aos moradores da terra, folgando entre eles. Só em dada ocasião parece contrair a fisionomia. E quando um índio velho, tendo tirado do próprio beiço o tembetá de pedra verde, insiste em metê-lo na boca do capitão. Esse primeiro encontro das duas raças é o mais cordial que se poderia esperar. O europeu apresenta-se certamente cauteloso, fugindo a fazer o menor gesto que possa interpretar-se como provocação. O índio, de sua parte, mostra-se acolhedor, embora com algumas reticências e reservas - as mesmas reservas que jamais deixará de manter, através dos séculos, em face do branco invasor. É a atitude normal em tantos povos primitivos, de quem vê, continuamente, no estrangeiro, um eventual inimigo. Desconfiados, inconstantes, dissimulados... — não são outras as expressões que os próprios catequistas hão de utilizar depois para a descrição do gentio da terra. Essa volubilidade não escaparia ao nosso mais antigo cronista. Levados para bordo da capitânia, onde são mimados e acolhidos com presentes, os Tupiniquins que tiveram esse privilégio não dão mais sinal de si, uma vez trazidos a terra. Outros escondem-se assustados, à presença de um branco, mesmo quando, momentos antes, pareciam confiantes e expansivos. Nisso não se mostram diferentes dos pardais diante de uma armadilha, declara-o Caminha. E nota ainda, a propósito, que ninguém ousava falar-lhe de rijo para que não se esquivassem ainda mais. Apesar de tudo, não haveria nenhum obstáculo insuperável à sua conversão e domesticação: “... essa gente”, escreve, “é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho que lhe queiram dar”. O Padre Manuel da Nóbrega, cinqüenta anos mais tarde, dirá a mesma coisa em outras palavras, comparando os índios ao papel branco, onde tudo se pode escrever. O espírito de imitação, que tantas vezes tem sido apresentado como traço de caráter comum a todos os nossos índios, também transparece com nitidez dessa descrição da segunda missa no Brasil: “E quando veio ao Evangelho, que erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim até acabado; e então tomaram a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos, com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que certifico a Vossa Alteza nos fez muita devoção.” Uma página, entre todas as da carta, merece particularmente ser guardada. E aquela onde se pinta a cena da apresentação de dois índios a Cabral, a bordo de um navio da frota. O diálogo dos gestos, que nesse [Páginas 59 e 60] 5 fonte - *Os três únicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Paulo Roberto Lacerda Data: 01/01/1999 Já em sua carta Pero Vaz de Caminha narra que “Muitos deles [os indígenas] vinham ali estar com os carpinteiros. E creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que a faziam do que por verem a Cruz, porque eles não tem coisa que de ferro seja, e cortam sua madeira e paus com pedras feitas como cunhas, metidas em um pau entre duas talas muito bem atadas e por tal maneira que andam fortes, segundo diziam os homens”. [p.50] 6 fonte - “Quem descobriu o Brasil? Sancho Brandão?”. Blog Mistérios do Mundo2000.blogspot.com Data: 31/05/2015 No mapa de Pero Vaz Bisagudo também apresenta a "ilha" do pau-brasil na distância de 1550 milhas do Cabo Verde. O bacharel João Martim, cosmógrafo e médico da esquadra de Cabral, em carta ao rei de Portugal, datada de 1 de maio de 1500, indica ao seu soberano procurar o "Mapa Bisagudo", que era muito antigo, diz ele, e onde se encontraria a localização verdadeira da terra na qual Cabral aportara, vejamos o texto original: "Quanto, Senor, el sytyo desta terra mande vosa alteza traer um mapamundi que tyene pero vaaz bisagudo e por ahi podra ver vossa alteza el sytyo desta terra, em pero aquel mapamundi non certifica esta terra ser habytada ou no: és mapamundi antiguo." Ou seja, a esquadra de Cabral não apenas estava se deslocando intencionalmente para o ocidente, aniquilando por completo a mentira de que estaria tentando contornar a África para chegar à Índia, como também conhecia a localização da América do Sul, o seu destino verdadeiro. 7 fonte - *“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8 Data: 01/01/2016 cotidiano, a igreja sempre teve um problema com a catequese dos nativos, era a justificativa para a colonização. Quando o Papa Alexandre VI dividiu o mundo a ser descoberto, entre Portugal e Espanha, a justificativa era descobrir o "gentio", catequiza-los e expandir a cristandade. Não tratava-se apenas da expansão do capitalismo. A descoberta do gentio foi a coisa mais notável na Europa da época. Na realidade do mundo, levado em conta, estava dividido em três: os cristãos, os infiéis (muçulmanos) e os judeus. De forma geral, aos infiéis, é a guerra, os judeus são aqueles que que não aceitaram o último de seus Messias, de seus profetas. Estes assumiam tarefas que eram proibidas aos cristãos,como cobras juros, o comércio do dinheiro. O que causava ainda mais preconceito. Quando há a descoberta da América, foi uma loucura, pois os nativos não eram judeus, cristãos ou muçulmanos. E estavam nus, portanto só poderiam estar descobrindo o "gentio" no Paraíso, por isso andavam nus. Este é o tema de um dos mais belos livros de história do Brasil: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda. Enquanto todos procuravam os motivos econômicos... Isso pode ser visto na carta de Pero Vaz de Caminha. São doze páginas, fantásticas, nas quais ele volta sete vezes a palavra nudez: "Estavam nus! Não cobriam as suas vergonhas!" 8 fonte - História da Odontologia. Escrito por Haroldo Cauduro – Fundador da RGO. Consultado em rgo.com.br Data: 11/01/2019 Nossos índios já realizavam tratamento dentário quando o país foi descoberto e se desconhece desde quando essa prática era usada. Documentos indicam que eles tinham bons dentes. Sera que podemos sentir uma ponta de inveja dos habitantes do Brasil nos idos 1500? A carta de Pero Vaz de Caminha descreve; “habitantes com bons rostos, o que pode indicar dentes sadios e bonitos”. Crânios encontrados em Lagoa Santa (MG), em região litorânea de São Paulo e do Paraná, acrescentadas as observações dos primeiros colonizadores indicavam que os índios tinham dentes bem implantados e com pouquíssimas cáries, mas acentuada abrasão, causada pela mastigação de alimentos duros. A tribo Kuikuro, do norte do Mato Grosso, preenchia as cavidades dentárias com resina de jatobá aquecida, que cauterizando a polpa, eliminava a dor e funcionava como uma obturação depois de endurecida. Os indígenas acumularam através das gerações, o conhecimento e efeitos das plantas medicinais nativas na intervenção das moléstias. Praticavam a odontologia de forma empírica e suas técnicas cirúrgicas eram rudimentares, como extrações com cipós ao primeiro indicio de cárie ou dor. Com a colonização, foram implantadas no Brasil as práticas odontológicas vigentes em Portugal. Na época da criação das capitanias hereditárias, com a chegada das expedições colonizadoras e a formação dos primeiros núcleos de povoação, chegaram ao Brasil artesãos entre os quais se incluíam pessoas que tiravam dentes.
1 fonte - *“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Data: 01/01/1937 Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior: "Quanto, Senoi% al sytyo desta tierra, mande Vosa Alteza traer un napamundj que tjne PERO VAAZ BISAGUDO, e por ay podrra ver Vosa Alteza el sytyo desta tierra; en pero, aquel napamundj non certyfica esta tierra ser habytada, ò no. Es na- pamundy antiguo; e ally f aliara Vosa Alteza escripta tanbyen, etc Fecha en Vera Cruz, a primeiro de Majo de 500." (1) Comprehendemos por este trecho da carta de Méstre João, que em mappa-mundi antigo já constava o perfil da terra brasileira, mas sem a declaração de ser ou não habitada, conforme poderia o próprio Rei verificar chamando a Pedro Vaz Bisagudo, o portuguez que a possuía. Quem seria o autor de tal carta geographica? De que data e de que expedição proviria ella? Não seria esse mappa, o mesmo de André Blanco que se encontra na Bibliotheca de São Marcos em Veneza? Esse é um dos segredos da Historia, que nunca se desvendará talvez, mas que próva a qualidade do descobrimento de Cabral. 2 fonte - Mestre João. Consulta em Wikipedia Data: 18/08/2024
1 fonte - Primeira Missa foi na Páscoa, folha.uol.com.br Data: 26/04/2020
1 fonte - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil Data: 01/03/1587 Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia; e para solenidade desta posse plantou este capitão no mesmo lugar um padrão com as armas de Portugal, dos que trazia para o descobrimento da Índia para onde levava sua derrota.
1 fonte - *Historia da America Portugueza de Sebastião da Rocha Pita (Pitta) Data: 01/01/1730 Sobre o Descobrimento do Brasil em 1500, Rocha Pita vem reforçar a corrente que defendia o descobrimento não intencional. Nas suas palavras, uma tempestade terá desviado a frota, “[...] perdidos os rumos da navegação, e conduzidos da altíssima Providencia, mais que dos porfiados ventos, na altura do Polo Antartico, dezaseis grãos, e meyo da parte do Sul, aos vinte e quatro de Abril, avistou ignorada terra, e já mais surcada costa”. Para o reconhecimento do espaço como no aumento da própria fé cristã, Rocha Pita indica-nos que D. João III “[...] empenhou o seu Católico zelo na empreza, assim das terras, como das almas do Brasil” 2 fonte - *Geographical, statistical, and historical map of Brazil, Depot de la Guerre Data: 01/01/1825 3 fonte - Pontos Históricos de Porto Seguro e do Descobrimento do Brasil [E as Contradições quanto ao descobrimento]. Joaquim Augusto (Portal Viajar) Data: 15/06/2023 Os pontos históricos de Porto Seguro envolve um marco da história brasileira, o descobrimento do Brasil pelos portugueses. No entanto, não podemos esquecer que essa parte do Brasil era habitada pelos povos tupis, que chegaram bem antes dos portugueses. Mas vamos nos ater aos fatos históricos documentados. Local onde os portugueses chegaram ao Brasil, ou não? Primeiramente, a data oficial que o navegador Pedro Alvares Cabral avistou terra firme foi em 22 de abril de 1500. Data em que sua frota avistou o Monte Pascoal, localizado a aproximadamente 62 quilômetros de Porto Seguro. Entretanto, os portugueses só desembarcaram nas terras tupiniquins (tribo de índios que habitavam essa região) em 24 de abril de 1500, e ponto de desembarque não é preciso e tão pouco debatido por historiadores. No entanto, o governo brasileiro decretou que o local do primeiro encontro entre os indígenas e os portugueses foi no distrito de Coroa Vermelha, local onde foi rezada a primeira missa no Brasil. Porém, apesar da placa do governo brasileiro, existe algumas teorias que defende que o português Duarte Pacheco Pereira chegou ao litoral brasileiro antes de Pedro Alvares Cabral, entre novembro e dezembro de 1498 (2 anos antes).
1 fonte - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás Data: 01/05/1500 2 fonte - Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral Data: 09/07/1501 Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.” Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel: “[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão. É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001.A mítica Ilha de São Brandão, por ele atingida após 40 dias e noites de navegação, aparece às vezes na forma de um arquipélago, como no mapa de André Benincasa de 1467, que inclui certa ilha do Brasil ou Braçile, também referida em 1367 na carta marítima de Pizzigano, que inclui a Ysola de Braçir entre as chamadas ilhas Benaventuras. 3 fonte - Carta do Piloto Anônimo Data: 27/07/1501 4 fonte - Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico, narrando-lhe as viagens portuguezas á India desde 1500 até 1505, reimpressa sobre o prototypo romano de 1505* Data: 01/10/1505 Da dita armada foi Capitão General Pedro Alvez Cabral. Navegando elle além do Cabo Verde descobriram uma terra que novamente veiu à noticia d´esta nossa Europa, à qual terra puz o nome de Santa Cruz: e isto foi porque na praia arvorou uma cruz muito alta. Outros chamam-lhe terra nova ou novo mundo. Esta terra aonde elles fundearam é situada além do Tropico do Cancro em xum grãos; pois os marinheiros com seus quadrantes e astrolabios tomaram a altura; porque sempre navegam para aquelles mares com instrumentos astrologicos. 5 fonte - *João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 De seu lado, a família dos tupis, considerando-se a nação privilegiada, disputava a todas as outras e hegemonia; e, pois, eil-a dividida em tupi-nà-abá e em tupi-nà-ki, procurando expansões, desde a foz do rio Xingú, no Amazonas, até a serra Ibiapaba, depois de terem atravessado os rios Araguaya e Tocantins, a serra dos Crixás e as chapadas das Mangabeiras. Da serra ibiapaba expulsaram os taba-jaras; e, após anos, dai espalharam-se em tribos para a conquista da costa meridional, até Cananéa, fazendo estações mais ou menos demoradas em lugares abundantes de peixe e de caça. Foi por isso, que no tempo da descoberta, impelidos para o sertão os taba-jaras e os teremembés, os tupis foram encontrados senhores do litoral, desde Ibiapaba até a foz do rio de São Francisco; e, daí, os tupi-nà-kì haviam continuado a migração até Cananéa. Os carib-óca, seus inimigos, que bem os conheciam, nomeavam por tupi-nà-kì também os goiá-nà (*); sem embargo de alguns cronistas considerarem tapuya os mesmos goiá-nà, alegando para isso falsas razões tiradas da desinência comum á denominação de outras tribos da mesma nação. E tupi-nà-kì foram os que receberam em 1500 o descobridor Pedro Alvares Cabral, segundo o afirma os cronistas em geral. O padre Fernão Guerreiro, na sua obra supra-citada, correspondente aos anos de 1606 e 1607, edição de Lisboa - 1609, referindo-se a uma carta do padre missionário Jeronymo Rodrigues, menciona a denominação tupinachins como dada pelos carijós aos goiá-nà. Essa denominação é a mesma tupi-n-ikis, que, segundo alguns, significa "tupi vizinho"; e em tal sentido teria sido empregada. Mas, não é aquele significado; sim, o de "tupi parente ruim", porque goiá-nà é produto cruzado com tupi, assim como tupi-nà-kì, "espinho". De fato,depois de chegarem ao Cabo-Frio, esses tupis, acompanhando o litoral, são encontrados entre Itanhaen e Cananéa, e em Pirá-tininga, como escreveu frei Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a história da capitania de S. Vicenete, I, 136. Alguns cronistas só iam confundir essas denominações e até as tribos indígenas, como vê-se na mesma obra de frei Gaspar da Madre de Deus, I, 137 e 138; mas, neste ponto, coincidem todas as narrações para afirmarem a existência de tupis, no litoral, desde o rio Iriri-piranga até a lagoa dos Patos. A carta-memória de Diogo Garcia, 1527, referindo o encontro de um Bachiller (bacharel) em um lugar aos 24 graus sul, acrescentava: ... "y esta una gente ali con el Bachiller que comen carne umana y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llman Topies." E com referência aos carib-óca, escreveu adiante: "... un rio que se llama el rio de los Patos que está a 27 grados, que ay una buena generacion que hacen mui buena obra á los cristianos, e llamanse los Carrioces..." [Páginas 298 e 299] 6 fonte - *"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú) Data: 01/01/1934 7 fonte - José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)* Data: 01/11/1977 agora o que eu queria assinalar é isso, desses grupos agrícolas, havia pelo menos 4 ordens de tribos importantes: os tupi-guaranis, os aruaques, os caribes e os Jê. Desse povos todos, o mais interessante para nós brasileiros são os tupi-guarani, porque nós somos herdeiros do tupi-guarani. Nós, de certa forma,somos tupi-guarani. Foi com os tupi-guarani que nós aprendemos a ser. Foram eles que os portugueses encontraram aqui na costa. Foram eles que nos deram os nomes para a terra. Quando a gente fala o nome das pedras, o nome dos bichos, o nome das plantas, nós estamos falando Tupi. 8 fonte - *“História Da Civilização Brasileira”. Sob a direção de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) Data: 01/01/1978 9 fonte - *O Povo Brasileiro. Autor: Darcy Ribeiro Data: 01/01/2001 Darcy Ribeiro: "Ninguém sabe como o mundo vai ser daqui 50 ha anos só sabemos de uma coisa será totalmente diferente do que é hoje alguém podia imaginar quando acabou a guerra que o mundo ia mudar tanto é uma reinvenção do mundo que o mundo desenvolvido está fazendo então a coisa mais importante dos brasileiros presta atenção o mais importante é inventar o Brasil que nós queremos." (...) "Antes do Brasil existir como é que era o mundo? O Brasil nasce sobre o signo da utopia a terra sem males a morada de Deus. Há mil anos atrás, lá pelo ano 1000, existem cartas que falam de uma ilha Brasil, isso significa que o nome Brasil não vem do pau-brasil, não. Isso aqui era a ilha Brasil que alguns navegantes sabiam, mas um dia os portugueses precisaram fazer uma descoberta oficial, mandando até um escrivão do cartório, declarar no cartório, que foi descoberto. Isso foi em 1500, mas pré existia há muito, fisicamente, biotericamente e humanamente. Humanidade indígena, humanidade diferente, de uma gente que agradecia a Deus o mundo ser tão bonito, que existia para viver a vida para gozar a vida a finalidade da vida era viver." 10 fonte - A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante Data: 31/10/2016 O tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI. (...) Quando ouvir dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Em São Paulo, até o começo do século passado, era possível escutar alguns caipiras contando casos em língua indígena. No Pará, os caboclos conversavam em nheengatu até os anos 40. Mesmo assim, o tupi foi quase esquecido pela História do Brasil. Ninguém sabe quantos o falavam durante o período colonial. Era o idioma do povo, enquanto o português ficava para os governantes e para os negócios com a metrópole. “Aos poucos estamos conhecendo sua real extensão”, disse à SUPER Aryon Dall’Igna Rodrigues, da Universidade de Brasília, o maior pesquisador de línguas indígenas do país. Os principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados a partir de 1930. A própria origem do tupi ainda é um mistério. Calcula-se que tenha nascido há cerca de 2 500 anos, na Amazônia, e se instalado no litoral no ano 200 d.C. “Mas isso ainda é uma hipótese”, avisa o arqueólogo Eduardo Neves, da USP. Três letras fatais Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística. (...) O começo do fim - Ascensão e queda de um idioma - Século XVI (1501-1600) O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. Em vermelho, você vê os grupos tapuias, como os goitacás do Rio de Janeiro, os aimorés da Bahia e os tremembés do Ceará, que viviam em guerra com os tupis. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani. 11 fonte - Gaspar da Gama: um judeu no descobrimento de Brasil Data: 18/12/2019 Então, um batel, escaler, é lançado da nau capitania, e nele está Nicolau Coelho, com seu sombreiro com uma pena. É um veterano da conquista da Índia, havia viajado apenas dois anos antes junto com Vasco da Gama. Quatro marujos, quatro marinheiros estão remando. Dentre eles há um escravo vindo de Angola e um grumete vindo da Guiné. E junto, um homem alto, misterioso, de barba branca, vestido também de branco, de linho, com uma touca na cabeça. Esse homem vinha da Índia, mas não era indiano. Ele falava, se supõe, pelo menos dez línguas. 12 fonte - *O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente Data: 01/01/2020 Com a chegada lusa ao Brasil, a narrativa em torno de Tomé torna-se mais interessante na medida em que também aí se começa a ventilar a possibilidade de sua passagem por terras brasileiras.Relatos de viajantes dando conta de pegadas no interior do continente e da presença de um deus entre os índios chamado de Sumé começam a circular e a dar contorno a um mito globalista acerca da figura de São Tomé. Tomando a narrativa como verdadeira para justificar a presença colonizadora, chegava-se à perspectiva de que todos os povos entre a Índia e a América pudessem ter tido um contato com a Boa Nova por intermédio de São Tomé. 5 5 - Tal perspectiva possui continuidade com a literatura produzida já no século XX por missionários cristãos, não necessariamente provenientes da Igreja Católica, como o canadense Don Richardson, que publicou nos anos 1980 O fator Melquisedeque, também justificando a missionação e a presença do Deus cristão em todas as culturas do mundo. Sobre Tomé, Richardson (2008, p. 228) escreve: “Tomé, diz a tradição, permitiu que a última linha da Grande Comissão o levasse à ‘Índia’. Naqueles dias, a palavra ‘Índia’ significava tudo o que estava a leste da Síria; porém a evidência indica que Tomé pode ter alcançado até a região de Madras, que fica na extremidade sul da Índia propriamente dita. Várias igrejas muito antigas nessa região se dão o nome de Mar Toma. O nome Toma talvez seja derivado de Tomé”. 13 fonte - Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti Data: 01/05/2020 14 fonte - “Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda Data: 10/11/2022 BRASIL CONHECIDO NA CARTA DE CAMINHA E NA DE CABRAL. Nada divulgada, conhece-se passo da carta de Cabral a el-rei, motivada pelo achamento do que veio a ser o Brasil. Caminha e Cabral sabiam da existência do Brasil; este possivelmente já cá estivera antes de 1500. A famosa carta foi, provavelmente, relatório para o rei, encomendado; a informação do passo com mesóclise é de que a agricultura prosperava e a água doce abundava: é aceitável presumir que secretamente haviam vindo povoadores antes de 1500; pelo menos, em Pernambuco houve (talvez em 1500 houvera) feitoria portuguesa em 1490. Como explicar a indiferença de Caminha diante do descobrimento da “nova” terra ? Ele sabia-lhe da existência. E os dois degredados que cá ficaram, os dois grumetes que desertaram, os tais dezoito outros que desertaram também —foram reunir-se aos índios ou a compatriotas seus? Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel: “[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão. É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001. Caminha é explícito em que Nicolau Coelho estivera no Brasil antes de 1500. As primeiras investigações relativas ao conhecimento do Brasil anteriormente a 1500, pelos portugueses, deram-se no Instituto Histórico Brasileiro, em 1852, com a produção de interessantes monografias, em que o brasileiro Joaquim Norberto de Sousa coligiu várias pistas. De então a esta parte, inúmeros indícios acumularam-se, dentre eles o exame náutico da carta de Caminha e a singradura da frota de Cabral, efetuda pelo mareante Fernando Lourenço Fernandes (Descobrimento do Brasil. A Armada de 1500 e as Singularidades de Arribada na Escala do Atlântico Sul. Latitudes, número 9, setembro de 2000, p. 3 a 9.). De começo, a terra chamou-se Ilha de Vera Cruz, do que alguns inferem julgarem os portugueses ser isto ilha e não continente; ao tempo, contudo, ilha significava terra ignota, inexplorada, fosse ilhoa ou continental, e não o que hodiernamente chamamos ilha. São inúmeros os indícios da presença portuguesa no Brasil antes de 1500, averiguados alguns já ao tempo de Bóris Fausto e Sérgio Buarque de Holanda e antes deles; outros, posteriormente a eles : o conhecimento não se deteve em suas obras, ao revés; até eles próprios, se houvessem lido competentemente a carta de Caminha (como outros o fizeram) ter-lhe-iam reconhecido vários indícios de que afirmo. 15 fonte - SANTOS E ÍCONES CATÓLICOS: História de Nossa Senhora da Esperança, consultado em cruzterrasanta.com.br Data: 04/04/2023 Um dos ilustres devotos de Nossa Senhora da Esperança em Portugal foi Pedro Álvares Cabral. Ele tinha uma linda imagem da Santa em sua casa. Cabral levou-a consigo na sua grande viagem de descoberta do Brasil. Assim, o Brasil foi descoberto sob a proteção de Nossa Senhora da Esperança. Esta imagem histórica mostra-nos a Virgem Maria tendo o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo. Este, aponta para uma pomba que está no braço direito de Maria. Esta imagem está, hoje, na cidade de Belmonte, em Portugal. Foi colocada numa capela onde Pedro Álvarez Cabral foi batizado. Em 1955 ela foi trazida ao Brasil por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional do Rio Janeiro. 16 fonte - “Como surgiu mito de que o Brasil foi descoberto sem querer”. Edison Veiga Role, De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil Data: 21/04/2023 17 fonte - A CURIOSA HISTÓRIA DOS DEGREDADOS DE PORTUGAL TRAZIDOS PARA O BRASIL, Fernando Coutinho em Grupo "História do Brasil" Data: 06/05/2023 Boa parte dos europeus que se mudaram para o Brasil no século 16 não teve a menor escolha. Eram condenados ao exílio. Muitos, porém, foram fundamentais para a construção do País. A expedição de Cabral, que chegou ao Brasil em 22 de abril de 1500, deixou os primeiros moradores europeus no Brasil. Foram quatro homens. Dois tinham sido condenados ao exílio. Seus nomes eram Afonso Ribeiro e João de Thomar. Eles deveriam “andar com os índios e saber de seu viver e das suas maneiras”. Os outros dois que ficaram por aqui eram marinheiros. Eles simplesmente gostaram do que viram, e decidiram ficar: desertaram da expedição na véspera da partida da frota em direção à Índia. Afonso e João foram, por incrível que pareça, bem recebidos pelos indígenas, que os teriam consolado ao ver tanto choro e tristeza. Os dois homens ganharam, algum tempo depois, o direito de dormir entre os indígenas. Costumava-se ensinar nas escolas, que o Brasil foi colonizado pela escória. Sabemos hoje que não é nada disso. O código de leis de Portugal no século 16 não mandava quase ninguém para a cadeia. Eram, basicamente, a pena de morte, degredo ou trabalhos forçados. 18 fonte - Dúvida - Tinha incas no Brasil? Se não, por quê não quiseram dominar os povos luso-brasileiros? brasilescola.uol.com.br Data: 07/06/2023 Resposta de Ludivik Eduardo Silva De Paula Não existiam povos incas no Brasil. O Império Inca estava localizado na região dos Andes, na América do Sul, abrangendo parte do atual Peru, Bolívia, Equador, Chile e Argentina. Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, quando o Império Inca ainda não havia expandido seu território para a região. Além disso, as rotas comerciais e de navegação dos incas estavam concentradas nas áreas andinas, e não incluíam o Brasil. Mesmo que houvesse interesse em dominar os povos luso-brasileiros, a distância geográfica e as diferenças culturais e linguísticas tornariam essa tarefa muito difícil para o Império Inca. Além disso, o Império Inca já enfrentava desafios internos e conflitos com outros povos da região, o que pode ter limitado sua capacidade de expansão. 19 fonte - Tupinambás, Pensar a História Data: 15/06/2023 Os Tupinambás foram os primeiros indígenas com quem os portugueses tiveram contato quando desembarcaram no Brasil em 1500. A organização social, os hábitos e rituais religiosos dos nativos impressionaram enormemente os colonizadores e viajantes — sobretudo as práticas ritualísticas antropofágicas, que moldariam a visão do "homem selvagem" presente no imaginário europeu. Os rituais Tupinambás se tornaram objeto das crônicas de Hans Staden e Jean de Léry e foram difundidas pelas xilogravuras de Théodore de Bry, alimentando a curiosidade sobre o "exótico Novo Mundo". A fim de saciar a curiosidade dos europeus, dezenas de Tupinambás foram retirados de suas aldeias e enviados para a Europa. Em 1550, por exemplo, um séquito de 50 Tupinambás foi enviado para a França para servir de "atração" aos festejos da chegada do rei Henrique II à cidade de Rouen. A fascinação pelo "exótico" também alimentou o comércio dos artefatos produzidos pelos Tupinambás. Tacapes, coifas e colares de concha se tornaram itens muito apreciados por colecionadores europeus. De reis e príncipes aos burgueses enriquecidos com o comércio de especiarias, todos queriam objetos que remetessem aos Tupinambás. Os suntuosos mantos emplumados utilizados pelos Tupinambás em cerimônias religiosas e festividades, entretanto, eram os artefatos mais cobiçados. Os mantos Tupinambás eram objetos sagrados, reservados ao uso do pajé, reconhecido como mediador entre o mundo dos homens e o mundo dos "encantados" — os espíritos vivos que habitam as florestas. Possuíam uma fatura esmerada, com uma malha finamente trançada com fibras naturais, geralmente algodão ou tucum, reforçada com cera de abelha. A plumagem era vívida, predominantemente escarlate, constituída por milhares de penas de araras, araúnas, guarás e periquitos. Além da beleza, os mantos Tupinambás evocavam os rituais antropofágicos, que tanto intrigavam os europeus. O fato de que o traje Tupinambá era reservado ao uso do pajé também permitia paralelos com os "mantos reais" dos monarcas europeus, contribuindo para sua conversão em símbolo de status. Obras de arte produzidas no período atestam o fascínio que os mantos exerceram sobre as cortes europeias. 20 fonte - Pontos Históricos de Porto Seguro e do Descobrimento do Brasil [E as Contradições quanto ao descobrimento]. Joaquim Augusto (Portal Viajar) Data: 15/06/2023 Os pontos históricos de Porto Seguro envolve um marco da história brasileira, o descobrimento do Brasil pelos portugueses. No entanto, não podemos esquecer que essa parte do Brasil era habitada pelos povos tupis, que chegaram bem antes dos portugueses. Mas vamos nos ater aos fatos históricos documentados. Local onde os portugueses chegaram ao Brasil, ou não? Primeiramente, a data oficial que o navegador Pedro Alvares Cabral avistou terra firme foi em 22 de abril de 1500. Data em que sua frota avistou o Monte Pascoal, localizado a aproximadamente 62 quilômetros de Porto Seguro. Entretanto, os portugueses só desembarcaram nas terras tupiniquins (tribo de índios que habitavam essa região) em 24 de abril de 1500, e ponto de desembarque não é preciso e tão pouco debatido por historiadores. No entanto, o governo brasileiro decretou que o local do primeiro encontro entre os indígenas e os portugueses foi no distrito de Coroa Vermelha, local onde foi rezada a primeira missa no Brasil. Porém, apesar da placa do governo brasileiro, existe algumas teorias que defende que o português Duarte Pacheco Pereira chegou ao litoral brasileiro antes de Pedro Alvares Cabral, entre novembro e dezembro de 1498 (2 anos antes). Além disso, você quer saber o que fazer em Coroa Vermelha, além da parte histórica, clique aqui e confira o artigo com todas as dicas. Certamente que a Cidade Alta de Porto Seguro, nome dado a cidade histórica, é uma das mais antigas do Brasil. O marco do descobrimento foi instalado na cidade alta no ano de 1506, ou até antes, não se sabe precisar as data. A cidade histórica foi fundada em 1534 por Pero de Campos Tourinho, depois, no ano de 1535, foi construída a Igreja Matriz Nossa Senhora da Pena. Em seguida, Pero continuou as construções de casas, do forte, capela e armazéns. No entanto, o povoamento da cidade alta iniciou-se em 1626 com Cristóvão Jacques, com finalidade de vigilância da costa brasileira. Dados extraídos do site do IBGE. Com toda a certeza, a cidade histórica de Porto Seguro é local obrigatório para visitação, confira o artigo com tudo sobre a cidade histórica. Por outro lado, Arraial d’Ajuda só teve sua colonização devido ao milagre das águas. Em síntese, o fato foi narrado pelo pregador jesuíta José de Anchieta: "Sonoro brando sussurro da água que milagrosamente jorrou de uma fonte, fora do frontispício da igreja, ao pé de uma frondosa árvore, quando Padre Francisco Pires celebrava ali o santo sacrifício da missa.” E mais, a igreja citada é a de Nossa Senhora d’Ajuda. Nome dado em homenagem à Tomé de Souza e aos primeiros jesuítas que chegaram ao local em 1949. Tomé e sua tripulação chegou em 3 embarcações: Conceição, Salvador e, e, e, e… Ajuda. Dessa maneira, surgiu o nome de Arraial de Nossa Senhora d’Ajuda, abreviado para nossa famosa e aconchegante Arraial d’Ajuda. Outra coisa, antes do milagre das águas, só existia uma capela de palha e plantação de cana no local. Hoje os dois pontos turísticos famosos de Arraial é a fonte, de onde a água supostamente brotou, e a Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda. Além do mais, atrás da igreja tem um lindo mirante. Outra contradição histórica luso-brasileira é que, segundo o Capitão Max Guedes, foi no rio dos Frades, em Trancoso, que as caravelas de Pedro Alvares Cabral chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500. Mas deixa os historiadores discutirem, porque o local é lindo e ficou desconhecido por muito tempo dos turistas. Trancoso foi fundada em 1586, originaria de uma aldeia jesuíta chamada São João Batista. A fundação foi em volta do “Quadrado de Trancoso”. Esse local abriga casinhas coloridas e a igreja de São João Batista, datada do século XVII. Friso ainda que, as casinhas do Quadrado, funcionam como restaurantes. Além disso, até hoje, não possuem energia elétrica externa que dá um charme todo especial a esse local. E agora viajante, quando você vai para Porto Seguro? Qualquer dúvida, escreve aqui nos comentários. 21 fonte - Raríssimo manto tupinambá que está na Dinamarca será devolvido ao Brasil; peça vai ficar no Museu Nacional. Por Isabel Seta, g1 Data: 28/06/2023 22 fonte - Como um vulcão (inativo) pode mudar a história do Brasil. Por Pedro Spadoni, em olhardigital.com.br Data: 22/04/2024 Onde o Brasil foi descoberto? Se você for curioso e jogar a pergunta no Google (ou gostar de História e puxar na memória), provavelmente topará com uma resposta que vá nesta linha: Pedro Álvares Cabral desembarcou em Porto Seguro, no litoral sul da Bahia, em 22 de abril de 1500 – ano em que “descobriu” o Brasil. Mas há quem discorde da parte geográfica desta história, graças a um vulcão inativo. Antes, contexto: a “versão oficial” da história se baseia num documento considerado uma espécie de certidão de nascimento do Brasil: a carta escrita por Pero Vaz de Caminha (1450-1500), integrante da comitiva de Pedro Álvares Cabral (1467-1520), para comunicar ao rei lusitano dom Manuel 1º (1469-1521) o “achamento” de novas terras, conforme publicado pela BBC Brasil. Nesta carta, Pero Vaz de Caminha descreve um monte. A “versão oficial” considera que o tal monte é o Monte Pascoal, na Bahia. Mas diversos historiadores e pesquisadores afirmam que os portugueses avistaram, na verdade, o pico do Cabugi – único vulcão inativo no Brasil que conserva sua forma original, localizado perto do litoral do Rio Grande do Norte. “Toda a condição de vento no Atlântico é favorável à chegada das embarcações de Cabral aqui [Rio Grande do Norte]”, diz a professora de turismo Rosana Mazaro, em entrevista ao jornal O Globo. ‘Terra à vista!’: mas qual terra O primeiro a cantar essa bola foi o historiador (potiguar, diga-se) Lenine Barros Pinto, nos livros Reinvenção do Descobrimento (1998) e Ainda a Questão do Descobrimento (2000). O pesquisador aponta que Cabugi é o Monte Pascoal e o município vizinho de Touros (RN) corresponde à Porto Seguro, onde os portugueses teriam desembarcado pela primeira vez no Brasil. Os argumentos que questionam a “versão oficial” se escoram principalmente nas correntes marítimas do Atlântico. A professora de turismo, que também se diz “navegadora oceânica”, explica: “Depois de Cabo Verde, em oito graus de latitude Norte, você tem área de calmaria. Em seguida, o navegador encontra os ventos alísios e a corrente que cruza Fernando de Noronha, que o jogam violentamente para a costa do Rio Grande do Norte.” Outros dois pontos são cruciais no questionamento à “versão oficial” da chegada de Cabral no Brasil: lagoas de água doce e o marco mais antigo do Brasil. Em relação às lagoas, é assim: Pero Vaz de Caminha descreve, na carta, “a presença de aguada”, segundo Rosana. “O litoral potiguar é repleto de lagoas de água doce, que não é característica de Porto Seguro”; Sobre o marco mais antigo do Brasil (o Marco de Touros), fincado em 1501 na Praia do Marco, em Touros: “No mapa português, consta que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para colocar o segundo marco. A distância é a mesma do Rio Grande do Norte a São Paulo. Se o primeiro marco estivesse em Porto Seguro, na Bahia, o segundo marco teria de ser colocado onde hoje é a Argentina.” Revisando a história do Brasil O engenheiro civil Manuel Oliveira Calvanti acolheu a tese do historiador Lenine Barros Pinto e partiu para Portugal para conhecer mais detalhes sobre a carta escrita por Pero Vaz de Caminha, segundo o UOL. Após a viagem (e dois anos de pesquisa), o engenheiro publicou o livro 1500: de Portugal ao saliente Potiguar (2018), no qual reforça a tese de Barros Pinto com dados baseados na interpretação de relatos dos portugueses. Estive em Portugal, na Torre do Tombo, e averiguei dezenas e dezenas de livros, analisei as correntes marítimas, a plataforma continental, as correntes aéreas, e por aí segue todo o trabalho para demonstrar essa teoria. Manuel Oliveira Calvanti, autor do livro “1500: de Portugal ao saliente Potiguar” 23 fonte - Composição étnica do Brasil. Consulta em Wikipedia Data: 05/08/2024 24 fonte - Liste os 10 eventos mais importantes na história do Brasil Data: 26/08/2025
1 fonte - Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti Data: 01/05/2020
1 fonte - Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti Data: 01/05/2020 As grandes navegações foram empreitadas milionárias de um capitalismo nascente – e deram origem ao mercado financeiro como o conhecemos hoje. Bartolomeo Marchionni tinha uma fortuna de R$ 500 milhões em dinheiro de hoje, e mantinha uma carteira de investimentos bem diversificada. Esse florentino radicado em Lisboa, além de ser dono de um banco em Florença, tinha negócios na costa da África: traficava marfim, ouro e populações escravizadas. Depois ele entraria numa empreitada bem mais arriscada: virou o maior financiador privado da expedição de Pedro Álvares Cabral para a Índia. Você passou a infância ouvindo só um pedaço dessa aventura. Antes de tocar para a Ásia, a frota faria uma escala de duas semanas no lugar onde hoje fica Porto Seguro – atracaram no dia 21 de abril de 1500, no evento que fez com que este livro acabasse escrito em português, e não em espanhol ou holandês. Mas não ficaria só nisso. No caminho entre o litoral baiano e a Índia, a expedição ainda encontraria outra terra nova para os europeus, Madagascar, mas o descobridor oficial aí não foi Cabral, e sim Diogo Dias, capitão do único navio da frota que ancorou por lá. Bom, mais do que uma expedição, aquilo ali era uma megacorporação. Cabral, o jovem CEO de 33 anos, tinha acertado um pagamento de 10 mil cruzados pela empreitada. Convertendo a moeda portuguesa da época para hoje, isso dá R$ 5 milhões. Seus diretores, os capitães dos outros doze navios, ganhavam R$ 40 mil por mês; e cada um dos 1.200 marinheiros, R$ 5 mil. Uma grande empresa, fundada com o objetivo de lucrar com um negócio que prometia ser o mais rentável da história até então: o comércio de temperos orientais sem intermediários.
1 fonte - Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt) Data: 22/06/2022 Embora referida em relação à viagem de Cabral, a expressão “descoberta do Brasil” pode também aplicar-se à chegada da expedição de Vicente Yáñez Pinzón, navegador e explorador espanhol que atingiu o cabo de Santo Agostinho, promontório localizado no atual estado de Pernambuco, a 26 de janeiro de 1500. É a mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro. A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera, a 19 de novembro de 1499. Cruzada a linha do Equador, Pinzón enfrentou forte tempestade, mas, a 26 de janeiro de 1500, avistou o cabo e ancorou as naus num porto abrigado e de fácil acesso a pequenas embarcações, com 16 pés de fundo, segundo as indicações da sonda. Era a enseada de Suape, localizada na encosta sul do promontório, que a expedição espanhola denominou de cabo de Santa María de la Consolación. A Espanha não reivindicou a descoberta, minuciosamente registada por Pinzón e documentada por cronistas da época, como Pietro Martire d’Anghiera e Bartolomeu de las Casas, devido ao Tratado de Tordesilhas. De noite, após o desembarque, divisaram grandes fogueiras queimando à distância, na linha da costa a noroeste.
1 fonte - Pedro Álvares Cabral partiu em sua viagem de retorno a Portugal Data: 16/01/1501 2 fonte - Cabral no Brasil antes de 1500? Por Arthur Virmond de Lacerda Neto Data: 30/03/2020 O mapa de Juan de la Cosa, de 1500, exibe minuciosamente toda a costa leste das três Américas e a América do Sul quase por inteiro na sua porção oeste, prova irrecusável de que todo o oceano Atlântico vinha sendo navegado e suas terras mapeadas desde antes. Cabral possivelmente participou de uma ou de mais de uma expedição sigilosa que resultou na ciência documentada por aquele mapa. [Prof. Arthur Virmond de Lacerda] 3 fonte - Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt) Data: 22/06/2022 A descoberta europeia do Brasil não recolhe unanimidade da parte dos historiadores. Geralmente, é atribuída a Pedro Álvares Cabral, sendo a partir da sua abordagem ao território que a exploração ou colonização se desenvolveu. Mas há outras hipóteses a considerar e com alguma relevância.
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