1 fonte - *“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Data: 01/01/1937
A carta de Pietro Pascuáligo, escripta de Lisboa aos 18 de Outubro de 1501 ao Senado Veneziano narrando a chegada de um dos navios que partiram com Gaspar Corte Real, (M. Sanuto — Diário — Códice Marciano — VII - Pag. 228) mostra como o continente americano éra profundamente conhecido por Corte Real, em contraste com a ignorância de Colombo demonstrada ainda depois dessa data por seu filho e biógrapho, e liga-se com o encontro do marco de pedra encontrado há pouco tempo pelos americanos na praia de Daytona, accusqjido a chegada desse Corte Real, ao continente americano, pela primeira vez, em 1490.
Faz crer também, essa carta de Pascuáligo, que Vespucio andava ligado a essa viagem de Corte Real, visto que a primeira descripção do continente americano feita ao mundo com detalhes e pormenores, foi a desse cosmógrapho florentino, assim como o mappa de Cantino foi o primeiro que ligou os dois continentes americanos num mesmo desenho e numa mesma idéa, mappa esse, como já dissemos, attribuido sem discrepância, ás informações de Vespucio.
Deante desta série de circumstancias históricas, e sabendo-se que em 1492 ou pouco antes, João Fernandes Lavrador e Pero de Barccllos descobriram o ponto do continente americano que até hoje consérva o nome do primeiro (Terra do Lavrador), pouco se pôde reservar a Colombo, a não ser a rutilancia da lenda que o envolveu e o próprio mérito da viagem feita, que trasmittiram o seu nóme á posteridade.
1 fonte - *“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Data: 01/01/1937
Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.
2 fonte - Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt) Data: 22/06/2022
1 fonte - *“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Data: 01/01/1937
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:
“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.”
2 fonte - “Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda Data: 10/11/2022
Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel:
“[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão.
É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001.
3 fonte - Piabiyu Inca-Guarani - Coacaya a Coacaya... Por João Barcellos* Data: 01/09/2023
Da floresta da Paranapiacaba, rio Acutia arriba, passando pela aldeia Guaru, no sopé da Jaguamimbaba, até à foz do Ryo Siará, eis a rota (de sul a nortenordeste) do Império Inca guardada em fase última pelo povo Guarani e suas ramificações geo-linguísticas, como os Guaru e os Kariri.
Em 1342 o capitão Sancho Brandam, da Marinha Mercante lusa, foi apanhado por intensa e prolongada tempestade e arremessado do golfo guineense para a outra banda atlântica: a Ilha do Brasil. Súbito, o capitão Brandam estava ao largo da foz do Ryo Siará, e, desembarcando para consertar o navio, ou os navios, entrou em contato com povos nativos; foi Ryo Siará arriba o encontrou o ´ouro´ da época – um “...páo vermelho para tinta” de melhor qualidade que o ´brasil´ comprado no oriente via Lila Hanseática.
Em entrada triunfal no cais de Lisboa, o capitão Brandam deu a notícia ao rei Afonso IV e, este, em 12 de fevereiro de 1343, enviou carta e mapa ao papa Clemente VI anunciando a descoberta da “Ilha do Brasil, ou de Brandam”. Por isso, o “brazil of oportugal´ é conhecido desde então em todos os cais hanseáticos. Por isso, também, em 1500, uma frota na rota para a Índia fez a volta larga no oceano para fincar o padrão da posse portuguesa sobre a “Ilha do Brasil”, renomeada ali como “Terra de Vera Cruz”.
E assim é que hoje sabemos que da aldeia nativa Coacaya, na foz do Ryo Siará, à Coacaya da serra da Paranapiacaba passando pela Coacaya da serra da Jaguamimbaba, a rota inca-guarani situa-se não somente no Piabiyu a sul, mas de sul a norte-nordeste. Faz-se jus dizer que a Barra do Ryo Siará, na Coacaya, foi e é a ponta do Mundo Novo...
1 fonte - Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico, narrando-lhe as viagens portuguezas á India desde 1500 até 1505, reimpressa sobre o prototypo romano de 1505* Data: 01/10/1505
2 fonte - Gaspar da Gama, consulta em Wikipédia Data: 03/05/2024
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