Fallámos em geral sobre os primeiros povoadores europeus de São Vicente, fallemos agóra em particular, historiando o que se sabe a respeito de cada um. Começaremos pelo genro do "bacharel", Gonçalo da Cósta, para melhor explicar certos factos que vão esclarecer os actos de Martim Affonso, praticados em 1532, dando inicio á colonisação regular de São Vicente.
Gonçalo da Cósta veio para São Vicente em 1510, segundo affirmam alguns autores, onde, pelas alturas de 1520 se uniu a uma das filhas do "bacharel", personagem que já encontrou em terra por occasião da sua chegada, tornando-se desde então o seu braço direito nas lidas a que ambos se applicaram. Esse Gonçalo da Costa, depois de passar uns vinte annos em São Vicente, durante os quaes percorreu toda a cósta sul do Brasil tornando-se um dos maiores conhecedores do "rio da prata" (2), resolveu tornar a Portugal, obtendo para isso, passagem a bordo da "Nossa Senhora do Rosario", nau capitanea da Armada de Diogo Garcia, no anno de 1530.
Segundo alguns historiadores, Gonçalo da Costa teria vindo para São Vicente em 1510, onde por volta de 1520 uniu-se a uma das filhas do Bacharel, a quem já encontrou em terras vicentinas, quando da sua chegada, tornando-se braço direito em todos os empreendimentos do Bacharel.
(...) Pedro Calmon em sua “História do Brasil”, vol 1, pág. 131/132, diz o seguinte:
“Por esse tempo (1520) Aleixo Garcia, português e comparsa de Solís, estabelecido em Santa Catarina, procurava tirar a limpo as fábulas guaranis do Rei Branco”, senhor das montanhas coroadas de gelo. Ramirez e Montes (do número dos onze náufragos da expedição de Solis) não ousaram acompanhá-lo Foram quatro com ele (entre estes o mulato Pacheco) em busca do Rio Paraguai; e há indícios de que vararam o Chaco até as primeiras ondulações andinas, onde os índios chanés lhes deram amostras dos metais usados pelos incas. Voltaram carregando esses objetos, com a idéia, seguramente, de uma corajosa entrada pelos vales, cordilheira acima, até as espantosas altitudes, quando acabaram com eles os paiaguazes. Alguns índios sobreviventes levaram Ramirez e Montes, na costa, a notícia da chacina – que Alvar Nuñez Cabeza de Vaca pessoalmente indagaria, meio quarto de século depois”.
Citamos em geral os povoadores europeus efetivos ou temporários em São Vicente.
Faremos agora uma explanação a respeito de alguns dos mais atuantes, historiando o que nos foi possível levantar, com relação a cada um deles. Para explicar melhor alguns fatos que podem esclarecer alguns atos de Martim Afonso, ao dar início, em 1532, ao povoamento regular de São Vicente e do Brasil, começaremos com Gonçalo da Costa, genro do Bacharel Mestre Cosme Fernandes.Segundo alguns historiadores, Gonçalo da Costa teria vindo para São Vicente em 1510, onde por volta de 1520 uniu-se a uma das filhas do Bacharel, a quem já encontrou em terras vicentinas, quando da sua chegada, tornando-se braço direito em todos os empreendimentos do Bacharel. Gonçalo da Costa passou dez anos aproximadamente em São Vicente e durante esse tempo percorreu toda a costa sul do Brasil, tornando-se um dos maiores conhecedores e exploradores da região do Prata (Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (V. XXIX, pág. 154). Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér, em 1530, que viera, segundo Southey, com um galeão, uma pinaça e um bergantim, trazendo como piloto Rodrigo de Aires.