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RASULTratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha 22/04/1529 1 fontes 1° fonte: Revista do Arquivo Municipal. 30 anos do Departamento do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo De todas as trilhas indígenas que percorriam o planalto a mais célebre é, sem dúvida, o Peabiru. De importância continental, desde remotas eras pré-colombianas essa grande artéria sul-americana unia à costa atlântica a populosa mesopotâmia paraguaia, habitada pelos índios carijós ou guaranis. Formada de um tronco e várias ramificações, uma delas atingia a região vicentina, regularmente freqüentada pelos tupiniquins, moradores do planalto paulistano (PETRONE, p. 35-44). Consistindo numa picada de 200 léguas (1200 km) de extensão, este último ramal, segundo a descrição do Padre Lozano. J., possuía oito palmos de largura (1,76m) e seu leito, forrado por uma gramínea que impedia o crescimento de outra vegetação, apresentava um rebaixamento de 40 centímetros em média em relação ao solo adjacente.
Posteriormente chamada pelos jesuítas de Caminho de São Tomé (identificado com Sumé, o herói civilizador do mito tupi), a famosa trilha permitiu que, em sentido contrário, a partir da costa brasileira os conquistadores atingissem o Paraguai e desse ponto fosse possível alcançar as fabulosas riquezas do longínquo Peru (HOLANDA, 2000, p. 142-144).
Tal fato revela que, naquele tempo, além do intenso desejo dos jesuítas de ir converter os carijós, havia uma fortíssima motivação política e econômica a instigar a penetração lusa em direção à região paraguaia. A questão das Molucas, provocada no Oriente pelos espanhóis, fizera recuar a linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas para o Ocidente. No Brasil, essa linha deveria retroceder também para o Ocidente, de maneira a deixar os mesmos 180º de cada parte. Com esse deslocamento, imaginavam os portugueses, Assunción, cidade espanhola erguida em 1537 no meio dos carijós e à beira do caminho do opulento Peru, certamente passaria à pertencer coroa lusitana, crença compartilhada durante certo tempo pelo próprio D.João III (LEITE, v.1, p. 448 e nota n.6).
Em julho de 1529, a Rainha da Espanha assinou uma carta que permitia a Pizarro conquistar os incas 01/07/1529 1 fontes 1° fonte: Império Inca - império na América do Sul de 1438–1533. Consulta em Wikipédia Os conquistadores espanhóis liderados por Francisco Pizarro e seus irmãos exploraram o sul do que hoje é o Panamá, chegando ao território inca em 1526. Era claro que haviam chegado a uma terra rica com perspectivas de grandes tesouros e, após outra expedição em 1529, Pizarro viajou para a Espanha e recebeu a aprovação real para conquistar a região e ser seu vice-rei. Essa aprovação foi recebida conforme detalhado na seguinte citação:
“Em julho de 1529, a Rainha da Espanha assinou uma carta que permitia a Pizarro conquistar os incas. Pizarro foi nomeado governador e capitão de todas as conquistas no Peru, ou Nova Castela, como os espanhóis agora chamavam a terra."
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