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RASULSesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo 10/02/1533 7 fontes 1° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898) Faço saber aos que esta minha carta vieram que havendo respeito como Ruy Pinto, cavaleiro da ordem de Cristo, servio cá nestas partes Sua Alteza e assim ficou para povoador nesta terra, que com ajuda de Nosso Senhor ficou povoado. Hei por bem de lhe dar as terras do Porto das Almadias onde desembarcam quando vão para Piratinim quando vão desta Ilha de São Vicente, que se chama Apiaçaba, que agora novamente chama-se o porto de Santa Cruz, e da banda do Sul partirá pela barra do Cubatão pelo porto dos outeiros que estão na boca da dita barra, entrando os ditos outeiros dentro nas ditas terras do dito Ruy Pinto. E dai subirá direto para a serra por um lombo que faz, por um vale que está entre este lombo e uma água branca que cahe do alto, que chamam Ytutinga e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca, por as ditas terras não se mete mais de um só vale e assim irá pelo dito lombo acima, como dito é até o cume do serro alto que vai sobre o mar e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados que estão no caminho que vem de Piratinim. E atravessando o dito caminho irá pela mesma serra até chegar sobre o vale Ururay (Seria de certo lá a aldeia de Piqueroby) que é da banda norte das ditas terras, onde a serra faz uma fenda por u ma selada, que parece que fenece por ali, a qual serra é mais alta que outra por ali ajunta e dela que vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cahe uma água branca;do alto desta dita barra desce diretamente ao rio de Ururay, e pela veia d´água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados (...)
João Mendes de Almeida (1831-1898) diz:
O segundo título anda declara: "E, atravessando o dito caminho (de Piratininga, irá pela mesma serra (Paranapiacaba) até chegar sobre o vale de Ururay, onde a serra faz uma fenda por uma selada, que parece que fenece por ali junta, e dele vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cáe uma água branca, e do alto desta dita barra desce direitamente ao rio de Ururay, e pela veia da água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados..." Conforme este título o Ururay fica para a banda do Norte, com referência á barra do rio Cubatão.
A verdade, em suma, é que já naquele século XVI, não existiam vestígios alguns da aldeia Ururay, no vale do mesmo nome, mencionado no título de sesmaria de Ruy Pinto, passado e assinado em 10 de fevereiro de 1533 pelo próprio Martim Afonso, sob o título de Governador das terras do Brasil, e ainda então não donatário.
Ururay, nome de uma serra e de um pequeno ribeiro que ali nasce, era também a denominação da aldeia. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida. Página 352]
2° fonte: Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo De feito, logo depois de ter Martim Afonso de Sousa escolhido o local em que se devia fundar a povoação de São Vicente, a mais antiga d´esta parte da Terra de Santa Cruz, foi seu primeiro cuidado mandar abrir uma estrada que, começando no sítio onde posteriormente se levantou o forte da Estacada, quase defronte o rio de Santo Amaro, junto ao lugar que então servia de ancoradouro ás embarcações, seguia pela praia de Embaré, continuava pela de Itararé e ia finalizar em São Vicente. Tal foi o primeiro caminho que o homem civilizado abriu na província de São Paulo.
No ano de 1560, o governador geral Mem de Sá, visitando a capitania e indo a São Vicente e Paratininga, tomou a picada que, através da serra de Paranapiacaba, era a mais trilhada pelos nativos em seu trajeto para o litoral. Principiava o caminho na raiz da serra, no porto de Santa Cruz do rio Cubatão, denominado primitivamente porto das Armadias, e em terras de Ruy Pinto, e no lanço da serra que atravessava as ingremidades e alcantis de mui difícil acesso.
Compreendeu logo o governador que outro caminho convinha abrir, afim de facilitar a comunicação de beira mar para o interior. Neste intuito dispôs que se abrisse o novo caminho por melhores localidades, encarregando desta tarefa ao padre Anchieta, que de bom grado a desempenhou, aproveitando-se de um trilho feito também pelos nativos, e por ele conhecido, o qual veio a se chamar - caminho do padre José. [Página 265]
3° fonte: História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
4° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.
5° fonte: A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres
6° fonte: “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal.
Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. 21 O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios. [Fernão Cardim (1540-1625)]
7° fonte: Ensaios de Sciencia por Diversos Amadores
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