1° fonte: “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
A sesmaria doada a Pero de Góes era vasta, começando no litoral, no rio Jurubatuba, próximo à atual Piaçaguera, subia a serra, alcançando um rio da banda norte [Anhemby/Tietê], indo até um pinhal na banda do campo do Guapé [localização incerta],
alcançando o caminho que vem de Piratininga [caminho velho do mar], passando pela serra
de Taperovi, na serra do Mar, até chegar no rio de São Vicente536
.
Se o proprietário não a utilizasse no prazo de dois anos, o donatário poderia “dar a
outras pessoas que as aproveitem”, rezava o termo de doação537. Esta cessão foi passada
em Piratininga, a 10 de outubro de 1532, sendo testemunhas João Ramalho e Antonio
Rodrigues, “línguas desta terra já de quinze e vinte annos estantes n’esta terra” e Pedro
Gonçalves, homem d’armas da expedição vicentina.
Tal doação Pero de Góes perdera o original e em agosto de 1549 pediu ao capitão Antônio de Oliveira que lavrasse um novo termo “verbo ad verbum” e que foi passado no livro 1º de Cartas de Sesmarias (Ap. MARQUES, id., p. 267).