Wildcard SSL Certificates
Manuel da Nóbrega1517-1570

1550
Zoom: 0%
CRAZ!HORA!
AntigosRecentesAtualizadosAntigosRecentes

select * from curiosidades where a <> 1 and relacionamentos like '%.p707.%' order by data descselect * from curiosidades where a <> 1 and relacionamentos like '%.p707.%' order by data desc


.  1º de 183   
Revista JCorpus
Setembro de 2025. Atualizado em 24/10/2025 02:40:59
Relacionamentos
 Cidades (1): Itu/SP
 Pessoas (6) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Unhate (1535-1617), Gilson Sanches (n.1962), João Barcellos, Vanderlei da Silva
 Temas (16): Aldeia de Tabaobi, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Cajurú, Caminho do Peabiru, Caucaya de Itupararanga, Cordilheira dos Andes, Judaísmo, Maniçoba, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Pontes, Rio da Prata, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Serra do Mar
Registro mencionado
1. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553
Registros mencionados (5)
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
1575 - J. C. Macedo: palestra, Porto dos Casais [4888]
1578 - Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba” [20363]
16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares [20607]
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]




.  2º de 183   
A contrapelo – escritos sobre a colonização - aterraeredonda.com.br
28 de agosto de 2025, quinta-feira. Atualizado em 02/09/2025 07:20:01
Relacionamentos
 Cidades (1): Coimbra/POR
 Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572)
 Temas (1): Gentios

Registros mencionados (3)
1. Publicado, em Coimbra, De Gestis Mendi de Saa, poema épico de autoria de José de Anchieta, escrito sob a inspiração ou determinação de Nóbrega
1553
2. Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga”
2 de setembro de 1557
3. Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres
8 de maio de 1558
Registros mencionados (3)
1553 - Publicado, em Coimbra, De Gestis Mendi de Saa, poema épico de autoria de José de Anchieta, escrito sob a inspiração ou determinação de Nóbrega [31659]
02/09/1557 - Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga” [21807]
08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]




.  3º de 183   
O sertão primordial e o grande confronto. Por Gustavo Maia Gomes, economista, em inteligencia.insightnet.com.br (data da consulta)
17 de maio de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:18:05
Relacionamentos
 Cidades (3): Cuiabá/MT, Olinda/PE, São Vicente/SP
 Pessoas (7) Cristóvão de Colombo (1451-1506), Francisco Bruza Espinosa, Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro, João de Azpilcueta Navarro, João Ramalho (1486-1580), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (12): Amazônia, Arqueologia, Astronomia, Caciques, Cordilheira dos Andes, Descobrimento do Brazil, Guaianase de Piratininga, Habitantes, O Sol, Ouro, Peru, Rio São Francisco
Registro mencionado
1. Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
14 de setembro de 1551

Em 1551, Manoel da Nóbrega escreveu de Olinda a D. João III: “O governador Tomé de Souza me pediu um padre para ir com certa gente que Vossa Alteza manda a descobrir ouro: eu lhe o prometi, porque também nos releva descobri-lo para o tesouro de Jesus Cristo Nosso Senhor”. A entrada, contudo, somente se iniciou em 1553, quando Duarte da Costa (? -1560) já havia sucedido Tomé de Souza. Seu chefe seria Francisco Bruza Espinosa, um sertanista espanhol sobre quem não parece existir quase nenhuma outra informação.
Registros mencionados (5)
1000 - Diáspora carijó / Migração tumpinambá [24714]
12/10/1492 - “Descobrimento” da América [12192]
01/02/1541 - Espanhol Francisco de Orelhana "descobre" a região hoje formada pelos Estados do Amazonas e Pará* [7936]
03/06/1542 - Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro [15929]
14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]




.  4º de 183   
Quem foram as primeiras mulheres a chegar ao Brasil. Texto: Tiago Cordeiro, consulta em super.abril.com.br
14 de abril de 2024, domingo. Atualizado em 25/10/2025 01:28:44
Relacionamentos
 Cidades (3): Assunção/PAR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
 Pessoas (20) Baltazar Lobo de Souza, Catarina de Áustria (1507-1578), Clemência Dória, Fernão Vaz da Costa (f.1560), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Heitor Furtado de Mendonça, Hernán Cortés de Monroy y Pizarro Altamirano (1485-1547), Inês de Souza, Joana Barbosa Lobo, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Juan de Sanabria e Alonso de Hinojosa (1504-1549), María de Sanabria Calderón (n.1533), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Rodrigo de Argollo (1507-1553), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Sebastião Ferreira, Tomé de Sousa (1503-1579), Vitória Corrêa de Sá (f.1667)
 Temas (6): Baía de Guanabara, Curiosidades, Dinheiro$, Escravizados, Pela primeira vez, Tordesilhas
Registro mencionado
1. Manoel da Nóbrega escreveu uma carta ao rei de Portugal pedindo que o reino enviasse para o Brasil órfãs, ou mesmo mulheres “que fossem erradas”. Pois “todas achariam maridos, por ser a terra larga e grossa”
1 de maio de 1549
Registros mencionados (6)
01/05/1549 - Manoel da Nóbrega escreveu uma carta ao rei de Portugal pedindo que o reino enviasse para o Brasil órfãs, ou mesmo mulheres “que fossem erradas”. Pois “todas achariam maridos, por ser a terra larga e grossa” [7949]
1551 - As primeiras órfãs enviadas para o Brasil foram três irmãs, que chegaram a Salvador [458]
1552 - Caminho [28849]
1553 - Clemência Dória foi trazida para Salvador [471]
1560 - Falecimento de Fernão Vaz da Costa [538]
1581 - Ataque na Baia de Guanabara [682]




.  5º de 183   
A incrível história da indígena que foi a primeira alfabetizada do Brasil. Por Marília Monitchele, em veja.abril.com.br
7 de março de 2024, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 19:16:00
Relacionamentos
 Pessoas (5) Catarina Paraguassú, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Dom Pedro I (1798-1834), Maria Leopoldina de Áustria (1797-1826), erro
 Temas (4): Caciques, Nheengatu, Pela primeira vez, Tupinambás
Registro mencionado
1. Catarina Paraguaçu escreveu uma carta de próprio punho ao padre Manoel da Nóbrega
1561
Registros mencionados (1)
1561 - Catarina Paraguaçu escreveu uma carta de próprio punho ao padre Manoel da Nóbrega [32203]




.  6º de 183   
Volta, volta D. Sebastião - EDUARDO BUENO
28 de fevereiro de 2024, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Alcácer-Quibir/MAR, Ceuta/MAR, Constantinopla/TUR, São Paulo/SP
 Pessoas (17) Abu Abedalá Maomé Almotauaquil, Antônio Conselheiro, Catarina de Áustria (1507-1578), Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Duarte da Costa (1505-1560), Eduardo Bueno, Joana de Áustria, de Espanha ou de Habsburgo, João I de Castela (1358-1390), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Manuel, Príncipe de Portugal (1537-1554), José de Anchieta (1534-1597), Manuel, Príncipe de Portugal (1531-1537), Maria Manuela de Portugal (1527-1545), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Molei Moluco, Pero Lopes de Sousa, Senhor de Alcoentre e Tabarro (f.1578)
 Temas (5): Bíblia, Gentios, Jesuítas, Judaísmo, Tamoios
Registros mencionados (5)
22/08/1415 - Tomada de Ceuta [28078]
02/01/1554 - Falecimento de João Manuel, Príncipe de Portugal (1537-1554), aos 17 anos de idade [483]
20/01/1554 - Nascimento de Sebastião I em Lisboa [19466]
16/06/1557 - Aclamação de D. Sebastião no Paço da Ribeira [510]
01/09/1581 - Para alguns, faleceu D. Sebastião* [687]




.  7º de 183   
Você sabia? Você conhece a verdadeira historia Da paz de iperoig? Fonte: Kauai Ubatuba
14 de Setembro de 2023, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Ubatuba/SP
 Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Konyan-bébe
 Temas (1): Tupinambás
Registros mencionados (1)
14/09/1563 - Um tratado de paz, que não duraria muito, foi firmado e o padre Anchieta deixa a aldeia dos Tamoios, parte da aldeia do chefe Cunhambebe para Bertioga [11954]




.  8º de 183   
São Tomé, o Apóstolo que tocou as chagas – 03 de Julho. templariodemaria.com
3 de julho de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:37
Relacionamentos
 Cidades (2): Coimbra/POR, Salvador/BA
 Pessoas (4) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, João de Azpilcueta Navarro, Martín de Azpilcueta Navarro, Sebastião da Rocha Pita (1660-1738)
 Temas (1): Farinha e mandioca
Registros mencionados (1)
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]




.  9º de 183   
Consulta em tonocosmos.com.br
7 de julho de 2022, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36
Relacionamentos
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
Registro mencionado
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549

Poucos dias após sua chegada aqui, em março de 1549, escrevia:

“Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”.

E, em data posterior, acrescenta:

“Dizem os índios que São Tomé passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas sinaladas com seus dedos. Dizem que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali se abrira o rio e passara por meio dele a outra parte sem se molhar. Contam que, quando queriam o flechar os índios, as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho para onde passasse”.

Constata-se nesse relato do padre Manoel da Nóbrega a intenção missionária de São Tomé, espalhando por estas plagas brasílicas a palavra de Deus, e deixando visíveis as marcas de sua passagem em vários lugares conhecidos.
Registros mencionados (1)
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]




.  10º de 183   
Consulta em Wikwand.com - História do bairro Éden
25 de fevereiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 01:39:19
Relacionamentos
 Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
 Temas (8): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Éden, Sorocaba, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Estradas antigas, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Rio Pirajibú
Registros mencionados (1)
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]




.  11º de 183   
Antonio Penteado Mendonça, em cronicasdacidade.com.br
26 de janeiro de 2022, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:17:58
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (2) Terebê (Maria da Grã) (1520-1578), Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
 Temas (2): Caminho do Mar, Vila de Santo André da Borda




.  12º de 183   
São Tomé Apóstolo, Mártir Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2021. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36
Relacionamentos
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
Registro mencionado
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549

Teria esse apóstolo estado no Brasil, como consta de antiga tradição entre nossos índios, e que é citada em carta de 1549 pelo Pe. Manoel da Nóbrega? Com efeito, diz esse piedoso jesuíta:

Dizem eles [os índios] que São Tomé, a quem chamam de Zomé [ou Sumé], passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia” – (cfr Aleteia em português).
Registros mencionados (1)
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]




.  13º de 183   
“Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora da Ajuda na ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640)”. Diana Magna da Costa
2021. Atualizado em 23/10/2025 17:19:58
Relacionamentos
 Cidades (9): Carapicuiba/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Itanhaém/SP, Itaquaquecetuba/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (19) Alfredo Ellis Júnior (1896-1974), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Belchior da Costa (1567-1625), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Custódio de Paiva, Diogo Ordonhez de Lara (1550-1602), Domingos Afonso, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gaspar Vaz Guedes (n.1560), Gregório Ramalho, Jerônimo Leitão, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Nicolau Barreto, Padre João Alvares, Catarina de Faria, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (24): “o Rio Grande”, Aldeias, Boigy, Caminho até Mogi, Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Embiacica, Epidemias e pandemias, Goayaó, Guaianase de Piratininga, Nossa Senhora D´ajuda, Nossa Senhora da Escada, NS do Carmo de Santos, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Goyaó, Rio Jaguari, Rio Ururay, Sabaúma, Santa Ana de Mogi das Cruzes, Santa Ana de Mogi-Mirim, Ururay, Ytacurubitiba
Registros mencionados (16)
12/06/1561 - “De maneira que quase todo o dia se gasta em confissões, e se mais intérpretes houvera, muito mais se confessavam, e não é pequena desconsolação vê-los estar todo o dia esperando na Igreja” [21908]
01/06/1590 - Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local* [19964]
03/12/1593 - As primeiras notícias que temos sobre a região de Mogi pelas atas da câmara [25173]
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas [20496]
05/02/1595 - Diogo de Lara assinou na Câmara [21472]
13/06/1601 - Requerimento apresentado aos oficiais da câmara [32091]
1610 - Antonio Camacho solicitou terras no Coabussú [23535]
07/01/1610 - Traslado de uma carta de dadas de terra de Domingos de Góes morador na Villa de São Paulo [23534]
22/03/1610 - Belchior da Costa alega ter as filhas Beatriz Diniz e Vicência da Costa para casar. Pede terras em frente às de Suzana Dias, defronte à capela de Santana do “Pernaiba”, na banda do além Anhembi, rio acima [24074]
23/03/1610 - Aos 23 de março do referido ano, padre João Alvares teve sua primeira carta de sesmaria concedida. Este documento está com a maior parte das linhas ilegíveis e por este motivo não foi transcrito na íntegra [25174]
1611 - Pedido de Sesmaria [20479]
17/08/1611 - Elevação à Vila de Santa Ana de Mogi Morim / Fundação de Mogi das Cruzes [21295]
10/09/1611 - Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos [11902]
1627 - Concessões [24716]
1639 - Traslado do registo da carta de data de terras de Pantaleão Fernandes dada pelo capitão-mor e ouvidor Antonio de Aguiar Barriga [32088]
04/05/2023 - Leis, consultado em camarapirapozinho.sp.gov.br [28192]




.  14º de 183   
Vikings no Brasil: MITO OU REALIDADE? ihggcampinas.org
16 de novembro de 2020, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36
Relacionamentos
 Pessoas (5) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cristóvão de Colombo (1451-1506), Hernâni Donato (1922-2012), Pedro de Rates Henequim (1682-1744), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (3): Bíblia, Botocudos, Vikings
Registro mencionado
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549

Relatos de pegadas de um santo homem impressas na rocha existem em várias partes do nosso território, sendo do padre Manoel da Nóbrega a afirmativa na sua Carta das Terras do Brasil relativa a 1549, que os índios diziam que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados, e que suas pegadas estão sinaladas junto de um rio: as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com meus próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos… (DONATO, p. 33).
Registros mencionados (2)
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]
01/06/1744 - Falecimento de Pedro de Rates Henequim* [31444]




.  15º de 183   
Religiosidade e geografia explicam nomes dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Por João Paulo Vicente, nationalgeographicbrasil.com
5 de novembro de 2020, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:12:29
Relacionamentos
 Cidades (4): Angra dos Reis/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Vitória/ES
 Pessoas (5) Francisco Dias Velho (f.1689), Gaspar de Lemos, José de Anchieta (1534-1597), Sebastião Caboto (1476-1557), Vasco Fernandes Coutinho (1490-1561)
 Temas (1): Santa Catarina
Registro mencionado
1. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
5 de abril de 1560

Sobre São Paulo não há controvérsia, assim como em Minas Gerais. No caso do primeiro, o estado foi batizado por conta do Colégio de São Paulo de Piratininga, fundado pelos jesuítas Manuel de Nóbrega e José de Anchieta em 1553. A colonização da região, no entanto, começou no litoral, em São Vicente.

O interessante é que o Colégio, e em seguida a Vila de São Paulo, criada em 1560, surgiram por uma diferença radical na maneira como os colonos em geral e os jesuítas encaravam os indígenas. Enquanto grande parte dos portugueses e europeus que não eram ligados à igreja católica não viam problemas em capturar e explorar os índios, os religiosos buscavam catequizá-los. Para fazer isso sem conflitos, subiram a Serra do Mar e se instalaram numa área mais protegida, onde hoje fica a capital do estado.

Minas Gerais, por sua vez, era uma área inexplorada do Espírito Santo e Rio de Janeiro durante o século 16 e grande parte do século 17. Conforme minas de ouro (e de outros minérios valiosos) foram descobertas na região, passou a ser motivo de disputa entre diversos grupos. Finalmente, em 1720 foi criada a capitania de Minas Gerais.
Registros mencionados (4)
01/11/1501 - Descobrimento da Baía de Todos os Santos [9045]
25/11/1526 - Sebastião Caboto aportou em Santa Catarina [20194]
23/05/1535 - Vasco Fernandes Coutinho toma posse da capitania que lhe fora doada, desembarcando com pequena expedição de imigrantes no lado meridional da baía de Santa Luzia [10933]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]




.  16º de 183   
Guia Politicamente Incorreto - T2E5 - Aceita Jesus que dói menos?
2020. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Lisboa/POR, Potosí/BOL
 Pessoas (5) Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Tomé de Sousa (1503-1579), Inácio de Loyola (1491-1556), 1° marquês de Pombal (1699-1782), Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
 Temas (10): Descobrimento do Brazil, Cristãos, Protestantes, África, Jesuítas, Faculdades e universidades, Franciscanos, Carmelitas, Conventos, Papas e o Vaticano




.  17º de 183   
O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente
2020. Atualizado em 24/10/2025 20:40:30
Relacionamentos
 Pessoas (9) “Índia”, Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Charles Ralph Boxer, João de Azpilcueta Navarro, Martín de Azpilcueta Navarro, Pedro da Silva da Gama, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Simão Rodrigues, Vasco da Gama (1469-1524)
 Temas (5): Descobrimento do Brazil, Japão/Japoneses, Judaísmo, Rei Branco, Tordesilhas
Registro mencionado
1. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”
15 de abril de 1549

Nóbrega demonstra certa obsessão com o tópico de São Tomé, ao chegar à Bahia, em 1549. Das cinco cartas escritas em seu primeiro ano em terras brasileiras, três mencionam São Tomé. Na primeira delas, endereçada a Simão Rodrigues, escreve:

tambem me contou pessoa fidedigna que as raizes que cá se faz o pão, que S. Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis. Estão d’aqui perto umas pisadas figuradas em uma rocha, que todos dizem serem suas. [p. 129]
Registros mencionados (13)
20/05/325 - Início do Primeiro Concílio de Niceia [20002]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
06/04/1506 - Carta régia de para o vice-rei [31533]
22/04/1529 - Tratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha [10664]
1534 - Esiguara [29278]
01/07/1547 - Ao chegar em Malaca vindo das Molucas, Francisco Xavier encontra o primeiro japonês* [31541]
15/04/1549 - “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” [21884]
22/06/1549 - Carta enviada à Companhia de Jesus na Europa, Malaca [31536]
22/06/1549 - Trata-se da carta escrita aos companheiros da Europa [31535]
24/06/1549 - Em Goa [31542]
05/11/1549 - Carta escrita ao padre Paulo Camerino, Cangoxima [31534]
29/01/1552 - Carta escrita ao padre Inácio de Loyola (Roma), Cochim [31537]
01/12/1945 - Doze códices de papiro encadernados em couro (e um tratado de um décimo terceiro) enterrados em um jarro selado foram encontrados por um fazendeiro egípcio chamado Muhammed al-Samman e outros no final de 1945* [31540]




.  18º de 183   
Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org
8 de maio de 2019, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:28
Relacionamentos
 Cidades (1): Cabo Frio/RJ
 Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Papa Gregório I
 Temas (2): Canibalismo, Papas e o Vaticano
Registro mencionado
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549

Comentário do Pe. Gabriel Vila Verde

Muito estimado pela sua atuação evangelizadora nas redes sociais, o padre brasileiro Gabriel Vila Verde postou a respeito em seu Facebook:

Estava lendo uma carta do Padre Manoel da Nóbrega, onde ele narra os primeiros contatos com os índios aqui na Bahia, em 1549. Segundo ele, os índios relataram sobre um tal “Zomé”, misterioso personagem que andou por aqui. Vamos ao trecho:

“Dizem eles que São Tomé, a quem chamam de Zomé, passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia…”

Fica então a interrogação! Como os índios poderiam criar uma história dessa? Teria mesmo o Apóstolo Tomé andado por terras brasileiras? Impossível não é, porque o Apóstolo Felipe era levado pelo Espírito de uma cidade à outra na velocidade do vento (Atos 8, 39). Pelo sim, pelo não, fica o registro do padre Nóbrega.
Registros mencionados (1)
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]




.  19º de 183   
"Mulheres erradas": a história da prostituição em São Paulo. vice.com
8 de fevereiro de 2019, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (3) Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Martim Lopes Lobo de Saldanha
Registros mencionados (2)
1570 - Primeiros conflitos entre os cidadãos ditos “de bem” e a prostituição [7956]
1641 - Duas “mulheres prejudicadas” foram mandadas embora de São Paulo [1231]




.  20º de 183   
Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck
2010. Atualizado em 24/10/2025 20:40:25
Relacionamentos
 Pessoas (4) Antônio Vieira (1608-1697), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, José de Anchieta (1534-1597), Simão Rodrigues
 Temas (3): Carijós/Guaranis, Farinha e mandioca, Tapuias
Registros mencionados (2)
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549
2. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
10 de agosto de 1549

Ao Pe. Navarro, ele daria mais detalhes:

Têm notícia igualmente de S. Thomé e de um companheiro e mostram certos vestígios em uma rocha,que dizem ser deles, e outros sinais em S. Vicente [...] Dele contam que lhes dera os alimentos que ainda hoje usam, que são raízes e ervas e comisso vivem bem; não obstante dizem mal de seu companheiro, e não sei porque, senão que, como soube, as flechas que contra ele atiravam voltavam sobre si e os matavam.” (Carta IV In: Moreau, 2003, p.267 [grifo nosso]).
Registros mencionados (4)
201 - Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) [3]
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]
10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]
1657 - Em seu Sermão do Espírito Santo, o padre Antônio Vieira discorre sobre as razões do envio de São Tomé [1329]




.  21º de 183   
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
2005. Atualizado em 25/10/2025 03:16:17
Relacionamentos
 Cidades (7): Buenos Aires/ARG, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC
 Pessoas (20) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agustín de Zárate, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Fernão Cardim (1540-1625), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João de Azpilcueta Navarro, João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro de Mendoza, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Serafim Soares Leite (1890-1969)
 Temas (23): Algodão, Bíblia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cristãos, Curiosidades, Estradas antigas, Gentios, Inferno, Jesuítas, Leis, decretos e emendas, Música, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Rei Branco, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Serra do Mar, Tabatinguera, Tamoios, Tupis, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (25)
1. “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava”
1549
2. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil
29 de março de 1549
3. “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”
abril de 1549

Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincial Simão Rodrigues, em abril de 1549: “Espero de as tirar [‘orações e algumas práticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem que nesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhe manda e não está aqui”.

Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, ele se reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares. Anchieta, em Informação dos primeiros aldeamentos da Bahia, também relata: Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa.

O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: em carta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento de Navarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua, embora a referência de Navarro pregando “à gente da terra”, esclarece Serafim Leite em nota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos.
4. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”
15 de abril de 1549

O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.

Um outro trecho epistolar de Nóbrega confirma essa sua convicção de mais rápida aprendizagem da língua tupi pelos falantes do idioma basco. Em carta escrita da Bahia a 15 de abril de 1549 ele sugere a vinda de “mestre João” ou Mosen (ou Misser) Juan de Aragão, como explica Serafim Leite em nota de rodapé:

Também me parece que mestre João aproveitaria cá muito, porque a sua língua é semelhante a esta”. Por ser aragonês, presumese que esse jesuíta falasse o idioma basco, já que o dialeto aragonês era falado no antigo reino de Aragón e Navarra, como explica Tagliavini (1993:583):

otro dialecto importante es el aragonés, que en parte se funda historicamente en el antiguo reino de Aragón y Navarra, pero que recibió gran influencia del castellano”.
5. “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
9 de agosto de 1549

Em carta escrita da Bahia a 09 de agosto de 1549, ele relata ter feito “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
6. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
10 de agosto de 1549
7. “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”
6 de janeiro de 1550

A 6 de janeiro de 1550, escrevendo de Porto Seguro, relata essa a intimidade de Navarro no ensinar aos meninos cantar “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”. Ele também dá a conhecer uma outra habilidade dos meninos órfãos vindos de Lisboa, que, “com seus cantares atraem os filhos dos Gentios e edificam muito os Cristãos”. Antônio Rodrigues, que também era língua, “era grande cantor e músico, e com o conhecimento directo da língua popular, possuía inigualável prestígio com os índios, «um grande obreiro inter gentes», prestígio que ele acrescentava com a sua experiência e ousadia”, escreve Serafim Leite (1953:247), que acrescenta: “Mas escreve António de Matos que o P. António Rodrigues (a esta data já era Padre: ordenara-se em 1562) fora à empresa do Rio de Janeiro para com a sua arte de cantor e de músico, atrair, converter e captar os últimos Tamoios para a religião”.

por Nóbrega, era a falta de volume lexical; o segundo, a objetividade e imediação da línguanativa, o que se extrai da seguinte passagem de Anchieta (1988:115): “Os Brasis nãocostumam usar de rodeio algum de palavras para explicar as coisas”. Também Azpilcueta Navarro, outro atilado conhecedor da língua tupi, deixa assinalado: “nem me parece têm certos vocábulos que servem em geral”, transcreve Maria Carlota Rosa.

Nóbrega, em carta escrita de Porto Seguro a 6 de janeiro de 1550, revela: “Damos-lha [a fé ensinada aos índios] a entender o melhor que podemos e algumas coisas lhes declaramos por rodeios”. Daí a pertinência da observação feita por Edith Pimentel Pinto(1993:522) respeito dos textos tupi produzidos por José de Anchieta:À integração de palavras indígenas nos textos em português oucastelhano, Anchieta preferiu o próprio uso da língua tupi, no qual, emcontrapartida, introduziu lusismos, condicionados pela insuficiênciadaquela língua para a expressão de abstrações, compatíveis com aveiculação dos conceitos cristãos e valores morais que pregava.O também jesuíta Vincencio Mamiani (1942), defrontado com idêntico problemana língua Kiriri foi explícito em admitir a inoculação de empréstimos da língua portuguesa:Advirto, por último, que por faltar nesta língua vocábulos que expliquemcom propriedade o significado de algumas palavras que se usam nasOrações, Mistérios da Fé e outras matérias pertencentes a ela, usamos dasmesmas vozes Portuguesas, ou Latinas, como se introduziu nas outraslínguas de Europa; pois da Hebréia e Gregra passaram aos Latinos, dosLatinos passaram às outras Nações de Europa como são Ave, Salve,Sacramentos, Trindade, sc. Em outras palavras, com os Sacramentos emparticular, as virtudes e vícios, sc, e semelhantes, quando não há nestalíngua vocábulo próprio, usamos pelo ordinário da definição, ouperífrase, para os Índios entenderem o significado delas, que é o intentoque se pretende para uma suficiente instrução desses novos Cristãos. ["A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos" 2005]
8. “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”
1551

Dois anos depois, como relata em carta de 1551, ainda se servia de intérprete para suas prédicas, embora assinalasse algum progresso no aprendizado do idioma brasílico: “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”. Mais tarde, no que ficou conhecido como Armistício de Iperoig, serviu-se de Anchieta como intérprete.
9. “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”
13 de setembro de 1551

Na fase do missionamento volante e dos aldeamentos jesuíticos, ela talvez funcione com menos intranqüilidade teórica, já que para eles se deslocavam índios vindo delonge, muitos dos quais não falavam a língua geral, mas a ela tiveram que alçar-se, como se verá adiante. Em carta escrita de Pernambuco a 13 de setembro de 1551, Nóbrega informa:

Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”.

Em outra de Olinda, escrita um dia depois, ele volta a afirmar: “Das pregações e doutrina que lhes fazem corre a fama a todo o gentio da terra e muitos nos vem ver e ouvir o que de Cristo lhe dizemos”.

Anchieta, em carta de Piratininga, escrita em 1555, também relata caso semelhante: “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”.
10. Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
14 de setembro de 1551

O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória quede lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.

É esse domínio da língua geral que permitirá aos jesuítas uma reputação sobranceira perante os índios, em algumas situações de forma absolutamente invulgar, como no caso do Padre Manuel de Chaves, cuja facilidade com a língua, certamente aliada ao carisma pessoal, fazia-o ser tido à conta de acabar com estado de guerra entre índios e brancos. Serafim Leite (2004-I:104), tratando do levante dos Tupinaquim em 1590, ressalta sua figura, que faleceu a 18 de janeiro daquele ano. Conclui desta última data que o ataque deve ter sido posterior a essa data, porque, segundo Anchieta, enquanto morou em S. Paulo o P.Chaves, só uma vez, houve guerra entre os Índios e os Portugueses; nunca jamais, enquanto esteve em Piratininga, se abriu guerra entre uns e outros. Uma só vez se ausentou e foi o mesmo que rompesse a guerra, que com sua presença depois parou, durando a paz toda a sua vida, e acabando-se com a sua morte.
11. Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues
1552

A primeira delas é extraída de carta escrita por Nóbrega, da Bahia em 1552, e dirigida ao Provincial Simão Rodrigues (2000:130). Nela, ele aponta para o fato de que “a mulher e a filha de Diogo Alvarez Charamelu [leia-se Caramuru] (...) não sabem nossa fala”. Significa isso dizer que a indianização do português lançado ao novo mundo não implicava nenhum sentimento patriótico de preservação de suas instituições sociais, de que sobressai a língua. Situação similar deparou Antônio Rodrigues, que viria a ser um dos três bons línguas referidos por Nóbrega e Anchieta, quando ainda era um explorador em busca de riquezas pela região do Rio da Prata. Chegando, com seus companheiros, a uma aldeia de índios Timbó, ele encontrou “alli un spañol que avia mucho tiempo que alli estava,de maneira que ya no sabia hablar español y sabia bien la lengua dellos”, relata Serafim Leite (1935). [p. 109, 110]
12. Plano de envio de meninos da terra à Metrópole
10 de julho de 1552

Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124)
13. “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”
agosto de 1552

Em nova carta endereçada ao mesmo Provincial, escrita de Salvador em fins de agosto de 1552, Nóbrega reitera a importância da questão, consultando o que fazer, ou seja, “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua”.

Decidiu-se ele, então, a ir para a Capitania de S. Vicente, de onde os padres irradiavam “línguas pelos campos, aldeias a engenhos dos arredores”, aonde chegou em 1553, tendo sido precedido, por cerca de três anos, pelo padre Leonardo Nunes, o Apóstolo de Piratininga, que, fazendo-se acompanhar do Irmão Pero Correa, como língua, “o único que até então pregava na língua dos índios”, esteve no Campo de Piratininga.
14. “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”
agosto de 1552

canto e permissão de uso de instrumentos musicais indígenas nos atos litúrgicos: Nóbrega, em carta de “fins de agosto” de 1552, escreve: “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”. Tinhorão, na obra “Música popular de índios, negros e mestiços”, apud Thales de Azevedo (1959:44), analisa:a tarefa de atrair os índios com a música foi facilitada aos missionários porque do ponto de vista musical havia uma certa coincidência entre o espírito da catequese, o sentido coletivo da música indígena –caracterizado quase sempre pelo ritual mágico de suas relações com os fenômenos naturais – e o caráter igualmente “redutor” da moradia do canto gregoriano ou cantochão.
15. “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios”
1553

Ao isolamento e guarnecimento pela muralha da Serra do Mar se somava ainda o distanciamento do contato com portugueses, já que Nóbrega via nisso uma forma de otimização do plano catequético, como deixa claro em carta escrita de São Vicente, em 1553, ao provincial Simão Rodrigues (2000:154): “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios”. Teodoro Sampaio (1978b:158 e 1978e:236) empresta apoio a esse planejamento ao afirmar que “assim era preciso, para que sementeira do Evangelho se não perdesse com o degradante proceder e triste exemplo dos maus cristãos”.

Esse isolamento foi instado, portanto, pela impressão desfavorável que a princípio lhe cunhou João Ramalho, de Santo André da Borda do Campo, embora, posteriormente, segundo o mesmo Serafim Leite (2004-I: 100-1), “tudo se desanuviou”. Deve-se isso ao gênio de Nóbrega sempre pensando mais alto em favor dos objetivos missionários. Sua capacidade de dialogar, transigir e até mesmo recuar na hora certa, para avançar no tempo adequado, permitia que problemas aparentemente insolúveis fossem equacionados. Sérgio Buarque de Holanda (1978:96) penetra no móvel dessa atitude de Nóbrega: “Quando concilia os padres com João Ramalho, pecador e excomungado, não é por simples condescendência de momento, não é por um fácil oportunismo, mas porque vê em tal recurso o meio decisivo de converter o gentio, uma das finalidades precípuas de sua Ordem”. Pesaram, ainda, na decisão do maioral dos jesuítas no Brasil, as turbulências da proximidade do colono português e seus descendentes mamelucos na Vila de São Vicente.

Capistrano (1963:73) sintetiza tudo isso: "Levaram-nos a este passo a maior abundância de alimentos no planalto, a presença de tribos próprias à conversão por sua índole mansa, e, além do afastamento dos portugueses, certas idéias vagas de penetração entre os índios do Paraná e Paraguai. O nome de São Paulo, agora ouvido pela primeira vez, devia ecoar poderosamente no futuro." [Páginas 80 e 81]
16. “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553”
1553

Importante notar que alguns dos melhores línguas jesuítas já o eram antes de ingressarem na Companhia. Assim, Antônio Rodrigues, que não se confunde com o companheiro homônimo de João Ramalho, também referido como língua por Anchieta (1988:48), “embarcou em Sevilha, na armada de D. Pedro de Mendoza, tomou parte na primeira fundação de Buenos Aires (1536), na de Assunção (1537), acompanhou Irala através do Chaco, foi com Ribeira ao centro do Mato Grosso”, segundo dados biográficos contidos em Serafim Leite (1953:246), que acrescenta que “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553”. Seus escritos revelam certa erudição, como o demonstra, em outra obra, Serafim Leite (1953b:206). Foi o primeiro mestre-escola de São Paulo, tendo estado sob sua direção “a escola de meninos, de ler, escrever e cantar” (p.38), o que já havia sido antecipado por Teodoro Sampaio (1978e:236).
17. Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
10 de março de 1553

Romper uma longa herança atávica de simbologia mística era, por si, só um desafio inquietante que somente a extraordinária paciência dos primeiros missionários podia facear. A isso se somavam outros inimigos ideológicos. Um deles, lembra Boxer(1977:89), era “o mau exemplo dado por muitos dos moradores ou colonos”.

Estes, acrescenta ele, “tentaram, deliberadamente, muitas vezes, sabotar o trabalho que estava a ser feito pelos jesuítas entre os ameríndios, a quem viam, antes de mais nada, como força de trabalho explorável e a aproveitar”. Nóbrega (2000:158), a esse respeito, escreve de São Vicente, a 10 de março de 1553:

Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”.

Anchieta em carta escrita de Piratininga em 1554 também registra esse reiterado propósito por parte dos ramalhenses de Santo André da Borda do Campo. Em Informação do Brasil... (1988:342) igualmente assinala:...

A consequência dessa limitação lingüística é que os índios jamais conseguiram penetrar na intimidade dos mistérios docristianismo católico, como Encarnação, Ressurreição, Salvação etc, embora lhe fossem introduzidas tais noções através de elementoslexicais do português, mas a verdade é que nunca lhes apreenderam o sentido.Por outro lado, a ressignificação de suas próprias crenças era motivada pela perspectiva de uma nova crença mais vantajosapara um povo guerreiro e nômade. Por isso Nóbrega reconhece, em carta escrita de São Vicente a 10 de março de 1553, que os índios“crêem-nos como crêem aos seus feiticeiros”, apud Serafim Leite (1953b:22-3). Em vários trechos dos escritos de Anchieta se vê como oimediatismo das novas concepções religiosas era automaticamente transplantado para as adversidades da labuta cotidiana – o que, decerta forma, ainda é muito usual hoje em dia: tendo caído na simpatia de Pindobuçu, um dos principais dos Tamoio em Iperoig, Anchietadeparou com as manobras pérfidas de alguns desses índios do Rio de Janeiro tentando abortar o plano de pacificação conhecido comoArmistício de Iperoig. Estava na iminência de sofrer um ataque deles, mas – registra (1988:233) – surgiu Pindobuçu, que os advertiu edesafiou, tendo depois se voltado ao jesuíta dizendo: “Bem vês como sempre te defendo e falo por ti, por isso olhe Deus por mim e dê-melonga vida”.
18. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
15 de junho de 1553

Essa análise do conhecido musicólogo tem correspondência factual com o que se contém nos escritos jesuíticos. Uma das diretivas pedagógicas de Nóbrega voltadas aos meninos aprendizes era o ensino do canto e da habilidade em tocar instrumentos, como se vê de carta escrita de São Vicente a 15 de junho de 1553 (2000:171).

Escrevendo também de São Vicente, a 15 de junho de 1553, Nóbrega lamenta não dispor de mais pregadores-línguas: “E muito mais se faria se já houvesse muitos obreiros; mas como só Pero Correia é o pregador não pode fazer mais”. A escassez de intérpretes na Bahia explica o destaque que Schwartz (1979:148) dá a Luís de Aguiar, “morador do Brasil por vinte e sete anos, piloto e capitão da guarda costeira, fluente na língua geral e um secretário legal capaz”, o que, entretanto, não o salvou de ser condenado pela Relação a dez anos de galés no início do século XVII.
19. Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553

Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):

Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.

Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:

“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523).
20. “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”
24 de dezembro de 1553

As razões topográficas que ensejaram a primeira fundação de São Paulo por Martim Afonso de Sousa, ao dar execução ao plano geopolítico de D. João III, eram as mesmas agora que guiavam os passos de Nóbrega, “com a única diferença de que, no primeiro caso, se tratava de uma expansão territorial e econômica e, no segundo, duma expansão religiosa”, adverte Cortesão (1955:201). É o próprio Nóbrega (2000:190) quem afirma: “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”, ou, nas palavras de Anchieta, em carta escrita de Piratininga em 1554 (1988:48), “entrada a inúmeras nações, sujeitas ao jugo da razão”. Foi “uma intuição verdadeiramente profética”, como bem diz Sérgio Buarque de Holanda (1978:96), não se podendo deixar de admitir que não lhe tenha escapado “a alta significação histórica de um esforço expansionista que outros iriam retomar para dano da Companhia”. [80 e 81]

A chegada de Anchieta a Piratininga, que ocorre em 24 de dezembro de 1553, dará novo impulso ao projeto lingüístico de aprendizado da língua geral, muito embora Nóbrega, quatro anos antes, mostrasse algum desânimo com esse plano em razão do reduzido volume lexical que avaliou ter a língua indígena. São dele as seguintes palavras: “Tem mui poucos vocábulos para lhes poder bem declarar a nossa fé”, diz em carta escrita da Bahia em 1549 (2000:66), repetindo o que já dissera noutra meses antes no mesmo ano: “São eles tão brutos que nem vocábulos têm” (2000:21). Mas será ele próprio quem comandará “um exército de intérpretes”, que dava larga dianteira à Capitania de São Vicente, explicável, segundo Cortesão (1955:206), pela existência do Campo, povoado desde 1532. Além disso, o aprendizado da língua nativa era um dos direcionamentos da Companhia de Jesus para os seus missionários pelo mundo, uma espécie de prius lógico do plano catequético. Como lembra Serafim Leite (2004-I: 29): “os que fossem destinados aos mouros ou turcos deveriam aprender a língua arábica ou caldaica; os que fossem para a Índia, a índica, e assim para as outras”. [p. 119]
21. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

De igual forma procedeu Caiubi, senhor de Geribatiba. Também foi batizado pelos jesuítas, tendo ganhado o nome de “João”. “Auxiliou-os na fundação de São Paulo: Os jesuítas convidaram Caiubi a estabelecer-se nas imediações do sítio escolhido”, diz Serafim Leite (2004-I: 93), no que é consonante com Frei Gaspar da Madre de Deus (1975:123-4). Segundo Antônio Alcântara Machado, em nota a Cartas... de Anchieta (1988:185), Caiubi assentou-se com sua gente "no extremo sul, próximo do sítio que depois se chamou Tabatagoera (hoje Tabatinguera)", onde tinha "sob sua guarda o caminho que do alto do espigão descia para a várzea e tomara para São Vicente por Santo André". Nóbrega, no Diálogo sobre a Conversão do Gentio (2000:246), considera Caiubi um exemplo de fé cristã: “Que direi da fé do grão velho Caiubi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós, cuja vida e costumes e obediência amostra bem a fé do coração”.
22. “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”
25 de março de 1555

Nóbrega, um doutor do direito canônico, “um bom jurista”, nas palavras de Serafim Leite (1993:18), também chega a escrever de São Vicente a 25 de março de 1555(2000:199) rogando pelas “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”.

Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124), chegando mesmo a fazê-lo como ele informa em carta escrita de São Vicente, a 25 de março de 1555(2000:198): “De alguns mestiços da terra, que nesta Capitania de São Vicente se receberam, escolhi um ou dois este ano e mando-os ao Colégio de Coimbra, dos quais tenho esperança que serão de Nosso Senhor e que serão proveitosos para a nossa Companhia”.
23. Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres
8 de maio de 1558

Substituir tais símbolos, recodificando psicolinguisticamente a mentalidade indígena, era tarefa das mais árduas. O ideal de transformar “selvagens em homens, e homens em cristãos, e os cristãos em perseverantes na fé” (BOXER, 1977:89) revelava-se, muitas vezes, um trabalho de Sísifo, como se vê das notas de desesperança que pervagam as cartas jesuíticas, especialmente de Nóbrega e Anchieta. Em missiva escrita já a 08 de maio de 1558, dez anos do início da obra missionária, o jesuíta português assim se lamenta (2000:290):

Depois que fui entendendo por experiência o pouco que se podia fazer nesta terra na conversão do gentio, por falta de não serem sujeitos, e pouca esperança de se a terra senhorear por ver os cristãos desta terra como sujeitos ao mais triste e vil gentio de todo o mundo, e ver a pouca ajuda e os muitos estorvos dos cristãos destas partes, cujo escândalo e 147 mau exemplo é bastante para não se converterem posto que fora o melhor gentio do mundo.
24. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig
6 de maio de 1563

Esse interesse pode parecer não surpreendente porque o pragmatismo da orientação religiosa oferece exemplos muito próximos a esse ou até mais exagerados. Mas, certamente, não era o que Anchieta e os jesuítas ensinavam então. De outra passagem se extrai a confirmação disso: tendo fugido um prisioneiro dos Tamoio, Pindobuçu, “mui angustiado”, foi a Anchieta dizendo: “Venho-te a dizer que fales a Deus que faça ir aquele contrário desencaminhado, para que possamos tomar”. Mas, Anchieta ressalva:

“Eu ouvi a sua petição, antes roguei a Deus que o livrasse”. Esse tipo de “proteção” entendida pelos índios não seduzia a todos, especialmente aqueles ciosos de suas virtudes guerreiras. Ao tentar converter um prisioneiro dos Tamoio, em vias de perder a vida num ritual, Anchieta (1988:233) se surpreendeu com sua reação: “dizendo-me que os que nós outros batizávamos não morriam como valentes, e ele queria morrer morte formosa e mostrar sua valentia”.

Logo em seguida começou a insultar seus apresadores: “Matai-me, que bem tendesde que vos vingar em mim, que eu comi a fulano vosso pai, a tal vosso irmão, e a tal vosso filho”. Ato contínuo seus inimigos saltaram sobre ele com “estocadas,cutiladas e pedradas” e o mataram, “e estimou ele mais esta valentia que a salvação de sua alma”.

Teodoro Sampaio (1978e:238) compreendeu bem isso quando escreveu que “o prisioneiro só se tinha por assaz honrado se morria no terreiro, no meio da maior solenidade, para pasto dos seus mais rancorosos inimigos”.

Métraux (1979:47-8) traz um exemplo, reproduzido do relato de experiência pessoal vivida por Jean Léry, ainda mais concludente do imediatismo pragmático das crenças indígenas, que foi inteiramente por eles transportado para a nova religiosidade que se lhes ensinava:

Vi-os muitas vezes tomados de infernal furor, pois, quando se recordam dosmales passados, batem com as mãos nas coxas e suam de angústia,queixando-se, a mim e a outro companheiro, e assim dizendo: - Mair Atouassap, acequeley Aygnan Atoupané (isto é: francês, meu amigo e bom aliado, tenho medo do diabo mais do que de qualquer outra coisa).[1]
25. João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal
15 de fevereiro de 1564

Um trecho das atas da Câmara de São Paulo (1914-I:34-5), é bastante expressivo:Aos quinze dias do mês de fevereiro da era de mil e quinhentos e sessenta e quatro anos, nesta Vila de São Paulo, eu, João Fernandes, escrivão da Câmara da dita Vila, com Baltazar Roiz, procurador do Conselho fomos às casas de Luiz Martins na dita vila onde estava João Ramalho pousado a lhe requerer que aceitasse o cargo de vereador desta vila porquanto saíra na eleição e pauta, que nesta vila se fez, por 117 vereador. E pelo dito João Ramalho nos foi dito que ele era um homem velho que passava de setenta anos e que estava tão bem em um lugar em terra dos contrários da Paraíba, como degredado no dito lugar e que pelas tais razões não podia servir o dito cargo...manobra bem engendrada pelo gênio político de Nóbrega, descreveconcisamente a operacionalização do processo unificador:A vista dos padres era muito mais penetrante do que a de seus êmulos:eles olhavam para aquela Vila como para um obstáculo aos progressos danova aldeia; e vendo que ambas não podiam existir, desviaram o golpefatal que ameaçava a sua povoação, dispondo as cousas de sorte que aespada fosse descarregar sobre a inimiga. Tentaram persuadir aos do 118Governo que era conveniente ao Estado e útil à Região mudar-se para aaldeia de S. Paulo o Pelourinho e moradores de Santo André ejuntamente o Foro de Vila. Ponderavam que esta, por ficar vizinha aomato, estava exposta às invasões repentinas dos bárbaros, nossoscontrários, e que, por falta de sacerdote, não havia nela quemadministrasse os Sacramentos; concluindo, finalmente, que osmencionados inconvenientes ficariam remediados com a transmigraçãoda Vila para junto ao Colégio, onde assistiam sacerdotes que suprissem afalta de pároco e não podiam chegar os inimigos sem serem sentidos, porficar S. Paulo em lugar descoberto e livre de árvores que ocultassem asmarchas dos exércitos contrários.Depois de contenderem alguns anos por este modo, chegaram finalmenteos padres a cantar vitória porque, achando-se em S. Vicente o GovernadorGeral Mem de Sá, em 1560, tais razões lhe propôs o P. Nóbrega, a quemele muito venerava, que, persuadido delas, mandou extinguir a Vila deSanto André e mudar o Pelourinho para defronte do Colégio: executou-sea ordem no mesmo ano, e daí por diante ficou a povoação na classe dasvilas com o título de S. Paulo de Piratininga, que conservava desde o seuprincípio.Darcy Ribeiro (2001:84) tem uma opinião assemelhada:Os jesuítas usaram de todas as artimanhas, primeiro para atrair Ramalhoe sua gente para junto deles, depois para fazê-lo sair, tão vexatória erasua posição de mando indiscutível sobre os índios e da expectativa deque tivesse uma atitude de submissão diante dos padres. Estes nãopodiam prescindir dele em face da ameaça que representavam os Tamoio,confederados contra o núcleo tupinambá de São Paulo, e ultimamente instigados pelos franceses estabelecidos na baía de Guanabara. Só com o apoio de Ramalho e seus aliados, os jesuítas puderam enfrentar o inimigo que lhes causava mais horror, que era a presença da Reforma, encarnada pelos calvinistas, ali, onde eles, como a Contra-Reforma, tentavam criarum reino de homens pios.119Mais: a língua tupi até então falada no arraial piratiningano, controlado exclusivamente pelos inacianos entre 1554 e 1560, irá entrar em contato com a aprendida pelos portugueses vindos de Santo André, relexificada e, muito mais ainda,regramaticalizada pela língua de origem daqueles colonos, sendo que ambas, ao final,cederão passo ao primado da língua do conquistador branco. [3]
Registros mencionados (50)
1219 - São Francisco teria encontrado o sultão egípcio Melek AlKamel [22767]
30/04/1528 - D. Rodrigo de Acuña, em carta dirigida a D. João III, computava em mais de 300 cristãos, e filhos de cristãos, os que se encontravam derramados em terras do Brasil [21811]
01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]
15/06/1536 - Batalha entre espanholes e os indios Querandíes [21888]
29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]
1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]
17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]
1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]
1549 - “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” [21825]
29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]
01/04/1549 - “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”* [21894]
15/04/1549 - “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” [21884]
09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]
10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]
06/01/1550 - “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” [21902]
1551 - “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” [21826]
13/09/1551 - “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” [21814]
14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]
1552 - Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues [21874]
10/07/1552 - Plano de envio de meninos da terra à Metrópole [21904]
01/08/1552 - “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”* [21829]
30/08/1552 - “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”* [21899]
1553 - “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” [21831]
1553 - “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” [21890]
10/03/1553 - Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério” [21912]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]
31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]
24/12/1553 - “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” [21830]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]
25/03/1555 - “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” [21856]
16/06/1556 - Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés [11130]
08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
06/05/1563 - Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig [8853]
15/02/1564 - João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal [8750]
12/05/1564 - Representação a Estácio de Sá (Atas da Câmara de São Paulo (1914-I: 42) [20712]
18/01/1590 - Levante dos Tupinaquim [21886]
1657 - “desinfestar aquela região das populações indígenas revoltadas” [21881]
30/11/1681 - “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” [21836]
13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]
1752 - “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” [21835]
03/09/1758 - Tentativa de assassinato do Rei Dom José [21852]
21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]
21/07/1773 - Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas [21853]
1955 - A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão [20457]
01/01/2005 - Extendido a todo o Brasil as leis de 1755 sobre da liberdade dos índios [10810]
24/01/2021 - História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br [21877]




.  22º de 183   
Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
1988. Atualizado em 25/10/2025 10:20:23
Relacionamentos
 Cidades (11): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Caetés/PE, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP
 Pessoas (51) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Antônio Salema, Bacharel de Cananéa, Cacique Tayaobá (1546-1629), Christovam Jacques (1480-1531), Clemente Álvares (1569-1641), D Rodrigo de Acuña, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo de Quadros, Fernão de Magalhães (1480-1521), Fernão Paes de Barros, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Orellana, Francisco Pizarro González (1476-1541), Gaspar de Lemos, Iguarou, Jerônimo Leitão, João do Prado (1540-1597), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Juan Diaz de Solís, Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto, Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Annes, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero (Pedro) de Góes, Robert Southey, Rui Garcia de Moschera, Ruy Pinto (f.1549), Sebastião Caboto (1476-1557), Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tataurana, Taubici, Vasco da Gama (1469-1524), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
 Temas (34): Baía de Guanabara, Bilreiros de Cuaracyberá, Caetés, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Charruas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estreito de Magalhães, Fenícios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Incas, Música, Ouro, Pau-Brasil, Peru, Potiguaras, Prata, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Serra da Mantiqueira, Tamoios, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
Registros mencionados (43)
26/01/1500 - Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco [9016]
01/04/1501 - Expedição da qual fazia parte o Américo Vespúcio chegou em Porto Seguro* [230]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
01/11/1503 - Vespúcio fundou a feitoria do Rio de Janeiro* [236]
06/01/1504 - Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir" [27138]
03/07/1504 - Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’ [20549]
1509 - Diogo Álvares "o Caramuru" já estava integrado aos Tupinambás, inimigos dos Carijós [7227]
17/04/1511 - Chegam em abril na feitoria da Bahia de Todos os Santos, muito próximo de onde hoje é Salvador [24945]
12/05/1511 - Deixam Salvador [248]
26/05/1511 - Chegaram em Cabo Frio [249]
01/10/1511 - Partida da nau Bretoa* [24948]
1513 - Jorge Lopes Bixorda levou à presença do Rei D. Manuel três índios brasileiros, todos vestidos de penas [252]
1515 - Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” [23350]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]
25/12/1519 - Três embarcações adentram a baía de Guanabara [24949]
1521 - Iça-Mirim, filho do cacique Arosca, de Santa Catarina, casou-se com Susana, filha do capitão, então tomado de grande afeição pelo hóspede brasileiro, que educara com esmero [20554]
1522 - Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente [27889]
01/07/1525 - Uma frota espanhola partiu do porto de Sevilha com o objetivo de refazer a viagem de Fernando de Magalhães até as Ilhas Molucas* [307]
26/03/1526 - Ancoraram na ilha de Santa Catarina [310]
15/06/1527 - Terra do Brasil passou a ser chamada apenas Brasil [22080]
1528 - Pero de Góes e Rui Pinto são incumbidos de castigar os carijós, supostamente culpados do massacre da expedição de Francisco de Chaves [347]
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]
30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]
01/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra [342]
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
1533 - Fugindo à escravidão, 12 mil índios de Pernambuco e da Bahia migram para o oeste; trezentos deles chegaram ao Peru, depois de uma penosa jornada de cinco mil quilômetros através de serras, florestas, rios e pântanos [387]
06/10/1534 - Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes [6961]
29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]
11/03/1542 - Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca [10231]
03/06/1542 - Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro [15929]
1547 - Um assentamento espanhol a “duas léguas da volta do Rio da Prata” [432]
1547 - Construção duma rudimentar Casa-Forte (por volta de 1547), na foz do Rio Bertioga, adjacente à Ilha Guaimbê (Capitania de Santo Amaro), chamou a atenção dos Tamoios [22107]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
27/08/1575 - A bandeira de Antonio Salema, chefiado por Japú-guassú, partiu do Rio de Janeiro [19961]
1579 - Jerônimo Leitão ataca as aldeias das margens do Anhembi (Tietê) [10613]
30/09/1592 - Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios [12094]
13/07/1601 - Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis" [837]
03/09/1602 - Partida [26402]
31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]
14/11/1611 - Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires [20734]
1612 - bandeira destroçada [27130]
01/08/1612 - Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* [20285]
1988 - Diogo Leite pede ao Rei para levar dez escravos indígenas para Portugal [324]




.  23º de 183   
História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
1977. Atualizado em 24/10/2025 20:58:05
Relacionamentos
 Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Antônio Vieira (1608-1697), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Diogo Domingues de Faria (1618-1690), João III, "O Colonizador" (1502-1557), José de Anchieta (1534-1597), Luís Vaz de Camões (1524-1580), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tomás de Aquino (1225-1274), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (2): Santa Ana, Senzalas
Registros mencionados (3)
1. Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549

Persuadir de que? Sem duvida da necessidade de salvação pela audição do evangelho: a soteriologia da salvação universal ligada a audição física e auricular de vocábulos evangélicos parece estar subjacente a todo 0 imenso esforço de doutrinação dos nativos e africanos no Brasil. A palavra pronunciada e importante, a vocábulo, a ensino, a doutrina transmitida maquinalmente. Apenas quinze dias apos sua chegada ao Brasil, no dia 10 de abril de 1549, Nóbrega já escreve:

"O irmão Vicente Rijo ensina a doutrina aos meninos cada dia, e também tem escola de ler e escrever... Desta forma ir-lhes-ei ensinando as orações e doutrinando-os na fé até serem hábeis para o batismo."
2. “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”
agosto de 1549

Nos vocábulos usados pelos indígenas descobriu-se o nome de Tomé, ou sua corruptela. Nas crenças Indígenas detectou-se algum vestigia da pregação apostólica, evidentemente deteriorada pelo. "falsa" tradição dos principais. Poucos meses depois de sua chegada ao Brasil, em agosto de 1549, escreve Nóbrega em sua Informação das Terras do Brasil:

Eles [os indígenas] tem memória do dilúvio ... e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui...
3. Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
14 de setembro de 1551

Ora, nao existia fazenda sem escravos. Com a maior naturalidade Nobrega escrevia ao rei Dam Joao III no dia 14 de setembro de 1551: E mande dar alguns escravos de Guine 11 casa para fazerem mantimentos, porque a terra e tao fértil que facilmente se manterao e vestir ao muitos meninos, se tiverem alguns escravos que rocam rocas de mantimentos e algodoais. [p. 40]
Registros mencionados (7)
150 - Escrito o "Evangelho de Tiago" ou da "Infância de Tiago" [20003]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]
01/08/1549 - “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”* [24749]
14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]
1584 - Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...” [20672]




.  24º de 183   
Influências Indígenas. Jornal Correio da Manhã
30 de novembro de 1967, quinta-feira. Atualizado em 21/09/2025 09:17:08
Relacionamentos
 Pessoas (4) Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Henrique de Coimbra (1465-1532), João de Azpilcueta Navarro, José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (4): Gentios, Música, Pela primeira vez, Tupinambás
Registros mencionados (2)
01/05/1500 - Celebrou-se a segunda missa [24894]
01/03/1587 - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil [15938]




.  25º de 183   
“Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
1940. Atualizado em 23/10/2025 15:57:13
Relacionamentos
 Cidades (15): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Carapicuiba/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Guarapuava/PR, Guarulhos/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (16) Antônio Pires de Campos, Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Daniel Parish Kidder (1815-1891), Daniel Pedro Müller (1785-1841), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gertrudes Eufrosina Aires (1777-1846), José de Anchieta (1534-1597), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Lopo de Souza (f.1610), Luís da Grã (n.1523), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Pascoal Moreira Cabral Leme (1654-1724), Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)
 Temas (31): Aldeias, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Éden, Sorocaba, Bairro Itavuvu, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Cochipone, Convento/Galeria Santa Clara, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Itaqué, Maria Leme da Silva, Monserrate em Cotia, Montanhas, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora dos Pinheiros, Olhos D´água, Pão d´alho, Rancho de Braga, Ribeirão das Furnas, Rio Pinheiros, São Filipe, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae
Registros mencionados (17)
22/01/1531 - Bertioga [26243]
30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
1539 - Falecimento de Pero Lopes de Sousa em Madagascar [13422]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
1654 - A requerimento de Gonsalo Couraça de Mesquita, foi a capela elevada em 1654 a categoria de vila de Itú, nome significativo da catadupa distante 5 a 6 quilômetros ao este do aldeamento [1319]
1656 - “Não é caminhando que se faz a maior parte da viagem; é de rastros sobre as mãos e os pés, agarrando-se às raízes das árvores, em meio de rochedos ponteagudos e de tão terríveis precipícios, que eu tremia, devo confessá-lo, quando olhava para baixo” [25009]
06/04/1718 - Descobrimento das primeiras minas de ouro em Mato Grosso, junto ao Coxipó-Mirim, por Pascoal Moreira Cabral, Antônio Pires de Campos, João Antunes Maciel, Domingos Rodrigues do Prado e outros paulistas [10524]
1722 - Voyage aux Indes Occidentales [25401]
01/10/1722 - Miguel Sutil de descobriu as minas de ouro à beira do córrego da Prainha, próximo de onde hoje está a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito [8538]
01/10/1722 - Miguel Sutil chegou á Cuiabá [15407]
1723 - Pascoal [26212]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
01/09/1809 - Chega em Sorocaba o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem* [6032]
09/12/1819 - Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) parte de Paulo rumo ao Rio Grande [25008]
16/12/1819 - Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) [26069]




.  26º de 183   
Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933. Atualizado em 13/10/2025 01:34:05
Relacionamentos
 Cidades (8): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Cacique Pindoviiú, Carlos V (1500-1558), Duarte da Costa (1505-1560), Estácio de Sá (1520-1567), Joanes de Bolés (f.1567), José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manoel de Chaves, Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Mem de Sá (1500-1572), Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
 Temas (19): Algodão, Bilreiros de Cuaracyberá, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cemitérios, Cristãos, Graus, Inquisição, Nheengatu, Peru, Porto dos Patos, Rio Cubatão, Rio dos patos / Terras dos patos, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tamoios, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (3)
1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

No ano de 1554, mudou o padre Manuel da Nóbrega os filhos dos nativos ao campo, a uma povoação nova chamada Piratininga, que os nativos faziam por ordem do mesmo Padre para receberem a fé. Também mandou alguns 12 irmãos para que estudassem gramática e juntamente servissem de intérpretes para os nativos, e assim aqui se começou o estudo da gramática de propósito e a conversão do Brasil, porque naquela aldeia se ajuntaram muitos nativos daquela comarca e tinham doutrina ordinária pela manhã e á tarde e missa aos dias santos, e a primeira se disse no dia da conversão de São Paulo do mesmo ano e se começaram a batizar e casar e viver como cristãos, o qual até aquele tempo não se tinha feito nem na Baía nem em alguma outra parte da costa. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 315 e 316]
2. Chegada
15 de maio de 1555

O principal carijó, que veio de suas terras em busca dos jesuítas, chamava-se Antonio de Leiva. No mesmo dia, 15 de maio de 1555, em que Nóbrega devia partir com ele e alguns irmãos, chegou a São Vicente o padre Luiz da Grã. E como os tupis se achavam em guerra, dificultando assim a passagem para as partes do Sul, Nóbrega desistiu da viagem (Simão de Vasconcellos). [Páginas 83 e 84]
3. Manoel da Nóbrega
19 de março de 1563
Registros mencionados (23)
25/05/1542 - Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” [19956]
1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]
08/05/1553 - Partida de Duarte da Costa [28701]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
24/08/1554 - Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte [11767]
01/09/1554 - Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga [24737]
01/09/1554 - Quadrimestre de Maio a Setembro de 1554, de Piratininga* [26942]
25/12/1554 - Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554* [26940]
15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]
1555 - “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” [21815]
15/05/1555 - Chegada [26867]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
25/06/1560 - Partida [28688]
29/08/1560 - O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial [20811]
28/12/1560 - Prisão de Bolés [28690]
21/01/1561 - Luis da Grã, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés [28689]
19/03/1563 - Manoel da Nóbrega [552]
23/05/1563 - Anchieta [553]
28/10/1563 - ao alcaide do cárcere da Inquisição de Lisboa, respondeu a processo, durante o qual requereu uma justificação dos serviços prestados no Rio de Janeiro [555]
01/01/1565 - Carta de José de Anchieta, escrita em São Vicente* [21855]
15/11/1579 - Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou [24300]
27/08/2025 - Estrada Real - Brasil - Facebook [3738]




.  27º de 183   
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1895. Atualizado em 23/10/2025 15:51:08
Relacionamentos
 Cidades (12): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (27) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Brás Cubas (1507-1592), Braz Rodrigues de Arzão (1626-1692), Domingos Fernandes (1577-1652), Domingos Fernandes da Cruz (1680-1767), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Hans Staden (1525-1576), João Alvares Coutinho, João Cubas, João Furtado de Mendonça, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Martins Claro (1655-1725), João Pires Cubas (n.1460), João Ramalho (1486-1580), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel de Melo Godinho Manso, Mem de Sá (1500-1572), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Correia (f.1554), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (43): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Biesaie, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cachoeiras, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Cruzes, Enguaguassú, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Gentios, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Otinga, Paranaitú, Pela primeira vez, Peru, Pirapitinguí, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Tupis, Vale do Anhangabaú, Vila de Nossa Senhora da Ponte, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Registros mencionados (2)
1. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553

phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."

Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.

Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.

Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.

Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.

Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]
2. Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar
1554

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar".
Registros mencionados (25)
10/08/1540 - Terras para Bras Cubas [22539]
1543 - Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil [20206]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
1554 - Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar [21832]
01/03/1554 - Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* [22438]
30/03/1554 - Anchieta* [25645]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
11/05/1562 - Certidão de Jacome da Mota, escrivão da câmara do Porto de Santos, costa do Brasil [25903]
18/01/1567 - O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha [9937]
14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru [23816]
1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
30/04/1653 - Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas [21197]
28/11/1657 - Carta régia [1335]
01/01/1658 - O Provedor-Mor Pedro de Sousa Pereira, que já antes visitara Paranaguá para inspecionar a purificação e averiguação das minas, de que se fez, talvez por iniciativa sua, uma planta, tomada pelos holandeses em alto-mar, voltou a percorrê-las em 1658, depois de anunciar-se o descobrimento de nova beta, mais rica do que as anteriores [22531]
16/09/1663 - 12090 [25345]
29/11/1677 - D. Rodrigo foi mandado seguir para o sul, para as minas de Paranaguá e de SABARABUÇU, região onde o movimento "bandeiristico" teve foco em São Paulo [23167]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
20/06/1682 - Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” [20912]
15/06/1684 - Reporta [25518]
23/04/1686 - Governador [25516]
08/02/1687 - As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [20914]
29/11/1698 - Mina de Vituruna [1521]
18/09/1830 - Documento [25741]




.  28º de 183   
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil
1864. Atualizado em 23/10/2025 15:51:06
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (2) João de Azpilcueta Navarro, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (8): República, Canibalismo, Vinho, Cristãos, Música, Ermidas, capelas e igrejas, Goayaó, Jurubatuba, Geraibatiba
Registro mencionado
1. Cacique
janeiro de 1555
Registros mencionados (1)
01/01/1555 - Cacique* [26866]




.  29º de 183   
Registro nos livros da Fazenda a carta de petição que fez o padre Manoel da Nóbrega a Mem de Sá
11 de junho de 1568, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 21:21:40
Relacionamentos
 Pessoas (1) Heleodoro Eobanos (n.1560)

    1 Fontes
   fontes relacionadas




.  30º de 183   
Chegada
24 de julho de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:01
Relacionamentos
 Pessoas (1) Luís da Grã (n.1523)
 Temas (1): Jesuítas




.  31º de 183   
Manoel da Nóbrega
19 de março de 1563, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:08
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (1) José de Anchieta (29 anos)
 Temas (1): Iperoig




.  32º de 183   
Catarina Paraguaçu escreveu uma carta de próprio punho ao padre Manoel da Nóbrega
1561. Atualizado em 23/10/2025 04:55:59
Relacionamentos
 Pessoas (1) Catarina Paraguassú
 Temas (3): Curiosidades, Nheengatu, Pela primeira vez

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  A incrível história da indígena que foi a primeira alfabetizada do Brasil. Por Marília Monitchele, em veja.abril.com.br
7 de março de 2024, quinta-feira




.  33º de 183   
Os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro do “Virapuera”)
junho de 1556. Atualizado em 24/10/2025 02:35:07
Relacionamentos
 Cidades (4): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Cacique de Ybyrpuêra, Caiubi, senhor de Geribatiba
 Temas (4): Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio Geribatiba, Ybyrpuêra




.  34º de 183   
Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 25/10/2025 01:54:02
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (53 anos), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (15 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (37): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    9 Fontes
  8 fontes relacionadas

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."

Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.

Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.

Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.

Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.

Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]
teste

•  “São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
24 de janeiro de 1943, domingo
Mas o padre Serafim Leite, da Companhia de Jesus, historiador concensioso, a quem se deve a divulgação de notáveis documentos portugueses sobre a História de S.Paulo, divulga, na sua maravilhosa "História da Companhia de Jesús no Brasil", (tomo I, Livro III, cap. VI, 1º) uma carta de Manuel da Nóbrega, datada de 30 de agosto de 1553:

"Ontem, que foi dia da Degolação de S. João Batista, vindo a uma Aldeia onde se ajuntam novamente e apartam os que convertem e onde pus dois Irmãos para os doutrinar, fiz solenemente uns 50 catecúmenos, dos quais tenho boa esperança de que serão bons cristãos e merecerão o batismo e será mostrada por obras a fé que recebem agora. Eu vou adiante buscar alguns escolhidos, que Nosso Senhor terá entre este gentio; lá andarei até ter novas da Baía, dos Padres que creio serão vindos. Pero Correia foi adiante a denunciar penitência em remissão dos seus pecados".

E Serafim Leite acrescenta: "Esta carta de Nóbrega é a certidão de idade de São Paulo".
teste

•  Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1 de janeiro de 1956, domingo
A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós".

Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. [p. 437, 438 e 439 do pdf]
teste

•  “A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp
1 de janeiro de 2004, quinta-feira
Por conta dessa difícil relação com os colonos brancos, e por dificuldades com a catequese dos índios na Bahia, os inacianos decidem embrenhar-se nos matos de São Vicente, mesmo contrariando as determinações da Coroa de não se devassar o sertão deixando as costas desprotegidas. Determinações, aliás, que tinham a função muito mais de disciplinar esse devassamento do que necessariamente proibi-lo.

Manuel da Nóbrega escreve ao rei D. João III, em outubro de 1553, relatando ao monarca que a maioria dos padres e irmãos da Companhia residia já na capitania de São Vicente “por ser ella terra mais aparelhada pera a conversão do gentio que nenhuma das outras, porque nunca tiveram guerra com os christãos, e hé por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro pera entrar nas gerações do sertão, de que temos boas informações”.
teste

•  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
1 de janeiro de 2006, domingo
Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).

Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).

Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.
teste

•  Europaische Hoschschulschreiften, Fernando Amado Aymore
1 de janeiro de 2007, segunda-feira
...há muitas gerações que não comem carne humana. As mulheres andam cobertas. Não são cruéis em suas guerras como estes das costa, porque somente se defendem; algumas tem um soo Principal, e outras coisas mui amigas da lei natural. Pela qual razão nos obriga Nosso Senhor a mais presto lhes socorrermos, maiormente que nesta Capitania nos proveo de instrumentos para isso, que são alguns Irmãos línguas, e por estas razões nesta Capitania nos ocupamos mais que nas outras.
teste

•  Na Trilha Piabiyu Da Mineração Ao Ato Civilizatório Têxtil
1 de janeiro de 2011, sábado

•  Revista JCorpus*
1 de setembro de 2025, segunda-feira




.  35º de 183   
Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues
1552. Atualizado em 23/10/2025 04:58:23
Relacionamentos
 Cidades (1): Timbó/SC
 Pessoas (3) Catarina Paraguassú, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (77 anos), Simão Rodrigues
 Temas (1): Nheengatu

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
A primeira delas é extraída de carta escrita por Nóbrega, da Bahia em 1552, e dirigida ao Provincial Simão Rodrigues (2000:130). Nela, ele aponta para o fato de que “a mulher e a filha de Diogo Alvarez Charamelu [leia-se Caramuru] (...) não sabem nossa fala”. Significa isso dizer que a indianização do português lançado ao novo mundo não implicava nenhum sentimento patriótico de preservação de suas instituições sociais, de que sobressai a língua. Situação similar deparou Antônio Rodrigues, que viria a ser um dos três bons línguas referidos por Nóbrega e Anchieta, quando ainda era um explorador em busca de riquezas pela região do Rio da Prata. Chegando, com seus companheiros, a uma aldeia de índios Timbó, ele encontrou “alli un spañol que avia mucho tiempo que alli estava,de maneira que ya no sabia hablar español y sabia bien la lengua dellos”, relata Serafim Leite (1935). [p. 109, 110]
teste




.  36º de 183   
“Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”
agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:50:49
Relacionamentos
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (1): Bíblia

    2 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
1 de janeiro de 1977, sábado
Nos vocábulos usados pelos indígenas descobriu-se o nome de Tomé, ou sua corruptela. Nas crenças Indígenas detectou-se algum vestigia da pregação apostólica, evidentemente deteriorada pelo. "falsa" tradição dos principais. Poucos meses depois de sua chegada ao Brasil, em agosto de 1549, escreve Nóbrega em sua Informação das Terras do Brasil:

Eles [os indígenas] tem memória do dilúvio ... e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui...
teste

•  Expedição Peabiru - Pay Zumé
17 de julho de 2018, terça-feira


EXISTE TEXTO!!!1 - 21902 brancos


1º de 40 registros
João Ramalho funda Santo André da Borda do Campo de Piratininga, por sugestão do Padre Leonardo Nunes, a primeira povoação européia na América Portuguesa a se distanciar do litoral
•  Imagens (2)
•  Fontes (1)
  
  
  

Ver registro




2º de 40 registrosjaneiro de
“Na língua desta terra somos alguns de nós bem toscos, mas o P. Navarro tem especial graça de Nosso Senhor nesta parte, porque andando por estas Aldeias dos negros, nos poucos dias que está aqui, se entende com eles e prega na mesma língua”*
  

Ver registro




3º de 40 registros6 de janeiro de , sexta-feira
“certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”
•  Fontes (2)
  
  

1 fonte - *Descobrimento e Devassamento
Data: 01/01/1902

2 fonte - *“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
Data: 01/01/2005

A 6 de janeiro de 1550, escrevendo de Porto Seguro, relata essa a intimidade de Navarro no ensinar aos meninos cantar “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”. Ele também dá a conhecer uma outra habilidade dos meninos órfãos vindos de Lisboa, que, “com seus cantares atraem os filhos dos Gentios e edificam muito os Cristãos”. Antônio Rodrigues, que também era língua, “era grande cantor e músico, e com o conhecimento directo da língua popular, possuía inigualável prestígio com os índios, «um grande obreiro inter gentes», prestígio que ele acrescentava com a sua experiência e ousadia”, escreve Serafim Leite (1953:247), que acrescenta: “Mas escreve António de Matos que o P. António Rodrigues (a esta data já era Padre: ordenara-se em 1562) fora à empresa do Rio de Janeiro para com a sua arte de cantor e de músico, atrair, converter e captar os últimos Tamoios para a religião”.

por Nóbrega, era a falta de volume lexical; o segundo, a objetividade e imediação da línguanativa, o que se extrai da seguinte passagem de Anchieta (1988:115): “Os Brasis nãocostumam usar de rodeio algum de palavras para explicar as coisas”. Também Azpilcueta Navarro, outro atilado conhecedor da língua tupi, deixa assinalado: “nem me parece têm certos vocábulos que servem em geral”, transcreve Maria Carlota Rosa.

Nóbrega, em carta escrita de Porto Seguro a 6 de janeiro de 1550, revela: “Damos-lha [a fé ensinada aos índios] a entender o melhor que podemos e algumas coisas lhes declaramos por rodeios”. Daí a pertinência da observação feita por Edith Pimentel Pinto(1993:522) respeito dos textos tupi produzidos por José de Anchieta:À integração de palavras indígenas nos textos em português oucastelhano, Anchieta preferiu o próprio uso da língua tupi, no qual, emcontrapartida, introduziu lusismos, condicionados pela insuficiênciadaquela língua para a expressão de abstrações, compatíveis com aveiculação dos conceitos cristãos e valores morais que pregava.O também jesuíta Vincencio Mamiani (1942), defrontado com idêntico problemana língua Kiriri foi explícito em admitir a inoculação de empréstimos da língua portuguesa:Advirto, por último, que por faltar nesta língua vocábulos que expliquemcom propriedade o significado de algumas palavras que se usam nasOrações, Mistérios da Fé e outras matérias pertencentes a ela, usamos dasmesmas vozes Portuguesas, ou Latinas, como se introduziu nas outraslínguas de Europa; pois da Hebréia e Gregra passaram aos Latinos, dosLatinos passaram às outras Nações de Europa como são Ave, Salve,Sacramentos, Trindade, sc. Em outras palavras, com os Sacramentos emparticular, as virtudes e vícios, sc, e semelhantes, quando não há nestalíngua vocábulo próprio, usamos pelo ordinário da definição, ouperífrase, para os Índios entenderem o significado delas, que é o intentoque se pretende para uma suficiente instrução desses novos Cristãos. ["A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos" 2005]

Ver registro




4º de 40 registros28 de março de , terça-feira
Carta do Pe. Navarro
•  Fontes (1)
  
  
  

Ver registro



TERMINA AQUI!!!!VER ANO 1550 - 0 -

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.