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RASULCarta de Juan de Salazar y Espinosa ao Conselho das Índias na Espanha 01/01/1552 2 fontes 1° fonte: Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969) E os espanhóis, ao começo, fizeram todo o possível para que não o fossem. Escreve o mesmo capitão Salazar, da Laguna do Ebiaça, ao 1 de janeiro de 1552:
"Seriam ainda maiores as nossas necessidades se não "achássemos aqui, com estes nativos, um cristão, que eu tinha enviado a Lisboa, o ano de 1548, que viesse a esta costa a aperceber os nativos, como a armada vinha, que fizessem mantimentos." [Páginas 322, 323 e 324]
2° fonte: A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 5 - Os bandeirantes: morte das missões 5.1 - Prenúncio de morte
Em 1551 esteve na Ilha de Santa Catarina o fundador de Assunção, Juan de Salazar. A 1o. de janeiro de 1552 descreve, em Mbiaça, o estado lastimável em que se encontrava a Ilha:
"Achei esta Ilha despovoada num raio de pouco mais de 10 léguas. Como há muito tempo não chegam vassalos de Sua Majestade, os portugueses vieram negociar com os nativos, dizendo que são castelhanos e de paz e assim encheram os navios e os levaram como escravos para vender em São Vicente e em outros lugares da costa, para os engenhos de açucar, causando grande prejuízo à terra, e a nós que viemos e aos que virão, e a Deus grande desserviço.
V. S. e outros, por favor, mandem-nos restituir os principais e os demais que o possam, pois os que ficaram clamam e pedem por eles, o que será motivo de grande graça a Nosso Senhor e a Sua Majestade. Respondi-lhes que o Imperador nosso senhor resolverá tudo, e nos fizeram e fazem muitas boas obras na esperança em que se encontram e, verdadeiramente, não sei o que teria sido de nós em nossas grandes necessidades, não fosse seu socorro.
Também encontramos aqui, entre esses nativos, um cristão que eu tinha enviado de Lisboa no ano de 1548, para que viesse a essa costa a fim de prevenir os nativos sobre como chegaria a armada e para que arrumasse abastecimento; ajudaram-nos muito com seu língua, pois não trazíamos nenhum e também encontramos outro cristão, Alonso Vellido, vizinho de Porcuna, pessoa honrada que veio com Cabeza de Vaca e, com sua licença, veio com Frei Bernardo de Armenta; quando o padre morreu o deixou recomendado aos nativos: estes dois cristãos evitam que os portugueses façam apresamentos ainda maiores. Deste modo, os portugueses tem procurado matar a estes dois cristãos, a fim de poderem enganar aos nativos." [Página 65, 7 do pdf]
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