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1532
Trilha dos Tupiniquins
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de 1560




A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiv
4 fontes
5 de abril de 1560, terça-feira
 Fontes (32)

1° fonte: 01/01/1845
“Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe
No decurso do século XVIII. os jesuítas, com o pretexto de que eram sem cessar atacados pelos nativos e mestiços da vila de São Vicente, fizeram abrir uma estrada calçada nesta cordilheira quase direita, e com tão somente aquelas voltas que o declínio da montanha requeria. Mem de Sá, então governador general do Brasil, ficou tão encantado de ver este trabalho executado com tanta perfeição, que ainda hoje dizem que se deixara subjugar pelos padres, a cujas instâncias conferiu a este estabelecimento o título de vila, com o nome de São Paulo de Piratininga, e suprimiu a vila de Santo André, fundada por João Ramalho. Dá-se frequentemente o nome de Cubatão não somente á serra onde esta estrada se acha praticada, mas também ao ribeiro que d´ela desce ao porto de Santa Cruz, d´onde se transportavam para a vila de Santos os gêneros e produtos do país com a enchente da maré. Atualmente vai-se da cidade de Santos á terra firme por uma estrada.



2° fonte: 01/01/2008
A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres
O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio.

Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias. Leiamos o que a historiadora Inez Garbuio Peralta16 cita sobre esse porto:

Esse novo pôrto era o chamado pôrto das Almadias ou Armadias mencionado por Martim Afonso de Sousa, situado na foz do Rio Perequê, a um quilômetro de sua confluência com o Rio Cubatão. Os indígenas já o conheciam e o denominavam Peaçaba, contudo, o mesmo recebeu de Martim Afonso o nome de Santa Cruz, em 1533.

A maior utilização desse porto está ligada a uma ordem expedida por Mem de Sá, em 1560, para que se abandonasse o caminho de Piaçaguera. Passou-se, então, a se utilizar o caminho do Padre José, o qual desembocava no porto das Almadias. Dessa forma, podemos perceber que a integração existente entre porto e caminho era nítida.

Tanto que, ao se obstar um caminho, o porto, inexoravelmente, também caía em desuso. O porto representava o elo entre percursos. O caminho estático ligado ao caminho semovente. O porto das Almadias foi utilizado por cerca de 100 anos.

A partir da segunda metade do século XVII foi utilizado outro caminho na serra do Mar, aproveitando a margem do rio das Pedras. O novo caminho indicava um novo porto. O terceiro porto, conhecido como Geral localizava-se no rio Cubatão. O porto Geral foi o que teve uma vida funcional mais duradoura e o que consolidou o surgimento da povoação de Cubatão.



3° fonte: 01/01/2008
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindo pela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação.

Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto.

A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná, provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente.

Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, ao tentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas as reduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231.

Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema, encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, na região central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack 232 . O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul, costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fez parte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, como sugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam ser em linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação do governador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o [roteiro] de hum cam. o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo de S. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foy dos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto do Paranapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o [rio] p. la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica à beira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, no médio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] e desde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20 dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema, ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suas vertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terra as vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul] 234 . [Páginas 60, 62 e 63]



4° fonte: 01/01/2019
Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia
Trilha dos Tupiniquins
Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 0,60m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Nenhum
Período: Até 1500
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo
Principal objetivo: Acesso ao litoral

Caminho do Padre José
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 1,00m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Muito baixo
Período: 1560-1770
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo indígena
Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios

Novo Caminho de Cubatão
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio das Pedras
Tipo: Picadão
Rampa Máxima: 20%
Largura média: 2,00m Conceito tecnológico básico: Pequenos cortes, arrimos e estivas Grau de interferência nas encostas: Médio
Período: 1770-1790
Principal meio de transporte: A pé e mula
Aportes tecnológicos: Experiência europeia. Mestres de obras portugueses
Principal objetivo: Abastecimento das expedições para o sertão

Calçada de Lorena
Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê
Tipo: Estrada calçada
Rampa Máxima: 20% - 25%
Largura média: 3,00m Conceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimos Grau de interferência nas encostas: Baixo Período: 1790-1841
Principal meio de transporte: Tropa de mulas
Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal
Principal objetivo: Escoamento do açucar [Página 39]






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